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Muitos tem quiús

É o mesmo que dizer obrigada pelas mensagens de parabéns ao meu bisalho. A festa acabou, mas o corpo ainda se ressente da "estrafega" do trabalho, mas quem corre por gosto não cansa, não é mesmo? Não cansa, mas mói os ossos.

Fim de semana, pois então. E o Bisalho faz anos

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E este é para comemorar os anos do mê bisalho. 27 anos de vida. JÁ ? digo eu! Como o tempo passa ! Não passa, corre, nem dá tempo para apanhar e só ficam as recordações. E porque ele fez anos dia 18, e só chega hoje (o rapazinho trabalha, e trabalha muito, ainda por cima longe das suas raízes) foi tudo planeado à distância. E como sempre família e amigos reunidos à volta da fogueira, a sério, literalmente, é  rrrrrrrascacheco (churrasco, dito pela Pulguinha). No que toca a amigos, bem, é complicado dizer quantos são, nunca sei bem, pois é mais ou menos como o baile da quermesse: vem e traz um amigo e esse que traga um (amigo) também. E depois, são os amigos dos pais, amigos da irmã e amigos dele , praí umas tantas pessoas. No fundo, somos todos amigos e quem não é passa a ser. A modos que sim. Mas uma coisa digo com toda a certeza e verdade: amigos dos meus filhos, meus amigos são. Amigos meus, deles são. E siga a festa! Parabéns Bisalho. Fotografia: Ele, o bisalho. Bonito

Ouve e cala-te!

O avô dizia do alto das escadas para as Pulgas que estavam no andar de baixo, no covil, como amorosamente chamo ao salão onde elas passam a maior parte do tempo, pois tem brinquedos, televisão, espaço; acima de tudo, espaço; e como contava eu antes de me perder nas divagações, explicações e outros ões , o avô recomendava: juízo aí em baixo! Mas num tom que metia respeito. Pulguinha que tem resposta na ponta da língua e expede logo que abre a boca disse, no mesmo tom de advertência que o avô usara para elas: Juízo aí em cima!    

Como se interessasse para alguma coisa!

Fui à médica do Planeamento Familiar, ao Centro de Saúde (não, não estou grávida, credo, essas cabeças e esses olhos já arregalados!) fazer o exame citológico, aquele que nos colocamos na mesma posição que os frangos no talho do supermercado; e, se antes a médica, nas outras consultas estava como que atrás de uma espécie de muro, tão distante (ou para manter as distancias,  quiçá), hoje, até foi uma simpatia. Parecia que éramos velhas amigas do banco da escola primaria. Ao responder ao questionário, em chegando às habilitações académicas, ela pergunta: ensino básico... secundário... e dali não saía. Repetiu secundário... Respondo eu: Licenciatura. E foi aqui que se deu a mudança! Era sorrisos de mostrar todos os dentes; era perguntas sobre filhos, era o tempo, as férias... Eu fiquei estupefacta! Se nas outras consultas era um vê-se-te-avias, ou isso-não-é-da-minha-competência; hoje, já não era para aviar e tudo era da sua competência. Pergunto: muda alguma coisa ser ou não lice

E agora tá na hora de dizer: tens razão! Tens toda a razão!

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Eis aqui a fatia que sobrou.  Moreno, escuro, fino, como eu disse. É um objecto de desejo. Agora, não quero outra coisa. Querem-me bem-disposta? Metam-me na boca uma fatia dele. Querem que me cale? Ataquem uma pela boca abaixo. Querem ver-me feliz? Ofereçam-me um quilo de pão alemão com pistachio e passas. Ao meu lado estava uma amiga que não o conhecia e logo que pedi, ela, tungas , pede também. E sabem? Não quer outra coisa, disse-me ela. É ou não é uma delícia, hã? Ah, desculpem, não provaram. Como dizer que é bom? Fiquem com  minha palavra. Eu digo. É bom, sim senhora. E se já experimentaram o alemão com nozes? E com passas? E com passas e nozes? Vão por mim, e de carreira sigam em frente até à padaria e assim que nem eu, alto, para demonstrar a certeza, com determinação, peçam: "Uma fatia de pão alemão com passas e nozes. Se não tiver pode ser alemão com pistachio e passas, e, se não tiver, atão, alemão com passas; mas tem de ser alemão."

E quando menos se espera nasce uma paixão

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Foi assim que aconteceu comigo.  Não estava preparada para isso até porque há muito tempo que me habituara ao mesmo. Mas, num de repente, quando houve aquela troca de olhos soube que tinhas de ser meu. E ali ficaste especado, sem te mexer, sem pelo menos te movimentares. Bem, também não podias; estavas entre outros, espremido. Escondido. Mas eu vi-te, e desde esse momento nada mais contou. Sonhava contigo, imaginava-me a trincar-te, a passar a língua, nem digo mais. Foi aquela chama, aquela certeza que ia gostar do toque, da fragrância. Mas será possível que eu, uma mulher madura, nada preparada para inovar de um momento para outro tenha de sair de casa só para te ver? Não me apetecia mudar. Juro. Estava habituada, como já disse. Mas a tua cor!...Sim, foi pela tua cor que me apaixonei. Moreno. Escuro. Fino. E eu que dizia que só gostava de brancos! Mas ao ver-te a seres cobiçado por outras, não resisti. E em alto e bom som para que todos os presentes ouvissem disse: "Quero