Mas quem no seu perfeito juízo se lembra de ir à Primark, num domingo, perto do natal (prontes, lá tou eu a falar do Natal), pelas cinco da tarde, de um dia frio de Novembro. Quem? Eu, claro! Não havia lugar nem para uma formiga! Filas intermináveis para pagamento, filas como daqui até Bagdad para os provadores, filas e filhas a correr, pequenos a berrar cheios de sono, pequenos em carrinhos mais as compras dependuradas nas manetes a esbarrar em toda a gente. Não é sítio para mim, a minha condição, o meu estatuto social há que mantê-lo a todo o custo. Jamé, jamé. Je e muá-méme enquanto nos lembrarmos das cotoveladas, dos encontrões, das pisadelas nas lindas pernas nos metemos na loja do shope pelas cinco da tarde num domingo, perto do natal. Vou sim mas às onze menos uns minutos quando a canalha dorme, quando os carrinhos de bebé repoisam atrás da porta, quando as mamãs estão a dar de mamar aos crianços, quando as adolescentes estão adormecidas em cima da cómoda escolhendo o outefit