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Mas ele tem um humor inconstante

Estas mudanças de humor do senhor São Pedro deixam-me escadeirada. Julgo que ele está a entrar na menopausa. Isto de num dia levarmos com baldes de água e noutros sol de rachar pinhas deve-se às suas hormonas. Ou à incontinência, sei lá! Mas, amanhã se o vir à porta do céu quando resvalar por lá pode crer que vou mostrar-lhe a língua e mandá-lo plantar semilhas. Não há cabeça para aguentar estes humores incontinentes.

E isto ainda não terminou! O mundo virou-se contra mim.

Depois da saga da mala no aeroporto, que contei ali no andar de baixo, nada como ter de empurrar o ponto vermelho, pela rua abaixo devido a não ter bateria. Atão mê senhor coloca-se em posição de ataque, que é como quem diz rabo espetado mãos em cima do porta bagagem do bólide e eu, madame, com as unhas cravadas no guiador, acelerava pelo caminho abaixo até que via o mê senhor grande pelo retrovisor e depois já só o vi mais pequeno cumaformiga achei de guinar para a direita e.. Vai-se abaixo, o estapilha dum raio que o parta! Espero pelo triste do hôme que estava à chuva, manga curta, sim, cagente veio-se do trópico e lá o sol brilha até à meia-noite e um quarto. Mas o diacho não vinha. Nem vinha nem o carro ia. Dava a mise e ele não ligava, nem fechava vidros nem andava. E o hôme não aparecia! Saio do carro e tento passar por entre a chuva sem me molhar, mas não consegui. E tinha ido ao cabeleireiro. Shite! E o hôme não vinha! Até que aproximou-se a tiritar a bater os dentes de f

Epá, como o gelado

Mas que poça é esta caté me faz falar tipo lisboeta. E sai epá como o gelado mas não me refiro a isso. Refiro-me sim a este tempo por aqui neste penico do norte, que se chama Porto. E perguntam-me o que vejo da janela? Não vejo nada, nadinha é ca chuva é tanta que me molha as lentes dos óculos. E tenho frio, tou assim a modos cas velhas com um xaile em cima dos ombros. Tá frio, pá (novamente a falar à lisboeta, chiça...) E saber que no meu rural estão todos de bico aberto a bufar ondas de calor, até me aperta os calos.

Só faltou vomitar quando vi isto!

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E o Norteshopping está pronto a receber o Natal....em Novembro. Eu, se fosse frequentadora asssídua deste shope, em Dezembro já rabiçava galhos de azevinho, lãmpadas, espiguilha, neve e o Menino Jesus vinha por acréscimo. Só não rabicei porque reprimi. Mas deu-me engulhos, como se tivesse prenha. E continuo esperando o dia de comer o bacalhau assado e contar a lenda de São Martinho.

Um susto do tamanho do aeroporto.

Malas iguais dá azo a que se confundam e foi isso que aconteceu ontem. Ao chegar ao aeroporto do Porto, depois de uma viagem para lá de agradável, agarro na mala que, por sinal era a única no espaço por cima das cabeças e ala que faz-se tarde e chovia, como sempre, aqui, neste penico do norte. Pelo caminho mê senhor, para vestir a camisola deixa cair a outra, que ficou mais molhada que um bisalho, e já ia esbaforrido. Chegando ao tapete rolante esperando pela mala de porão, ele,  homem previdente como daqui até Bagdad, abre a que eu trouxe para tirar o porta-moedas, quando... Oh, mas o que é que enfiaste aqui?, pergunta à rapariga ao lado dele, que por sinal era eu, e eu, que não tinha metido Cd,s olho esbugalhada para ele. Hã? Cd,s?! Mas o que é isto? E isto? Oh, raio, esta não é a nossa mala! E pede pernas ao diabo para correr,  sei lá para onde, procurando a sua mala que, como eu lhe disse, até podia estar a caminho de Paris, uma vez que o voo seguia viagem. Nunca o triste do hôm

Se eu tivesse um buraco metia-me

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- Mãe, olha uma Barbie. Foi desta forma que uma criança de três anos alertou a mãe para mirar uma rapariga alta, de cabelos compridos louros, calças pretas justas, sapatos de salto bem alto com correntes à roda, boca pintada de vermelho e uma blusa esavoaçante que estava na fila do balcão do check in. A mãe do crianço arrebata-o antes mesmo de ele voltar a dizer a mesma frase, mas não chegou a tempo. - Mãããe, olha uma barbiiiiiiie - como a mãe não fazia caso, ele puxava -lhe a saia e apontava. A mãe puxa-o para a frente, numa tentativa de distraí-lo para que não repita, mas ele continuava firme e hirto. A barbie fez de conta que não percebia o que ele dizia. Mas foi só ela.

Isto sim é um homem, caramba!

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E, além disso, sincero. Merece estar lá, desejo que por lá fique e que nunca lhe falte o jantar com fatias de estricnina. Sossego.

Lindo, como só ele!

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Uma conjugação perfeita.

Onde andas tu, mulher?

Ora bem, ando a fazer tempo. A respirar ar puro, a olhar a malta debaixo da placa do uifi (como diz o funcionário da tasca), ando também a olhar o céu a ver as nuvens, a espairecer os pensamentos, em suma, a mentalizar-me que daqui a pouco tenho de me meter num grande pássaro e voar...

E, por favor, não falem em Natal

É que o São Martinho ainda não chegou. Temos, ainda de provar o vinho e a água-pé, comer o bacalhau assado, as castanhas e as nozes, depois, falemos de natal, pois então! E que venham os perús, as prendas, os enfeites e a iluminação mas... ...Uma coisa de cada vez, é o meu lema há muito tempo. Nada de atropelos, e sim, o natal é a época que mais adoro, pelo espírito familiar que envolve, mas só em Dezembro, e senhores ainda é Novembro, lembrem-se disso. Falemos, então de São Martinho e do seu verão.

Só visto! E de bico fechado obedeci!

Hoje tirei o dia para fazer umas renovações cá ao pêlo. Há muito que ninguém metia as mãozinhas no meu couro cabeludo. Olho para o espelho e pergunto-lhe o que modificar, ele responde: pinta pinta pinta. Eu revolto-me e dou-lhe um soco, mas pensando que se calhar ele tem razão. Pego em mim e saio para ir ao cabeleireiro com a palavra "pinta" no miolo. Entro no espaço e digo que vou pintar o cabelo. De branco. "Ai não dona Gi, isso não." Vá lá, dona Ana - disse à cabeleireira há muito do meu cabelo. -perguntei ao espelho e ele mandou-me pintar. Não não não. O seu cabelo tem uma cor magnífica. Os brancos misturam-se com os mais escuros e parece madeixas. Atão corte - ordenei. Isso sim, dona Gi, isso faço, agora pintar não. E de tesoura em punho zuca zuca zuca cortou-me o pêlo pelo carrolo. Mas pintar, jamé.

Uma nova dieta

A partir de segunda feira, dia seis de Novembro, começo uma nova dieta. Silêncio, não me perguntam porque razão é só na proxima segunda e não hoje? Cá nada! Não é por ser o primeiro dia da semana, nan senhora; também não é por ser a segunda semana do mês, não, não é por estarmos quase no natal. Por causa do biquini, ouvi perguntar, mas eu vou ao Brasil ou quê!? Não acertaram. Mas eu digo, porque não sou de guardar estes segredos e quero que vejam o "antes" e "depois" e digam de sua justiça. É que vou dar um pulo, ops, já dei, ms não me refiro a este pulinho mas sim ao pulão que vou dar até Braga. E por isso, lá em Braga toca a enfardar a mula. É bolas de Berlim com recheio de frutos silvestres, é pernil, é bacalhau à Braga, arroz de pato...sarrabulho? Disseram sa-rra-bu-lho? Mas eu sou vampira para comer sangue, sou?

Não deitem fora as cascas das nozes

Diz quem sabe que o excesso de "castrol" será eliminado com o chá feito com as cascas das nozes. Além disso previne as insónias, enxaquecas, tensão alta; e mais, ajuda no tratamento do fígado, diabetes, etecetera e tal. E, como estamos na altura delas há que ferver dois litros de água e deitar uma colher de sopa de cascas de noz (mas como é que se faz uma colher de cascas de noz? Aqui é que a porca torce o rabo!) Ai não acreditam? Atão leiam  aqui .

Avançava logo uma tapona nas beiças

Há crianças tão guinchonas que nem à estalada se calam. Hoje, uma criança gritava tanto enquanto o seu papi e mami alheios ao guinchar e consecutiva birra do crianço, bebericavam café. Os outros que se lixem e se estão mal abandonem o espaço. O crianço berrava, guinchava, esperneava e batia na cara da mãe, eu até acho que ela merecia mais, mas enfim... O papi ria-se e, desculpem a palavra, maribava-se para a cena. De vez em quando a mãe lá pedia para ele se calar, mas o gasguito guinchava tipo porco, ainda mais alto. Entre bofetadas à mãe, pedidos de calma e risadas do pai, já os presentes olhavam para o estapilha, com olhos atravessados. Até que... Saíram como se nada tivesse acontecido. Criança ao colo, pai atrás com ar de jingão, mãe a comer o bolo. E o crianço a guinchar, mas desta feita nas orelhas dos pais. Rás parta esta canalha...e estes pais surdos e imunes ao barulho.Uma chavena de chá de boa educação em jejum juntamente com pedagogia aplicada no rabo é remédio santo.

E se o Governo Regional proibisse os chineses?

Bem, a quantidade de "mandalim" que se ouve por aqui, no meu rural, até mete dó. E se o governo proibisse os chineses de falarem a sua língua materna? E se nós não entrassemos nas lojas chinesas quando o rádio que lá está passa o Marco Paulo chinês enquanto a dona do espaço lê um qualquer livro em "mandalim"? E se proibissem os computadores de mostrar os caracteres chineses? E se...deixassem as crianças falarem português lá nos Luxemburgos como nós deixamos os chineses falarem a sua? Em mandalim ou em português cada um é como cada qual.