Eis aqui a fatia que sobrou. Moreno, escuro, fino, como eu disse. É um objecto de desejo. Agora, não quero outra coisa. Querem-me bem-disposta? Metam-me na boca uma fatia dele. Querem que me cale? Ataquem uma pela boca abaixo. Querem ver-me feliz? Ofereçam-me um quilo de pão alemão com pistachio e passas. Ao meu lado estava uma amiga que não o conhecia e logo que pedi, ela, tungas , pede também. E sabem? Não quer outra coisa, disse-me ela. É ou não é uma delícia, hã? Ah, desculpem, não provaram. Como dizer que é bom? Fiquem com minha palavra. Eu digo. É bom, sim senhora. E se já experimentaram o alemão com nozes? E com passas? E com passas e nozes? Vão por mim, e de carreira sigam em frente até à padaria e assim que nem eu, alto, para demonstrar a certeza, com determinação, peçam: "Uma fatia de pão alemão com passas e nozes. Se não tiver pode ser alemão com pistachio e passas, e, se não tiver, atão, alemão com passas; mas tem de ser alemão."