Ora toma, para aprenderes a ser delicada

Já aqui falei que há uma personagem que, tem dias fala, tem dias que vira a cara, finge procurar o diacho do telemóvel e, só o encontra, depois de passar por mim; outras vezes, sentada à minha frente quando espera pela filha na mesma escola em que espero pelas Pulgas, mexe o cabelo, olha para o céu, quiçá, à espera que caia um bocado de boa educação ou tão somente baixa os cornos, perdão, a cabeça, sempre, mas sempre, para evitar dar de caras comigo para...caramba, dizer um simples "olá".
Ainda há dias a Pulga subiu com a filha e, a dita, falou e sorriu, mas, a maior parte das vezes, ignora-me.

Oras, eu não sou rapariga de deixar créditos por mãos alheias e gosto de tirar dúvidas. Já estive para lhe perguntar se não me conhece ou, se só me conhece às vezes, ou se não quer falar...
Hoje foi o dia. Ela descia eu subia num tratoário estreito, onde não havia forma de passar despercebida, nem com óculos de sol num dia sombrio. Ao aproximarmo-nos e quase a nos cruzar, ponho o meu mais belo sorriso na cara, embora ela estivesse carrancuda e, no momento do cruzamento, olho bem para ela e, com o tal soriso resplandecente que o dia até se iluminou, disse:
- Olá, boa-tarde, como está? - Tudo de enfiada para não me esquecer.
E teve sorte ser só isto, ainda pensei parar em frente dela e pedir para ver o seu menino, mas não quis abusar. E, somente disse "boa tarde" quase sem abrir os queixos. Mas disse. E vai dizer sempre que por mim passar.

Comentários

  1. Nessas circunstâncias costumo acrescentar que de ora em diante está dispensado de me cumprimentar...

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    1. Qkanhoto, vou à lua e venho com estes comportamentos
      Kis:=)

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  2. Isso é daqueles casos em que merece passar para o outro lado da estrada sempre que a encontrar. :-)

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