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"Tens uma vida de sonho"

É o que dizem as minhas Pulgas. Tudo porque não trabalho, não tenho de estudar, estou em casa e não faço nada. Só jogo. Olha-me esta canalha a ideia que têm da avó!

Esparguete à bolonhesa com macarrão

- Avó, o que é o almoço? - É a pergunta da Pulga mais velha, todos os dias, ainda antes de chegar a casa. E todos os dias lhe respondo e até de véspera já lhe digo a ementa do dia seguinte. Ontem, para aproveitar um resto que tinha ficado de quando fiz Esparguete à Bolonhesa, cozi macarrão. Numa taça de ir ao forno, deitei a massa e por cima o resto da carne moída com molho bechamel. Bem, o problema era inventar um nome para o prato e disse que era massa com carne. Assim que viu a taça na mesa, aqueles olhinhos abriram e só viram a carne moída. Desatou a chamar a mana que estava na casa de banho a lavar as mãos. - Mana, sabes o que é o almoço? - Ao que a outra respondeu que sim. Era massa com carne. - Não mana, não. É esparguete à bolonhesa com macarrão.

A um passo do céu

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Isto de ter netas, tem muito que se lhe diga. Não só o facto de as netas mas sim por elas adorarem música, dança e tudo o que inclua motricidade. Esta canção : "A um passo do céu" passa no canal infantil, é portuguesa e, na hora em que estão relaxadas a ver televisão é um momento digno de se ver. As duas a cantar e dançar e o buzico do rapazinho a tentar o mesmo. E eu, parto-me a rir. Queria saber o nome da canção. Elas não sabiam. Mas cantam toda. E diz-me a Baixinha, quando eu, de lambreta em punho, tentava procurar a cantiga. - Procura: "A um passo do céu" é capaz de ser. Bingo, acertou. Ah, e tal, é que ele diz a um passo do céu e joga-se...

Digo e afirmo: as crianças precisam de brincar

Depois de um dia na brincadeira, desde as nove da manhã, melhor dizendo, só intervalando para comer, sim, que estas Pulgas precisam do alimento para a boca como de brincar, para estravasar todo dia. Ora, como dizia, elas brincaram todo o dia, e não é que, às dez e meia digo que eram horas de dormir para amanhã poderem brincar novamente desde o nascer ao pôr do sol e sou brindada com uma choradeira, amuos e gritaria que: "ainda é cedo" , "queríamos brincar mais" , "foi pouco tempo", " és uma chata" (esta foi a gasguita da Baixina, língua solta como a avó), e "não brincámos nada" com os dois braços abertos como se fosse um santo-cristo e... meus senhores, foi um dilúvio de lágrimas. E eu que ainda há dias dizia que as crianças precisam de brincar! Elas precisam de brincar e muito pois que para elas é sempre pouco. Neste mometo, ouve-se o silêncio. E as Pulgas dormem com os olhos inchados. Sou relezinhas, não sou?

Violetta e Pulgas

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As Pulgas, certamente, gostariam de ir ao concerto da Violetta mas, é que, acrescentando o dinheiro do bilhete ao da passagem, estadia, comida e algumas compras é assim a modos que um balúrdio ir da Madeira a Lisboa para ver, se conseguir, devido à quantidade de povedo que já comprou o bilhete, a bendita da Violetta. Ai, se elas sequer sonham que a dita rapariga por quem se colocam em frente à televisão para assistir à novela vem cá a Portugal, certamente, haveriam de querer ir... Ainda bem que as Pulgas nem sabem! E, por mim, vão continuar sem saber! E depois, esta que vos escreve, ainda há dias veio atestada de adereços da Violetta para as Pulgas: a maiveilha e a baixinha e montes de Homem Aranha para o mê Gugu.

De salto alto

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E os sapatos da avó do século passado, de repente, as Pulgas tiraram o mofo e o bolor. E é vê-las de sapato alto, qual modelo de renome, a passear pela casa da avó. É um tic -tac tremendo pelas escadas acima e abaixo, pelo soalho que até o mê senhor, homem dado a enxaquecas, já se queixou do desmesurado tic-tac e chinelanços pela casa toda. Mas só assim para rever os meus sapatos de salto alto, direi melhor de salto bem alto nos pés. Delas, que até tentei, mas não sei porque razão os meus pés, outrora de cinderela, de repente, cresceram como se me tivesse trasnformado num bruxa e, por mais que tentasse não entravam. Os pés crescem com a idade, é isso?

Pulgas a saltar

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E, num belo dia de primavera que melhor do que deixar as Pulgas saltar para fazer jus ao seu nome. O Pulgo, esse, meteu-se em trabalhos saltou tanto que, no momento certo, sai de cena. E a sombra da maiveilha parece uma borboleta, (como me chamou à atenção uma grande amiga minha) a da Baixinha, a mim, parece-me um leão, a alguém, também minha amiga, parece-lhe um elefante. 

Netos, também é isto

Desarrumação. Com a certeza porém que, até ao deitar, tudo vai (des)arrumado para dentro do baú. E faz-se um pouco de exercício físico...

Netos, uma coisa para lá do normal

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Netos é aquela coisa boa que acontece quando a gente se dá conta que os filhos cresceram e encaminharam-se rumo à vida. Netos é aquele vendaval que nos chega casa adentro sempre com um sorriso na cara. Netos é pensar que, afinal, nunca deixamos de ter crianças em casa. Netos é acreditar que os filhos virão sempre bater à porta. Netos é aquela etapa da vida em que pensamos estar quietos no nosso canto e de repente chega uma avalanche de ternura. Netos é voltar a saltar à corda e jogar futebol mesmo que as forças não existam. Netos é ter sempre um sorriso na cara mesmo que o coração esteja triste. Netos é...isto e muito mais. Netos uma palavra que enche o coração.

É tão bom ser pequenino...

...Ter pai, ter mãe, ter avós, e ter quem gosta de nós, era assim um fado que a minha mãe cantava-me. Ao ter as Pulgas a bailar à minha volta, lembrei desta cantiga e, senti-me pequenina. Não por ter pai, mãe e avós mas, por ter quem gosta de nós. E ao brincarmos todos juntos eu volto a ser pequenina. Como elas. Duplamente pequenina.

Na minha cama com ela

Nada disso, não estou a referir-me à cantiga (pimba) da Mónica Sintra, mas sim à minha cama, e eu e ela - a minha Pulga, a maiveilha. E como dizia ela....não a Mónica Sintra, a Pulga, ainda há pouco à Baixinha. "Mana (elas tratam-se por manas), eu hoje vou dormir na cama da avó, não fiques triste" ao que a outra deu logo resposta: "mana, hoje és tu.. .", como quem diz: não-tarda-nada-tenho-de-arranjar-uma-doença-qualquer-para-ter-o-mesmo-tratamento.É-só-escolher-de-entre-as-que-já-inventei-para-não-ir-para-a-escola. Mas é isto. Nós as duas na cama, lado a lado: eu a andar de "lambreta" (o meu lindo tablet, tantos  beijinhos nele, muah muah, adoro-o) e a Pulga de auscultadores nas orelhas - para não incomodar esta avó surda, a ver televisão. Só resta dizer que, estamos a adorar. Esta cama tem mel.

Não é por nada mas...

...Já sinto uma leve roeza no estômago. Não sabem, mas eu alevantei este corpo danoninho aí pelas oito e trinta da madrugada, e as culpadas são as Pulgas - as minhas Pulgas, que assim que o galo do vizinho canta elas levantam, sacodem as penas, rodam a saia, sentam-se no sofá a ver os macacos (antigamente era assim que se chamava aos desenhos animados) e a comer. É cereais, depois uma maçã cortada aos bocadinhos, novamente uma mão-cheia de cereais e, se não faço o almoço, dão cabo da taça. Por isso, como também tenho as tripas encostadas às costas, mas elas não, vou intervalar e preparar a refeição. São servidos ou já estão despachados? Ah, e o vizinho não tem galo só galinhas...

Visitas tardias

 As Pulgas chegaram e com elas a alegria, a diversão, a loucura, o movimento, o riso. E vêm com força nas canelas pois já pulam e saltam, olé...olé... E o silêncio...  foice .

O poder e o efeito da publicidade

Sintonizada que está a televisão nos canais de desenhos animados quando as Pulgas estão na azavó (como diz o Gu-Gu), não há quem aguente a publicidade, e eu só oiço: "vou pedir isto". Será que menos não surtia o mesmo resultado? As Pulgas ficam extasiadas, e neste momento em que que a crise está para ficar e o dinheiro não abunda, podiam fazer um intervalo, é que até me assiste pena ao ouvir a frase "vou pedir isto, avó" que se pudesse lhes daria todos os brinquedos que vão pedir! Mas não posso! E por isso sempre que oiço a frase "vou pedir isto" dá-me uma revolta tão grande que só me apetece sentar-me ao volante da minha chaimite e... pumbas, mandar semilhas direito à cabeça dos verdadeiros culpados. Que as crianças são crianças não têm culpa da má gestão deste país, mas são elas as mais atingidas. Elas e eu, como pensionista tenho levado tau-tau no cu que já não aguento...

Avó descabeçada, sim sou eu

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 Às sextas-feiras é dia de batatas fritas para as Pulgas e elas levam isso em conta, aliás a peito melhor dizendo, eu é que nem por sombras me lembrei de que era esse dia fabulástico para elas. Ao chamá-las para jantar digo que há uma surpresa. Erro meu, mais valia estar calada devido ao esquecimento, mas ao ouvir esta palavra "surpresa" saltam em coro: "batatas fritas". Aí é que esta cabeça onde crescem cabelos brancos nunca vistos é que se alembrou que: "era sexta-feira, dia da Santa Batata Frita." E agora descalça a bota! Nem uma semilhinha que pudesse descascar para alegrar aquelas caras desalentadas! Ainda houve uns fios de lágrimas, ainda houve beiças dependuradas, ainda houve amuos, mas depois nada como um avô a prometer que "amanhã assim que o avô se levante vai comprar batatas e haverá batatas fritas para o almoço." E sabem? Ainda não se levantou - o avô, e ainda não pararam de perguntar se sempre se concretiza as batatas fritas p

Duma mana para outra mana

A mana mais nova, ou seja a minha Baixinha perguntava à mana mais velha porque razão na escola que frequentam (é um colégio de freiras) rezam todos os dias. Diz a mana sabedora mais velha e desejosa de mostrar que sabe a razão, pois já frequenta este colégio há dois anos: "sabes, mana, é a escola do Jesus". É? - admira-se a mana mais nova - ele andou lá quando era pequeno? Bem, só vos digo que esta conversa foi presenciada pelo avô que chegou a casa ainda a se rir.

As minhas Pulgas são feichones

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E como diz o outro: "quem sai aos seus não bebe genebra". É unha multicolor, é vestido da Agatha Ruiz de la Prada, que também é multicolor, é também uma vontadinha de trincar uma fatia de melancia. E sempre que olho para a fotografia concluo que é uma fotografia multicolor.

E eu esmureço a rir

Um dia destes, na escola das Pulgas mais novas, vim a saber que além de alface, couve, tomate, cenouras a avó também tem batatas fritas na horta.

Só eu...e mais ninguém!

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Estava eu, no chão, de rabo para o ar, assim como os alemães quando perderam a guerra, a recolher todos os brinquedos espalhados e pergunto, cantarolando. - Quem vai ajudar a avó? - a ver se havia alguma alminha caridosa e altruísta... - A mana - responde logo a Pulga, apontando para a Pulguinha que, sentada, brincava, descartando-se assim da arrumação. - E mais? - pergunto eu, olhando para ela a ver se dizia que dava uma mãozinha.  - Mais ninguém! - responde o mê Gu-Gu muito antes de, sequer, a irmã poder responder sem deixar de olhar para a televisão. Portanto...averga a giba, avoGi!... Fotografia: Num dia oferece-me uma flor no outro dá-me cabo do canastro!...

Avó é...

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Uma Avó é uma mulher que não tem filhos, por isso gosta dos filhos dos outros. As Avós não têm nada para fazer, é só estarem ali. Quando nos levam a passear, andam devagar e não pisam as flores bonitas nem as lagartas. Nunca dizem: Despacha-te! Vai dormir! Come tudo! Normalmente são gordas, mas mesmo assim conseguem apertar-nos os sapatos. Sabem sempre que a gente quer mais uma fatia de bolo ou uma fatia maior. As Avós usam óculos e às vezes até conseguem tirar os dentes. Quando nos contam histórias, nunca saltam bocados e nunca se importam de contar a mesma história várias vezes. As Avós são as únicas pessoas grandes que têm sempre tempo. Não são tão fracas como dizem, apesar de morrerem mais vezes do que nós. Toda a gente deve fazer o possível por ter uma Avó, sobretudo se não tiver televisão! ” Redacção de uma menina de 8 anos, publicada no Jornal do Cartaxo, em Floripa - SC. Só digo: Lindo! Sincero! Real!  Será que as Minhas Pulgas pensam assim? Vou tira