Quem não gosta de dinheiro dê um passo em frente. Ninguém. Eu sabia!
Chovia desalmadamente e choveu desalmadamente todo o dia sem dó nem piedade de quem tem de sair de casa: eu. Ao aproximarmo-nos de uma passadeira perto do Mercado do Funchal, um senhor de guarda-chuva em punho preparava-se para encetar a passagem. O mê senhor todo bondoso e com o dever cívico embutido na cabeça, parou. (Ai se fosse eu "acelarava" e passava antes dele sequer pôr o pé na rua! Porque dava tempo!) O homem chega a meio da passadeira pára, agacha-se e começa a levantar não sei o quê. Arregalei os olhos. "Mas que coisa! Que grande lata!" Eu já estava a deitar fumo pelas narinas e a dizer baixinho (que não sou de confusões): "Ai seu vilhão!" Moedas. Juntava moedas espalhadas. Moedinhas que ele encontrara debaixo daquela chuva entre os paralelopípidos da passadeira. Não há o direito! E nós...e eu ali a deitar "lavaredas" à espera que ele juntasse-as todas. Nas calmas, sim que ele não tinha pressa! E até só chovia desde o dia anteri