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Caiu-me mal no estômago

Mandei a orelha esquerda à fábrica (se ainda se lembram sou surda e uso aparatos para ouvir melhor) e hoje vou lá à loja buscá-lo, levei um murro no estômago e quase que vomitava as tripas (à moda do Porto, melhor seria!) quando ele, o técnico, me comunica... - Trezentos euros. Caí que nem tordo morto! - Trezentos euros? - repito eu e, como sem o aparelho não oiço bem, ouvi mais do que pretendia e em perfeitas condições. Faque ! Isto mesmo anda bem por aqui! Sim, darlingues,  trezentos euros para arranjar um raquiú parta dum aparelho que, por esta região ser húmida, avaria com mais facilidade.Tenho eu lá culpa de viver numa região com índices de humidade superiores ao resto do mundo? Caramba! Ultimamente tenho andado do avesso e com as algibeiras do avesso também. Portanto, senhores do governo, o subsidio de Natal caía que nem amoras.

Mas onde é que ele está?

Ando por aqui às voltas, tal qual cachorro à procura do rabo, a fungar a inspirar a "escafiar" em todos os cantinhos (como diz a Pulga do meio quando se refere a doce e manteiga no pão) à procura dele e não o vislumbro em sitio nenhum; será que ainda não chegou? Será que estou constipada e vai daí não sinto o cheiro, e tão cega que não vejo o espírito natalício pelo ar? E já agora, como e que ele se apresenta? Em pó, granulado, cristalizado ou gaseificado? Por aqui, não o vemos nem mesmo olhando para as decorações. Estou a modos que desespiritualizada . Oh, Espírito Natalício vinde até mim!

Mas que vem a ser isto?

Estou eu a falar ao telemóvel com a mãe das Pulgas a transmitir um recado e a Pulga, a maiveilha, sempre a me interromper porque o que eu estava dizer não era justamente o que ela ia transmitir à mãe quando a visse. De repente diz ela já me tirando o telemóvel da orelha e a colocar na dela. - Mãããããe, não acredites no que a avó diz.

Um dois três diga lá outra vez

Telefono para um determinado sítio para convocar uma reunião há muito aprazada mas sempre adiada e sei que a pessoa sem questão está de baixa (não sei se por doença ou por outros motivos, para o caso pouco importa); atende-me uma outra "doutora" e diz-me que a pessoa em questão ainda não está de serviço. Digo-lhe que na semana passada disseram-me o mesmo. E, até quando, até quando a senhora estará, previsivelmente, de baixa. Resposta do outro lado. - A doença ainda não evoluiu. (O quê? Não evoluiu? Está à espera que piore?) Eu ainda disse disse um: "ainda bem!", mas seguiu-se um longo silêncio sem resposta e depois um "então...obrigada" e "com licença". Fiquei ali com o auscultador no ar a olhar para ele à espera de uma brecha no meu pensamento. Serei eu aquela parva estúpida inculta que não entende a língua portuguesa e realmente ache que  a palavra evoluiu não está bem aplicada nesta situação ou estará correcta?

E hoje está assim...

Imagem
...A Pontinha ou seja o Porto do Funchal. Com quatro barcos de cruzeiro cheios de turistas; e todos, sem excepção de calções, chinelos e máquina fotográfica a tiracolo. Eles e eu. E, estou aqui a roer-me toda com aquela brotoeja a saltar e uma camada de inveja por não poder turistar como eles. Daquela inveja, da boa. Não, não me vou iludir nem iludir quem está agora aqui. A inveja da boa, essa já acabou, agora é só daquela que deixa marca no corpo, assim como uma erupção cutânea. E nem aquela nuvem negra me faz parar de coçar. Prontes , eu nunca disse, mas neste capítulo (de cruzeirar) eu sou invejosa. E queria tanto! Tanto! (Fotografia acabadinha de tirar)

Conhecem o Martinho?

Aquele bravo cavaleiro que num dia de chuva e frio encontrou um pobrezinho e rasgou a capa ao meio dando-lhe metade para se cobrir e logo o dia que estava sombrio e cheio chuvoso se transformou num belo dia de sol, de verão, direi, conhecem? Este bravo cavaleiro que tem o condão de transformar os dias chuvosos em dias soalheiros? Ele passou por cá pelo meu rural e ... Estamos decididamente no Verão de São Martinho! Eu sou friorenta, muito mesmo, e hoje tenho um je ne sé cuá (em francês). Assim até parece que estou na menopausa com aqueles calores...Um calor pela espinha acima.