Levo uma taça cheia de cerejas as quais tive de vender um rim para as comprar tal era o preço, para sentada no sofá de perna trocada, relaxada quanto basta as saborear... Coloco-as no braço do sofá ementes me sento. Não sei como dei com a mão espalho as cerejas mais os cacos da taça pela sala limpa, a lustrir que tinha levado cera no chão... Olhei p' áquela shite e só pensava nas cerejas espalhadas cheias de cacos, caquinhos e cacões! Se pensam que as deitei fora, desenganem-se. Agachei-me, joelho no chão como a pedir perdão por esta cabeça de melancia e apanhei uma a uma... Separei os cacos das cerejas passei-as por água fresca da torneira e agora, sentada, novamente, encho o pandulho. Os cacos fazem mal se engolir um? Se daqui a pouco não der sinal de vida é que tou morta. Fui... Fotografia: A Pulga - a Maiveilha, com brincos de cereja