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Esta moda de misturar frutos com vegetais crus

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Chama-se sumos Detrox a nova moda, e é ver as meninas de copo na mão passeando pelas ruas. Francamente, a mim dá-me uma vontade de ir a correr à casinha só de imaginar o conteúdo do copo. Tudo o que misture frutos, vegetais crus e sementes a mim não me agrada. Refiro-me a reduzir a líquido, isso é que me incomoda. Dizem que desintoxina o corpo, até acredito, mas eu sou uma rapariga de campo no que toca a estas misturas estranhas de frutas e raízes, vegatais crus, ervas frescas e os afamados supealimentos: bagas gojo,camu, cacau cru, algas clorela e spirolina, semente de chia e erva trigo. Náo haverá outra forma de desintoxicar o nosso corpo? Há. Não perguntem nada sobre isso, pois ainda não cheguei a esse capítulo. Mas garanto, Detrox só mesmo em última hipótese, somente quando estiver com prisão de ventre, daquelas de quinze dias e depois de esgotadas todas as outras hipóteses.

Em modo maratona

Depois de uma noite que se prolongou até às quatro da manhã, quase a ver o nascer do sol...depois de se ter dançado todas as músicas pimbas e brasileiras da moda, além dos Abba e Queen e ainda Boney M, eis que alguém se lembra de que caí sempre bem umas lapinhas grelhadas pela calada da noite e, mete-se à estrada, vai a casa, enquanto segue o baile na rua, chega com lapas que dá para uma camada de esfomeados que, nem parecia terem ingerido um belo dum churrasco (bem sei que fora pelas dez da noite, mas...) caramba, caíu mesmo bem. O pior...bem, o pior é que por ter dançado toda a noite não lavei, enxuguei e arrumei a loiça que, julgo ter-se reproduzido pelo nascer do sol enquanto eu dormia. Agora jaz ali enquanto eu jazo aqui, com as pernas esticadas, sem pachorra de fazer seja o que for! Por isso, alguém quer dar uma mãozinha e fazemos uma meia maratona? Ah, ainda sobrou lapas.

E hoje é dia de festa

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A minha Baixinha fez seis anos na passada segunda-feira e, como aqui festeja-se os aniversários ao fim de semana, hoje, tenho cá em casa uma festa de princesas. E por sinal, até convite e tudo. Mas, como diz a catraia que é baixinha em tamanho, mas grande na conversação, eu "tive" de ser convidada porque a festa é na minha casa. Pronto, era só isto, se quiserem vir até ao meu rual façam o favor de se apresentarem pela manhã para a festa das princesas e, à noite, para a dos adultos, em qualquer das duas é obrigatório uma prenda. Venham todos para sermos muitos. E, pelo menos, geleia há de fartura: verde e vermelho.

Tão bom viver nos suburbios

E ter uma mão-cheia de abraços ao regressar a casa, daqueles que apertam o pescoço e não nos deixam espaço para respirar, daqueles que se dependuram ao esticar, daqueles de saudades sentidas. São assim as minhas Pulgas, principalmente, a maiveilha que se colou e, repetia vezes sem conta, agarrada ao pescoço: "saudades tuas!" É tão bom sentir-se amada, querida. Sou abençoada. E nem falo no dia de sol e, pelas sete de uma tarde, o sol a fazer o seu ocaso no horizonte. Sou abençoada.

Pelos caminhos de Portugal

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Dia da mulher só quando não houver mulheres a sofrer

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Porque enquanto houver uma mulher a sofrer na pele, no corpo horrores nunca será um dia a comemorar. Que neste dia uma mulher seja libertada das garras de um homem violento, abusador. Que o dia da Mulher seja um dia de recordar todas as que lutaram, as que levantaram a voz e que se fizeram ouvir além fronteiras. A todas elas o meu voto de solidariedade.

Cheiro a campo

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Aquele cheiro a lareiras acesas à noite e o aquecer dos pés enquanto as chouriças tostam na brasa é algo que aprecio. E comer umas belas dumas farófias, que a bem dizer nuncatinha metido à boca, feitas pela comadre, depois de um jantar regado com vinho caseiro. Se gosto? Claro. É a razão que me faz voltar à Beira Baixa sempre por esta altura do ano. Se gosto de provar um belo chá de urtigas, com uma fatia de queijo serrano em plena Serra da Estrela? Nem perguntem. É algo que me dá prazer.

Parar ou não num STOP

Estando eu a chegar a um cruzamento eis que me deparo com um carro a chegar vindo de um sinal de paragem. O rapazinho que estava ao volante achando-se com prioridade, pois vinha da direita, não pára. Ora, eu que estava no lugar do co-piloto, apercebi-me do cegueta que continuava a acelerar. O meu condutor ou chofer, como se diz no meu rural, trava a fundo e eu que não me esperava da "travage" bati com a testa no para-brisa do bólide. O rapazinho não parava de pedir desculpa,mas o que é certo é que, as desculpas não evitaram que a testa batesse e doesse durante algum tempo. Isto de ser quase idosa e ter o corpo de borracha faz com que, neste momento, tenha o rabo e a testa a doer. O rabo do trambolhão na neve, a testa da travage da viatura. Mas é que ando numa maré de azares!

Mas que grande trambolhão!

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E é isto. Uma pessoas cai de rabo ao chão, uma pessoa fica com as "cachadas" molhadas, uma pessoa quer competir com a malta nova no capítulo da agilidade e, a pessoa descobre que, afinal, já não tem vinte (já teve, há mais de trinta anos) por isso, assim que montou na neve escorregou, queimou um dedo da mão esquerda por que o meteu neve adentro e deu de rabo na branca alva criatura não sem antes rodopiar sempre em grande atitude, ou uma pessoa não visse como fazia uma criança mais acima. E depois, ainda vê que a malta nova ri-se e a malta velha, ou seja, o mê senhor, está de máquina retrateira em riste para registar o momento. Mas, caí em grande estilo. Não há dúvida.

Então essa barriga não é de grávida?

Vejo uma chinesa que conheço e, como não a via desde o verão passado, reparo que tem uma barriga redonda escondida dentro de um casaco. Eu, como sou perguntadeira e adoro movidades, principalmente de nova gente a nascer, faço-lhe o gesto de barriga de grávida ao mesmo tempo que pergunto: bebé?, isto acompanhado com o meu grande sorriso de satisfação. Ela olha-me bem no olho e a sorrir diz: "Comer...", acompanhado pelo gesto característico de levar comer à boca. "Ah, comeste um bebé! E ainda não digeriste. Pelo tamanho da barriga era já de sete meses. Vai mazé enganar outra,  pensei cá comigo. Ao sair da loja ela com uma mão acariciava "o comer," mas ao ver-me olhar, com a outra mão puxou a banda do casaco.

Ai que maravilha o que ouvi dizer!

Vai dar sol já a partir de amanhã? Só pode ser mesmo a partir de amanhã, é que, daqui do lugar onde escrevo e, olhando pela janela, chove e muito. E saber que no meu rural - Madeira, estão as Pulgas no Funchal a ver o Cortejo Trapalhão de mangas cavas com o sol a aquecer o corpo. Ninguém merece levar com jactos de água assim que põe a cabeça de fora da janela. Venha sol que quase já tenho lodo no corpo.

Eu não mereço, ninguém merece

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Toda a gente sabe o quanto eu gosto de ingerir calorias, toda a gente sabe o quanto eu sou doida por sonhos e malassadas, toda a gente sabe que eu não sou boa nos doces e tenho de esperar que alguém me ofereça. O que também toda a gente sabe é que no meu rural é esta a época de comer malassadas e sonhos por que é Carnaval.  O que nem toda a gente sabe é que a minha filha mandou-me uma fotografia duma bela duma taça cheia deles a convidar-me para lanchar e, como como ainda nem toda a gente sabe é que estou praqui a roer as unhas de inveja porque tenho um desejo de besuntar cada um deles no mel de cana, lamber os dedos e, se possível, passar a língua na taça cheia de sonhos e mel, tal é a vontade. (Estarei grávida sem saber? Não terei tomado as precauções? Desenganem-se. Estou mazé com um desejo, e sonho com eles). Isso não se faz a uma mãe. Eu não mereço. Mereço sim comer os sonhos, e não sonhar com eles.

Baby sellers

Um (excelente) telefilme que conta a história de Carla Huxley, dona de uma agência de adopção que ajuda futuros pais a constituirem família, não olhando a meios para atingir os fins, mas que, por detrás de uma facada inocente controla o tráfego internacional de recém-nascidos de zonas pobres da Índia, Brasil e México. Bebés roubados às mães, colocados em caixas e transportados em camiões, para iludir a polícia, muitos dos quais não chegam aos braços dos futuros pais. Basta somente pedir um bebé com determinadas características que logo chega à agência. Arrepiante e tão verdadeiro. Bseado em factos verídicos.

Aprendam comigo agora porque eu não vou repetir

Quando viajarem de avião nunca calcem aquelas botas lindas compradas pela Festa e que faz conjunto com a vestimenta preparada para a viagem só porque vão viajare querem ir a modos que bem arranjadas. É que, ao chegarem à zona de passagem, a menina simpática diz que quer ver o calcado e estica o pescoço para olhar com ar de cobiça aquelas botas lindas e confortáveis que fazem pandã com a roupa preparada para a viagem... e,  aí se tiverem as botas lindas que ficam tão bem além de super cómodas, há que tirá-las dos pés e calçar umas pantufas de plástico, azuis, que mais parecem uns sacos de plástico, coisa mailhinda (mas que não combinam nada, mesmo nada, com a roupa que vestem e fazer a travessia com essa coisa mailhinda calçada, mas que ficam horrivelmente com o resto da roupa), enquanto as botas lindas e demasiado cómodas, compradas pelo Natal, passam pelo raio X. Depois, é aquela cena em que todo o mulheredo se senta, se houver cadeiras (se não faz-se o trabalho em pé segurada ao

Só a mim é que não me acontece

Um casal norte-americano (claro, tinha de ser nas américas do norte!) encontrou enterrado no quintal uma (pequena) fortuna em moedas de ouro antigas, quando passeavam o cão (quiçá, foi ele que farejou). Uma coisa avaliada em sete milhões de euros que estava enterradita à sombra de uma árore no seu quintal. Ora, eu bem que vou tentar a minha sorte lá no meio de tanta terra que tenho no meu rural a ver se alguém no ano de 1847 enterrou por lá umas moedas cá para a escrava que vos escreve deitar a render no OLX se o senhor Governo não lhe deitar as manápulas, que, por cá se isto acontecesse num terreno privado era logo confiscado. O Estado ia chamar-se dono do tesouro. Eles vão colocar as moedas no Amazon, se estiverem interessados ide lá ver.

Dia do Pijama essa fantochada de carnaval

Nesta semana do Carnaval há um dia reservado ao pijama, parece que institucionalizado e, apoiado por muitas escolas. Resta-me dar a minha singela opinião. Não gosto. Não gosto de ver as crianças na escola de pijama, nem pelas ruas; entendo que esta peça de roupa serve, exclusivamente, para dormir e não para andar pela rua muito menos para levar no corpo para a escola. Acho até ridículo, ainda mais, quando os docentes que corroboram com esta idiotice vão mascarados de: "acordei tarde e não tive tempo de me despir e, já agora, vou mesmo assim que é o dia do Pijama" E depois lá virá um dia em que a criança quer ir como dormiu e leva umas taponas da mãe para se despir e se despachar. Mas há forma de entender os adultos? Perguntarão as crianças no dia em que quiserem ir de pijama para a escola.

Sempre que brilhe o sol lá estarás. A ti, minha comadre e amiga

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De que serve viver se a morte espreita? De que serve sofrer se esta vida é feita de trabalho, suor e lágrimas. Não sei como demonstrar a minha raiva. Apetece-me gritar, mas não tenho voz. Ela chegou. Veio agressiva, determinada a levar alguém. E tinhas que ser tu? Não sei aceitar... Num mês? Somente um mês! Novamente. Pensei que, durante uns tempos, estaria longe de mim, mas não. Incrédula. Seca. Já não tenho lágrimas! Sabes que sim. Amigas há quase cinquenta anos (desde essa altura que combinámos que seríamos comadres). Promessa cumprida. De sempre. De risos. De gargalhadas. Lembraste, cu...madre, quando na nossa viagem de fim de curso tomámos banho juntas e rimos tanto e barulhamos muito mais que o recepcionista veio pedir....sim, pedir, para fazermos menos barulho. Que idade teríamos, cu...madre? Uns 15 anos? E quando fomos para Londres, eu para visitar a minha mãe e tu seguirias para Jersey visitar os teus pais e o avião foi para Faro? O que rimos! E depois o que choraste

Viola e engravida a filha e só tem dez anos de prisão?

Cá pra mim, além de perpétua cortava-lhe a...garganta (não era bem, mas pronto), e nunca mais via a luz do dia. Na prisão, colocava-o na cela onde estão os três africanos condenados por violação que se aproveitaram do contabilista. Aí sim, ia ver o que é bom. E ainda dizia a todos os outros presos para fazerem fila...

A dor alheia

Salta-me a brotoeja quando estou ao pé de alguém que só fala em doenças. Das suas. É que, por mais que tente não pensar, começo eu a sofrer as dores alheias. Doi aqui doi ali. É mais forte que esta mania de sentir o que os outros sentem. Tinha uma colega que, ao cruzarmo-nos pela manhã no recinto escolar e, como educada que sou, cumprimentava-a, perguntando se estava melhor pois que, no dia anterior havia-se queixado de dores na garganta. Estou melhor da garganta, dizia ela, mas agora tenho uma dor no ombro. No dia seguinte já tinha ido ao massagista por causa da dor mas ia ao estomatologista por que doia-lhe o estômago a acrescentar à dor de garganta. Poça, irritava-me, solenemente, esta atitude, e todos os dias tinha uma dor diferente no corpo. Não me peguntem se continua viva e a proceder desta forma, só sei que desde o momento em que percebi que era hipocondríaca, somente lhe desejava os bons dias matinais e a boa tarde ao sair da escola, pois, onde estava ela não estava eu.

Custou, mas sempre vem

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Não falta muito para a nossa primaVera fazer-se à estrada, e com a sua entrada triunfal alegrar o nosso espírito. Nota-se pelas flores que suavemente despontam. As magnólias nascem juntamente com os lírios a lembrar que a natureza faz o seu percurso habitual e nós, crentes numa época melhor, sorrimos ao ver as árvores cheias de flor esquecendo a estação que nos faz tremer e esfriar.