Abre a porta que eu dou-te um beijo

As minhas Pulgas fêmeas brincavam na porta, uma por dentro a outra por fora, numa porta de vidro transparente.
- Mana, abre a porta, deixa-me entrar - pedia Baixinha que estava na rua.
A Maiveilha, que estava dentro ria e não abria.
-Mana, abre a porta, não estou a brincar e quero entrar. - já de narinas abertas e cara de poucos-amigos. - Abre.
Durante um tempo só se ouvia: "abre a porta"; "abre a porta, mana", e a porta mantinha-se fechada. Uma ria a bandeiras despregadas outra deitava línguas de fogo. Até que...
-Só abro a porta se me deres um beijo - disse a Maiveilha, com o indicador a indicar na face o lugar onde a outra tinha de dar "o beijo".
- Oquei, Mana. Atão, abre a porta! - isto já de sorriso aberto e palmas das mãos para cima e encolher de ombros.
Levou a sua avante. A porta abriu-se e juro estava esperando ver o beijo. Não o vi.

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