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Então, já comeram uma cerejinha hoje?

Pois eu, rapariga de meia serra a viver nos subúrbios onde cada género alimentício custa um olho no mercado negro (isto porque no meu rural quem paga o custo de transporte somos nós e, a saber, uma mercadoria descarregada nos portos da Madeira custa quatro vezes mais que descarregada em Leixões), mas adiante que já me perdi... Perguntava se já tinha colocado na boca a bela da cereja. Porque eu, rapariga que dá os bofes por um "quilhinho" (é assim que se diz em madeirense puro) viu ontem a 5,89€ por um mísero "quilho" que eu gulosa como sou como-o enquanto o diabo dá uma volta. Gostar eu gosto mas não sou gastadeira. Vou esperar uns dias a ver se baixa o preço. Tão bom viver numa ilha turística!

Madeira não é Portugal

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O presidente do Governo Regional afirmou hoje que não tenciona conceder tolerância de ponto no dia 12 de Maio, uma vez que “não faz sentido”. “Se estivéssemos num território com continuidade territorial fazia sentido”, afirmou Miguel Albuquerque, explicando que só se justificaria caso os madeirenses tivessem a possibilidade de irem para Fátima. Pois é assim: os funcionários públicos vão ter tolerância de ponto aquando da visita papal a Fátima, no dia 12 de Maio, mas, nós, madeirenses não. O governo dos Açores concede a tolerância nesse dia. Se formos a ver a geografia de Portugal Continental e insular vemos que a ilha do Corvo e das Flores é todo o arquipélago dos Açores é uma continuidade territorial...fica assim, a modos que, ao lado do Santuário de Fátima daí a razão da tolerância.

O problema é que eu dou-me nisto

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Fui feita para viajar, tenho alma de viajante, sedenta de encontrar novos caminhos, novos desafios. Sou, portanto, um ser caminhante... Desde quinta-feira, numas curtas mini-férias conjugais que andei mais que muito. Sozinha, falando com o meu pensamento (dá-me para isto de vez em quando, isto de falar sozinha), palmilhei Braga, vi-a por um canudo, arrastando a minha mala, descansei os pés até que o mê Bisalho me apanhasse. Um calor que aquecia a alma e aqueceu os meus tristes pézinhos de cinderela ao ponto de os inchar (prontes, coisas de velha, eu sei). Em Ponte de Lima, na sexta, novamente só, caminhei ao longo do rio (credo, não pensem que foi desde a nascente até à foz, não fiz promessa, tá bem?), e descansei na relva húmida da margem do Lima. Sábado foi dia de reabastecer forças e pela aldeia onde pernoitei vi paisagens que de outra forma passariam despercebidas. Dei atenção ao pormenor e à beleza da singularidade. Domingo, logo cedo, arranquei de Ponte de Lima em direcçã

Qual a razão?

Ora digam lá que eu não consigo entender por mais que ponha a mão na cabeça e faça círculos e um esforço que parece que os miolos já fervilham. Aqui vai a perguntinha... Por que é que as pessoas assim que o avião pára põem-se de pé no corredor (ou na passerelle como disse a hospedeira francesa a comentar com a colega)? E ficam ali a criar raízes até que venham pôr as escadas que a voar ninguém vai. Cansaço por virem sentados? Se viessem a nado era pior. Desejo de começar a visitar a ilha? Caramba, ela não foge. Olhem, se souberem digam se faz favor. É que eu fico sentada no meu lugar até que a confusão acabe e acabo por apanhar o mesmo autocarro.

Receba as flores que lhe dou...

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...e em cada flor um beijo meu". Cantava assim alguém que não me lembro quem, mas para o caso pouco importa. O que importa mesmo é que "vou daqui para a minha terra que desta terra não sou", assim cantava alguém que não me lembro quem, mas para o caso pouco importa. "Adeus aldeia, eu levo na ideia..." também cantava alguém que não me lembro quem... Mas para o caso pouco importa...

Estive lá...

Hoje foi o dia do encontro. Logo de manhã meti as unhas no volante do carro e dei ao pedal até ao sítio combinado para que uma deusa me levasse ao Olimpo, perdão ao restaurante. Entre mimos, beijos e abraços daqueles fortes, calorosos fomo-nos apresentando. Mas quanto a mim nem era necessário pois que sem nunca termos tido contacto físico já nos conhecíamos. Tem piada, não tem? É uma coisa que até nem sei explicar, pessoas que não se conhecem a não ser pela escrita, começam a falar como se fossem amigas de há muito, como se se tivessem​ visto no dia anterior. Uma coisa vos digo: levo-os no meu coração, levo na bagagem os beijos trocados, os apertos de mão e o som da voz. Até ao próximo que pode ser amanhã.