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A minha mala Chanel

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Tanta polémica em redor da rapariga com voz de mel, a precisar de aula de dicção (sim, eu vi o vídeo e precisei de legenda, ela não abre a boca e fala entre dentes, irritante, pah !), tanta poeira levantada por causa de um desejo para este ano; eu também pedi um mala (carteira é o termo mais correcto pois mala é de viagem)  Chanel , mas deram-me foi um aspirador. É um daqueles pretos, clássicos, que fica bem com tudo e posso colocar ao ombro assim como a mala Chanel .

Quem diz o que quer ouve o que não quer...

...Lá dizia a minha avó, mulher sabedora da vida e nunca se enganava. - Companhia... (é assim que chamo as Pulgas quando as quero todas à minha frente em sentido), vamos à padaria. - Ohhhhh!... - responderam em uníssono, mostrando o seu desagrado por interromperem a brincadeira. - Não querem dar uma volta de jipe? - ciganei com esta frase pois adoram andar de cabelos ao vento. - Ohhhhh, não!... - novamente em coro. Atão salta o avô para o baile e diz que a avó quer ir tomar um café, a ver se assim se prontificavam a sair de casa e deixar a brincadeira. - Mas tem café em casa! - Com esta é me lixaram e ademais vindo do mais pequeno ou seja do mê Gu-Gu, rapaz com três anos que ainda nem acertar a sua micção dentro da sanita sabe, e já manda papaias!

Mais valia dizer a verdade

Depois do almoço fomos - eu e as Pulgas - para a cama dormir aquele sono reparador de baterias. Logo pedem uma história, mas aproveitei o facto de terem saltado na cama (mais o mê Gu-Gu que acha que a cama é trampolim) e dizer que havia castigo por isso, não abria a boca para contar nada. O facto é que eu avó cheia de sono estava já com o queixo a descair tal o peso. Disfarcei, pronto. Não me lembro de mais nada, só sei que acordei com um grande estrondo, melhor, um grande ronco dado  daqueles vindo das profundezas. Olho para um lado e outro e ainda as Pulgas estavam de olho aberto. - Avó, tu tás a ressonar!? - pergunta admirada a Pulga do meio. Eu bem que tento dizer a verdade para que sigam bons exemplos, mas naquele momento disse. - Quem? Eu? Não, só estou constipada e com dores de garganta, daí o ruído.

Entrar, sair, pagar, e...não lembrar

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O melhor das férias em Portugal Continental é quando passados seis meses chega a carta para pagar uma SCUT cujo valor é de 3,10€ e custos administrativos 4,42€. E se vos disser para reparem bem nas entradas e saídas, fazem isso? Ora vejamos. Entrámos e saímos em Belmonte Sul; sete minutos depois entrámos e saímos em Belmonte Sul. Admirados? Nós, eu e o mê senhor, também. Atentem na direcção. Entrámos e saímos em Belmonte Sul (direcção Sul Norte) e novamente entrámos e saímos em Belmonte Sul, mas desta vez na direcção Norte Sul. Que coisa mais parva! Não me lembro de ter entrado e saído e entrado e saído, mas a  Portvias lembra-se e bem.

Esparguete à bolonhesa

E, segundo a promessa que fiz às Pulgas num dia desta semana, hoje vai avançar uma pratada de  esparguete à bolonhesa. E para que não me faça desentendida e esquecida não param de me lembrar que "hoje vais fazer esparguete à bolonhesa, não é avó?" Eu bem que me apetecia fazer uma partida pois que estamos quase no Carnaval e ninguém leva a mal mas custa-me fazer a desfeita. Eu bem digo que é melhor um prato de milho cozido com chicharros ou um rolo de espada com cebolada, ou ainda um bifinho de atum com milho frito ou na pior das hipóteses uma espetada em pau de louro, mas não. Ou esparguete à bolonhesa ou esparguete à bolonhesa. Difícil a escolha. Mas porque razão um prato de esparguete com um bocado de carne esfarrapada em cima arregala tanto os olhos das crianças?

Anda ver o sol

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E assim que cheguei a casa vinda da tarefa de recoveira fiz como o caracol: pus logo os corninhos ao sol. Eram praí duas e meia de uma bela tarde, a de hoje, subo as escadas de livro na mão, aze ujuali  (inglês), olho para a cadeira sozinha e triste a precisar de companhia; perguntei-lhe: "Posso? Posso colocar a minha cesta em cima de ti?" Fiz-lhe companhia; assentei logo a cesta, abri o livro na página onde ia e aproveitei o sol. Só que ele, o peste do sol, está tão quente que comecei a aquecer e se estivesse ali mais um pouco derretia as banhas; atão tirei a fotografia para a posterioridade e meti-me em casa. Fotografia: O chão está a precisar de vassoura? E eu a precisar de descanso, ora essa!

Quero ser como tu, mas nem tanto

Quando for velhinha (eu, velhinha!? uóte? ) quero ser como tu, avó! - diz a Pulginha, quatro anos cheios de sabedoria. - Ai sim? - digo eu com a crista no ar e inchada que nem um pavão por a rapariga ter bom gosto e faço aquele sorriso, o 43, de canto a canto, mas que logo desvanece ao concluir a frase... - Sim, mas sem óculos e se aparelhos nos ouvidos - acrescenta ela. Eu concluo que de resto fica tudo, a bóia na barriga, as rugas (de expressão  quiçá, por eu ser uma rapariga muito sorridente), os joanetes também podem ficar, a espondilose, a artrose e mais "oses" os bicos de papagaio, isto tudo pode ficar. Digo eu.