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A mostrar mensagens com a etiqueta Eu e as minhas manias

Ele não fala comigo. O que devo fazer?

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Nunca pensei dizer isto mas é a realidade. Eu sou fiel. É um dos princípios básicos de uma relação e, assim que surge uma dúvida nada volta a ser como dantes. Ele que não saía de casa, ele que estava sempre ao meu lado, era com quem eu desabafava as minhas mágoas pois que sabia ouvir sem me julgar... Mas um dia tudo mudou. Deixou de estar ao meu lado, passa os dias fora e algumas noites também. Vou para a varanda a ver se o vejo, pode dar-se o caso de estar por ali, à espera que eu o vá chamar. Mas não o vejo, se bem que já dei voltas a procurar no meu coração o que o levou a isto?! Não sei. Sou-lhe fiel, como já disse, sim, às vezes zango-me quando me afronta com alguma patifaria, mas depois fazemos as pazes peço-lhe desculpa pelos pontapés que lhe dou e pelas vezes que me apetece esganá-lo, mas depois penso que, ele não tem culpa de não me entender. Não fala comigo. Chamo-o para as refeições e fica ali, a comer com a cabeça dentro da taça sem esboçar, sequer, um sorriso e sem o

Deixem-me desabafar, canão sufoco! Diz ela que não faço nada

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Não tenho tempo para nada nem para uma coçadura no lombo, e a minha Pulga - a Maivelha diz que passo o dia sentada a jogar Candy Crush...Que sou uma sortuda, que não tenho de estudar nem de ir para a escola, que posso me levantar tarde e passar o dia sem fazer nada, que queria ser reformada, que os reformados é que estão bem porque não fazem nada, e ela tem de estudar. Mas onde já se viu?! É a ideia que estes gasguitos têm de mim. "Avó, tu não fazes nada". Pois olhem, a minha vida não é fácil, não senhora, a minha vida é um pião, um rodopio valente. De manhã faço os meus abdominais, coisa que comecei há muito tempo e ainda não acabei; é assim como bordar uma toalha de bordado madeira, depois dá-me aquela roeza no estômago e meto lá para dentro quase meio litro de café. Sento-me. Levanto-me para alimentar cachorros e gatos, faço o almoço para os netos e sento-me. Eles chegam almoçamos e sento-me para comer, depois levanto-me para me sentar, desta vez no sofá. Dou umas

"Teja à vontade" e por isso avançou reclamação. Ou eu é que sou a otária?

Hoje foi dia de compras e, com mê senhor e Pulga Maivelha "foi-se" fazer as comprinhas do mês. Escusado será dizer que o carrinho estava cheio. Dirigi-me para uma caixa que estava vazia e limpa que até perguntei se a funcionava. A menina, de longos cabelos negros, disse que sim com a sua cabeça e enceto o transbordo do carrinho para o tapete. Eis que... Aproximou-me uma senhora com um "piqueno" talvez de oito anos, e olha para a menina da caixa pois que, só tinha um cesto. A menina da caixa faz sinal à senhora e ela passa por detrás dela - da menina da caixa, deixa o cesto no chão ao lado dela dá a volta e coloca-se de forma que dava a entender ter chegado primeiro. A menina tira uma a uma as compras do cesto, passa pelo aparelho e mete no saco. A senhora, sempre de boca fechada, mete as compras, paga, e dá de frosques. Aqui a escriba que vos escreve esta narrativa olha para a menina (da caixa, linda, com os seus cabelos negros) e diz, com toda a calma das ondas

E não pensem que não tenho vida além desta

Na padaria (que não é minha mas é quase, o dinheiro que gasto em pão, café e outros bem que já podia ser) onde vou comprar o pão, ler o diário e toma a bica tem um recanto com uma poltronas de tão boas que são que fico recapachada quando me sento e sinto como se estivesse no trono, de tão reais, só faltando a coroa para ser rainha. Quando entro e as "minhas poltronas" estão ocupadas faço questão de mostrar o meu desagrado a quem passa e a quem está lá sentado. A sério, adoro tanto que sou capaz de mandar umas bocas para dentro, do género: "vai demorar muito? Não tem nada que faça? Meias para apontear?"...que não sou rapariga de mandar cá pra fora umas...tal é o desagrado. Já cheguei a sair e esperar fora que as pessoas se levantassem para que eu assentasse o meu rico...(eu ia dizer traseiro mas fica mal, não fica?), corpo, outrora Danone agora Michellin, na bendita da poltrona de cabedal. Tanto que amigos meus que se aviam, também, na mesma padaria quando entram j

Uns e outros

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Há filhos que ao tornarem-se pais esquecem-se que são filhos. Dali para a frente só a família que constituiu é que passa a ser "a sua família", passando os pais a serem parentes, alguns muito afastados. E depois... Depois, há os outros...Os que tratam os pais como sendo família e não parentes...com o respeito que merecem, nunca os pondo de lado, tornando-os presentes em todos os bons e maus momentos da sua vida.

No Brasil é verão por conseguinte calor

Isto vem a propósito do carnaval em Portugal - seja continental, insular ou ultramarino - onde assiste-se a uma leva de rabos ao léu com as "cachadas" (ide lá saber o que significa) à mostra. Até a minha Pulga - a Maivelha, de onze anos, perguntou-me se era "obrigatório" ir com as cuecas metidas dentro da cesta. Uma coisa que constatei é que, este ano, no Brasil, iam tapadas com fatos estilo baianas e, mais comedidas na roupa. Como se sabe, e se ainda o Brasil está no mesmo sítio, lá é verão. Ora, aqui, neste pedaço que é Portugal é inverno, ainda, e as trupes optaram por irem ao relento. É uma imitação barata do carnaval do Rio de épocas passadas, acho até que caiu em desuso por lá enquanto que aqui é o apogeu. A mim dá-me uma brotoeja no céu na boca e dou estalinhos com a língua, e pergunto-me se será mesmo necessário despir-se tanto? E vão ali semi-nuas a bater válvulas devido à corrente de ar fria que vem do mar. Mas isto sou eu que participei nos cortejos d

E cookies com canela também gosto

Prontes, fiz o que disseram. Limpei o pó, passei a esfregona debaixo dos móveis, e falaram nos cookies, tive de ir ao sabe-tudo e dizia: cookies= bolachas. Atão fui ao armário da cozinha e munida de uma terrina cheia de cookies limpei o barraco. Também pelo caminho aviei umas malassadas cheias de mel de cana sacarina assim como quem vai levar muito tempo na limpeza e não pretende passar fome. Depois, sentei-me. Sabem enfardar cookies dá uma sensação de embolada. Espero que agora possa andar a viajar pelo mundo fora já que limpei o barraco e mandei pó lixo "aquilho" que não fazia falta. Ou seja a lata de cookies uma vez que já está vazia.

E o que dizer àqueles que açambarcam o diário?

Que os outros esperam...E desesperam? Costumo ler o diário, tomar a bica (carregar o telemóvel, beber meio litro de água, lavar as mãos, ir à casa de banho e puxar água, mentira, estou a caçoar, não lavo as mãos, nem puxo água)...na padaria perto de casa. Mas o que gosto é daqueles açambarcadores que agarram no diário da casa, colocam os óculos e ao mesmo tempo atendem chamadas do telemóvel, falam com a digníssima esposa, comem uma sandes de fiambre e queijo e não passam da primeira folha. E os outros que querem ler que montem no cavalo branco de Napoleão e vão pá guerra dos Cem anos.  Não esperem, pois desesperam.

"São rosas, senhor, são rosas"...

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...disse a rainha Santa Isabel quanto foi  interpelada pelo seu marido, El-rei Dom Diniz. Pois eu também sou rainha do meu palácio e se me perguntarem que fruto é este, direi, do alto da escadaria do reino, a viva-voz: "São goiabas, senhor, são goiabas".

Não são marmelos, não são limões, antes que digam que são...

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...e vou mazé comer até à exaustão (só para rimar)... Sirvam-se, há mais na árvore.

Até ontem pensava que ia a Veneza ver o carnaval

Levei a semana a pensar que ficaria rica ontem. Sabem, recebi a previsão de um padre, numa daquelas mensagens de lixo - e só não foi esse o caminho que o senhor padre dizia que ontem dia ia acontecer uma mudança na minha vida. A p' ssoa vai toda vaidosa de carteira onde guarda o bolhetim do totoloto e, com uma certeza na cara, a sorrir para mundos e fundos, apresenta o benditoso papel e nem ouve a campainha tocar, mas como a p'ssoa ouve mal, e depois o senhor padre tipo mestre Mamadu ou Karimba, garantiu-me que ia ser "a tal", nem liguei ao badalo da caixa. Nada meu senhores, nem um puto dum cêntimo para, pelo menos, manter o sorriso! Pensava eu,  mulher que acredita em milagres, que ia a Veneza de Itália ver de corpo presente o Carnaval, até já tinha a máscara pronta. Bem, já que não vou a Veneza de Itália, vou mazé a Veneza, a pastelaria, me encher de sonhos e malassadas. Triste ser pobre, sem dinheiro e sonhar que um dia vou partir a loiça toda de plástico e c

Porque é que as mulheres andam com o telemóvel no bolso de trás?

Se uma mulher tem uma bolsa a tira-colo por que tem o telemóvel no bolso de trás? Assim meio dentro meio fora. É para ser roubado, sentir a vibração ou por que sim? A mim lembra-me um empreiteiro! Eu jamé...Mas isto sou eu que sou antiquada.

Apaixonado

O meu frigorífico anda a fazer uns barulhos esquisitos. Uns murmúrios, uns sussurros que mais parece água a ferver. Ou o som das ondas do mar. É aqueles suspiros que vêm do coração, é isso. Será que se apaixonou pela arca enquanto eu estive passeando pelo Funchal? Olha o maroto! Não posso deixar estes dois sozinhos... Não quero ser de intrigas mas cá para mim já vejo a arca arredondada...

E o prémio simpatia vai para...

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Vejo ao longe um lugar vazio e preparo-me para estacionar. Vejo, também, ao longe, alguém que intenta subir a ladeira onde tem o lugar vago. Para não atrasar a pessoa e para que não assista à minha azelhice a estacionar num caminho inclinado, faço sinal a ele para subir para que, depois, possa eu azelhar à vontade, sem mirones. Atão não é que o dito senhor estaciona no sítio que ia ser meu? Atão não é que de tão simpática perdi o lugar e tive de gastar uma porrada de gasolina a procurar um sítio largo, espaçoso e plano? Este letreiro que ostento na testa, que toda a gente vê, menos vocês, não é de simpática mas sim de otária.

Por vezes, muitas vezes nem tudo o que parece é

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Por vezes escrevemos um texto e quem lê sente como se fosse escrito a pensar em si. Por vezes identificamo-nos com determinados temas. Por vezes, porque estamos sensíveis o pensamento viaja e sai textos mais lamechas os quais são escritos com o coração na mão. Por vezes e só por vezes os textos são direccionados. Por vezes escrevemos aquilo que nos dói, tomando pelo princípio que quem lê interpreta como nós escrevemos. Porque, por vezes, os textos têm um fundo de verdade e são tidos por mentira. Outros há que, por vezes, não têm nada de verdadeiro e quem lê dá um sentido que não é aquele pelo qual foi escrito. Por vezes, fazemos um bicho de sete cabeças quando, afinal, o bicho nem cabeça tem. Por vezes quem lê coloca maldade onde não existe, porque, por vezes, consegue ler nas entrelinhas. Por vezes, algumas vezes nem tudo o que parece é.

Não há nada melhor que ter uma boa vizinhança

O meu vizinho da esquerda...esquerda se estiver virada para norte e se estiver de frente para o mar é à direita, é um bom vizinho, deixa sempre a luz do quintal acesa toda a noite até de madrugada e assim não preciso de acender as luzes da minha casa quando vou ao quintal; já o vizinho da frente se estiver virada para a casa dele e de trás se estiver de costas, é um bom companheiro, põe o Carlos do Carmo a cantar "os Putos" toda a tarde e depois o Toni de Matos "Não venhas tarde" que até já sei as letras de cor e trauteio quando estou na rua, a estender a roupa (ainda bem que não é a Ana Malhoa, canão punha a dançar aquela dança louca que chocalha o corpo todo e a roupa, cá-te-vistes), por isso, não preciso de ligar a telefonia. Assim poupo uns trocos na conta da electricidade à conta da boa vizinhança que tenho. Olarilha! Tudo boa gente.

Se para emagrecer é necessário sofrer...

...atão deixem-me ser como sou: com umas lombas bem delineadas, uns pneus recauchutados, umas gorduras localizadas e embutidas, mas sem dores, porque sofrer para ser magra não está nos meus planos. Um corpo de manequim dá trabalho, todo aquele osso à vista. Ossos eu também tenho só que estão cobertos por uma leve camada (mentira, é bem grossa), de gordura. Mas sabem a gordura na carne de porco é o que dá sabor, não é? E dizem que as gordinhas são mais felizes...

É o horror, é o descalabro

Um pêlo, um pêlo pelo meu queixo sobe. Sabem, aqueles pêlos de velha? Aqueles que nascem sem ninguém plantar? Não, não, não, recuso-me a ver este pêlo hirsuto, esticado aqui na minha cara. Pior, agora ao olhar para o espelho para arrancá-lo vejo mais um. São dois! Isto não fica assim... Que faço? Terei de fazer a barba? Ai A velhice vem devagar...Devagarinho a instalar-se...

Eu bebo sim, estou vivendo, tem gente que não bebe e está morrendo

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O título é parte da letra de uma canção...mas vamos ao que interessa. Li, por aí, e acredito sempre naquilo que leio, os benefícios do vinho e como não sou egoísta partilho... Vinho tinto. É, sem dúvida, a bebida alcoólica mais saudável. Para início de conversa, é cheio de antioxidantes presentes na casca da uva, que protegem o alinhamento das artérias do coração. A bebida também traz substâncias antimicrobianas, e pode ajudar a diminuir o colesterol ruim, prevenir o risco de câncer do pulmão e o mal de Alzheimer.  Vinho Branco. Também traz benefícios, mas tem menos antioxidantes e anti-bactericidas que o vinho tinto, porque, durante seu processo de fermentação, perde propriedades da casca. Todo vinho, porém, segundo a revista, ajuda a proteger os dentes e prevenir problemas de garganta. Aceitam um copo de vinho? Tinto branco verde ou rosé? Ah, os da fotografia já foram consumidos! Digam: ohhhhhhhh...

Hoje sim um dia romântico

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Para aquelas apaixonadas, namoradas, encalhadas, solteironas um dia especial. Um dia convidativo ao romance. Chove chuva grossa, frio de rachar as pedras do calhau, um ventinho de levar umbrelas montanha acima... Um dia propício ao romance dentro de portas, no aconchego, com os pés na lareira, corpos na cama abafados com o edredom de penas, sem se mexer a ver se aquece o corpo gelado. Na cabeceira em vez de pétalas de rosas, um chá de limão com sumo. Nada melhor que um dia frio de inverno para pôr à prova o amor.