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The show must go on

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Onde está a coerência? Faço esta pergunta, pode ser que alguém saiba onde ela vive, quiçá em confinamento, é que não se a vê...e preciso de quilos dela para entregar a quem nos governa. Quer dizer, ouve-se que vamos repensar o natal em família, se vai haver proibições e depois sabemos que não repensaram no espetáculo da formula 1 no Algarve. O mal está nos ajuntamentos, daí a proibição de se deslocar entre concelhos, mas se tiver um bilhete para um espectaculo, que segundo se sabe junta pessoas, pode passar, é por isso que fico com a dúvida se 25 mil pessoas não são um ajuntamento. Segundo os nossos governantes ajuntamento é estar os familiares a colocar flores e a rezar aos defuntos na campa do cemitério. Assistir a espetáculos e desportos não junta pessoas, daí não serem considerados ajuntamentos, ironia pura...Só me apetece cantar: "The show must go on". Fotografia: Porto da Cruz, costa nordeste da ilha da Madeira

Se é para usar que se use

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 Tanta tinta a correr nas redes sociais, tanta gente a morrer e ainda há quem faça ondas e sejam renitentes ao uso da máscara. Se em cada família houver um óbito por esta pandemia, aí sim, sente-se a pele a rasgar, a lágrima a correr, quer chorar e não as ter e o coração dilatado de tanta dor. Só assim, a pessoa reflete na situação e nem põe em dúvida o uso da máscara. Eu uso desde há muito, pois que, na região já é obrigatório desde o verão. Se incomoda? Sim, e, para mim, com problemas auditivos e um nariz cheio de cicatrizes, ainda piora a situação, mas uso, porque a vida é preciosa. Fotografia: Via rápida no Funchal.

Subsídio de mobilidade

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  Eu até podia contar a saga do subsídio de mobilidade...eu até que tenho tempo, isso não me falta ...eu até podia dizer que fui quatro vezes ao correio para levantar o subsídio, até podia acrescentar que estive da segunda  vez um hora à espera e da terceira vez cheguei tinha fechado há quinze minutos e reabria daí a hora e meia ...também podia dizer que esperei na porta uma hora e quinze minutos armada de mascarilha..podia contar tudo que, graças a Deus, tempo não me falta...até posso só dizer mais um poucochinho....que fui a segunda a ser atendida e faltava um papel...e até posso dizer que para levantar o dito foram seis folhas impressas: o cartão de cidadão, o bilhete eletrónico, o cartão de embarque....mais o impresso a comprovar que a viagem foi alterada, mais o comprovativo da alteração de aeroporto e ....agora sim, toda a gente a abrir a boca de admiração com o que vou dizer que faltava... Mais um pouco para o suspense que, como disse, tenho tempo... Faltava a copia do email. Si

Esta pandemia

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Este virus dá-nos a volta à cabeça e faz duvidar de tudo e de todos.  Muitos de nós, pessoas de boa fé, e que acreditam na evolução da humanidade, acreditaram que estar em casa, confinados, em isolamento iria trazer o melhor das pessoas, íamos ser mais tolerantes, amigos do próximo e outras virtudes que tinham caído no passado. Enganados, todos nos enganámos, o confinamento não fez nem faz milagres, isso só santo António e outros santos é que faziam, mas noutra época. No tempo presente não há espaço para a amizade, "amar o próximo como a nós mesmos" esse chavão da reza foi ultrapassado pelo amar-me a mim e só a mim. Assisto, incrédula, ao desenrolar do dia a dia das notícias. E posso afirmar que perdi a confiança na humanidade. Ou eu é que sou a visionária de um país em falência de virtudes? Fotografia: Arredores no santuário da Senhora da Abadia, em Amares.

Por muito que lutemos...

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Ainda há dias escrevi que o meu amigo, de ontem, do antigamente, de quando éramos adolescentes e cheios de adrenalina estava no hospital com a vida presa por um fio. Esse fio - que era de cabelo - quebrou. Ontem, pela tarde, a vida fugiu-lhe. Por muito que lutemos, por muita esperança e tenacidade no dia certo lá está ela A Morte - à nossa espera. Foi um lutador, um homem que se levantou de todas as vezes em que caiu. Um percurso de vida sempre à procura da felicidade, em busca de algo que lhe faltava. Ontem entregou-se, deixou de lutar. Até um dia meu amigo de ontem, de hoje e de sempre. Tinha 66 anos, esperança e fé do tamanho do universo.

Há Bancos e bancos

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Fui ao banco para fazer um levantamento, coisa que não fazia há anos...vai daí logo à entrada uma desinfecção, acho bem, depois sentada em frente à funcionaria pede-me o cartão de cidadão, cedi-lhe, mete os dados e começa a desenrolar a minha vida mesmo à minha frente. Casa, carro, crédito, seguros....e desata a falar falar e eu quase sem pachorra para a ouvir uma vez que ia com um propósito, fui deavalorizando o assunto de cada vez que falava. Seguro de vida, estou bem servida, crédito, idem, carro muito bem, casa ibidem e menina despache-me, faça a que lhe pedi que não tenho tempo para mudar nada, dê-me o dinheiro e pronto, caramba. Foi preciso mesmo dizer ao que vinha e deixar-se de vender produtos... No fim, escreveu... escreveu e eu sempre tola ali sentada à espera que partisse uma unha na tecla até que diz: "vou ler a acta." "A acta?" Perguntei, "mas fez uma acta porque razão?" Explicou que é politica do banco elaborar a acta da reunião com o cliente

Farta disto tudo

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Julgo que a minha cabeça estava perdida, algures, no pólo norte sem saber o caminho de volta, quando aceitei a proposta de remodelar as casas de banho. É que como se diz "procurei sarna para me coçar" e ainda "quanto maior a nau maior a tormenta". Agora é o tecto. Ai o tecto! Esse deixa-me sem tecto quando olho para os 3 mestres enfiados numa casa de banho com 9 metros quadrados, não sei a fazer o quê, só sei onde porque riem à gargalhada e quando saem parece que estiveram enfiados em farinha de milho branco. Uns anjos... E, depois, olho o chão da sala, dos quartos, da cozinha e vejo que um manto branco cobre o soalho. Mas será que posso viver a reforma com tranquilidade? Quando digo " tranquilidade" refiro-me a perna cruzada ou estendida no canapé da sala, embuseirada no sofá. E, ainda estamos numa, falta a do meu quarto e a julgar pelo andamento desta, na véspera de natal vou estar ainda a ver azulejos a serem colados nas paredes. Onde é que eu tinha a c

Frente de ataque

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"Só te deixo passar se me deres comer. E pronto." A pessoa até tem medo e mesmo a pedir licença arrisca-se a levar com umas garras cravadas nas pernas, vai daí conversa com a família e explica que tem de entrar para ir à lata tirar a porção diária, mas não os convence. Logo, de joelho no chão, afastada uns vinte metros, voltei a explicar que a comida está dentro de casa e para isso tenho de passar, precisamente, por onde está a familia. A mãe, então, olhou para a prole e mandou-os afastar. Obedeceram como os bons filhos fazem. Ufa, estava a ver que hoje dormia na rua.

Não entendo as pessoas

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Se há bicho dificil de seguir regras, conselhos e até direcções esse bicho somos nós, refaço: alguns de nós, humanos, seres pensantes, académicos, alguns até doutorados e mestres. Numa altura em que a pandemia cresce como ervas daninhas é que se fazem espetáculos? Nada contra os artistas, nada contra quem vai a esses ditos, mas por favor, entendam: não estamos bem, nada é como antes, muita coisa mudou, muitos já cá não estão. Neste momento até sou a favor de reallity shows esses, pelo menos, estão fechados numa casa. Será necessario morrer mais gente para que se entenda a gravidade da pandemia? Eu digo e tenho dito a quem falo: "só quando a morte leva alguém que nos é querido, é que damos valor à vida". Eu, infelizmente, perdi o meu irmão, levado pela mão da covid19. Por favor, se estão a ler esta minha publicação fiquem em casa, porque a nossa casa é e será sempre o nosso porto seguro. Fotografia: Via rápida no Funchal

Um porco vegetariano

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O meu vizinho tem um porco. Esse porco só come pimpinelas. Atrevo-me a dizer que é vegetariano, estou a pensar que posso afirmar sem sombra de dúvida que os vegetarianos podem comer à vontade esta carne, deste porco. Eu costumo dizer aos meus netos que sou vegetariana quando estou a traçar à dentada um belo bife do filet. Eles refutam logo "avó, mas tu estás a comer carne...." Respondo assim: "Eu sei meus lindos, mas esta vaca é da série vacas felizes dos Açores, e pastam todo o dia naqueles prados verdejantes e só comem erva. Logo se elas só comem erva se eu como a vaca logicamente estou a comer erva, se como erva sou vegetariana, é a cadeia alinentar"".Eles abanam a cabeça como que a dizer "não vale a pena contrariar! Não se aprende nada com esta avó". Isto tudo a proposito do porco do meu vizinho, salvo seja. Fotografia: Vacas felizes pastando num prado em São Miguel, Açores

Asneirona

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 Diz-se de alguém que faz asneiras ou diz asneiras. Dizer eu digo, admito, e muitas, caramba, mas fazer é onde me sinto em plenitude. É, como se diz, a minha praia. Estas obras continuam para me tirar o sossego, é todo o dia de balde e esfregona em riste. Embora tenha o chão protegido com cartões e toalhas de banho já em desuso, a poeira multiplica-se e divide-se como se não soubesse subtrair. Andei a limpar com lixívia e, todos sabemos que a lixívia é uma arma poderosa que deixa a pessoa com falta de ar e, se tira nódoas difíceis, também tira a pele dos dedos, facilmente. Que o digam os meus dedos da mão esquerda - porque sou canhota -, que lutam diariamente com a falta da epiderme nas pontas. Sim, estou abrasada, a pele caiu, olho e vejo a derme nos buracos onde há falta da que nunca devia ter caído, e posso até afirmar que perdi a sensibilidade. Sei que neste momento alguém está a abanar a cabeça como que a dizer "bem-feito, para aprenderes a colocar umas luvas", eu sei is

Desapego

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Hoje foi dia de desapego. A minha Baixinha, a neta de 12 anos, de cabelo verde e vaidosa quanto basta, lembrou-se de limpar as gavetas da casa de banho. Primeiro começou com vernizes, depois as sombras de olhos, a seguir batons e perfumes, tudo levou "descaminho", como se diz por cá no meu rural.  A verdade é que já há alguns anos que passo bem sem maquilhagem, exceptuando baton, isso não, baton uso sempre e, os meus perfumes, como disse a baixinha "tens milhares de perfumes, avó", pois sim, gosto de andar cheirosa, portanto batons e perfumes não foram para o lixo, de resto foi tudo. São as únicas vaidades que tenho. Hoje foi o dia de limpezas, e como Moi-Même está de folga, arranjei uma faxineira assim a modos que à pressa para a substituir. Ficou um brinquinho. As gavetas estão espaçosas que até posso dormir dentro delas, apesar de não ser tão esbelta quanto o desejado. Mas a pequena tem jeito para a coisa, só que demora uma eternidade pois vai mirando, vendo, abr

Vamos brincar com Amor?

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Muitos falam sobre este tema, mas quem muito fala pouco acerta e, muitas vezes, em casa de ferreiro o espeto é de pau. Sabemos que nesta matéria quem tem um olho é rei e, embora o amor seja cego, mais vale ter olhos que barriga, porque o pior cego é aquele que não quer ver. Nisto do amor nem tanto ao mar nem tanto à serra, até porque o seguro morreu de velho. E a máxima do amor para sempre há muito que está em desuso. O amor é doce no começo e amargo no fim No amor e na guerra vale tudo e a cavalo dado não se olha ao dente, mas pela palha se colhe a espiga.  Se o seu amor não é correspondido não vale a pena chorar sobre leite derramado, mas se não quer ser lobo não lhe vista a pele. Diz-se que amor com amor se paga, faça isso, pague com a mesma moeda e pense que vão os anéis e ficam os dedos. Eu sei que não há luar como o de Janeiro nem amor como o primeiro, mas águas passadas não movem moinhos. A lua e o amor quando não crescem diminuem. Se não tem sorte no amor deve ter no jogo, apos

Quem quer ser...professor?

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Se hoje me perguntassem "queres ser professora?" Eu diria que não, sem pensar duas vezes. Calma, eu explico, eu disse "se hoje me perguntassem..." hoje não, hoje eu quero gozar o feriado, amanhã também não, nem nos dias seguintes. Não quero ser professora hoje porque já fui ontem. "Por mais negros que sejam os tempos o professor é, sempre, a luz do futuro". Frase para celebrar o nosso dia.

Atitude

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Queria eu não ter de passar por isto, mas passei e a mágoa ficou. Por muitas voltas que a pessoa dê, por muitos carinhos que demonstre nada fará esquecer que, um dia, essa pessoa teve a atitude errada e mostrou falta de confiança. 

Quem diria!

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Este ano (atipico) até passa a correr. Tivemos Janeiro, Fevereiro, um longo tempo de quarentena em que os dias e, por conseguinte, os meses eram iguais, Setembro melhorou - e começamos a ter dias diferentes - e amanhã começa Outubro. Quem diria que estamos quase no natal! Até lá que seja um tempo de calma e de esperança, que se cumpram as regras estabelecidas para que possamos celebrar o natal. Q ue todas as festas em família sejam replectas de amor e carinho. Para que todos os abraços e os beijos reprimidos possam ser dados. Digo eu que sou uma rapariga dada a festejos! E a abraços. E a beijos. Fotografia: Romãs, fruta de outono

Felicidade...

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A felicidade não é palpável. Sente-se. É um estado de alma. É ter a família reunida à volta da mesma mesa, é assistir às brincadeiras das minhas Pulgas - os meus netos - e poder sentir o amor em cada olhar. É uma manta de retalhos e, no fim, estendida vislumbrar cada retalho vivido. Felicidade é ter a casa desarrumada cheia de brinquedos espalhados porque uma busica de dois anos assim a colocou, é ouvir a palavra "avóóóó" vezes sem conta. É estar sentada de pernas esticadas porque doem de tanto andar e levantar-se assim que um neto pede uma maçã, outro bolachas outro iogurte e a busiquinha quer colo, cada um a seu tempo. "Quero ser feliz", quem nunca disse esta frase...mas cada pessoa sente de forma diferente a felicidade. Para uns viajar, comprar roupas, ter um bom carro, passear. Para outros, como eu, basta estar viva, sentir-me bem e acima de tudo dar valor ao que temos. Apreciar os momentos sem nunca esquecer a manta de retalhos. Fotografia: as minhas Pulgas

Senhor que me conheces...

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Senhor que estás a olhar para mim de olhos arregalados, com as mãos para o céu e com aquele abanar de cabeça de quem sabe que não preciso disto. Senhor sempre que eu meter a mão na embalagem manda-me um calhau bem no centro do dedo mindinho porque eu, Senhor, quando começo não consigo parar esta compulsividade de meter-agarrar-tirar-e levar à boca-mastigar-engolir-e apreciar. E se ainda fosse um de cada vez, o pior é que vão aos pares. Sou tão fraca e esta fraqueza dá cabo das ancas...

Dona de casa não faz nada

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É verdade, correcto e afirmativo mulher que não trabalha fora de casa, que não tem emprego passa o dia de braços cruzados, sentada no sofá a ver as novelas. Elas têm fadas que trabalham para elas, eu não tenho fada mas tenho Moi-Même - a empregada que adoptei e que faz tudo por mim - basta estalar os dedos e logo ela pula da cadeira e faz o que lhe mando. Eu e Moi-Même nem sempre nos entendemos. Ainda hoje eu pedi-lhe para me fazer um café, senhores, um simples café e ela fez ouvidos de mercador, olhou-me fixamente como se ela é que fosse a patroa e eu a empregada e encolheu os ombros. Irritei-me, passei por ela, pisei--lhe o dedo mindinho do pé esquerdo e fui fazer o tal café. Ela, aquela peste, desavergonhada como só ela sabe ser, ainda me disse: "olha como estás de pé faz também um para mim". Olhei para Moi-Même desde a soleira da porta e fiz-lhe um gesto de Zé Povinho. "Ora queres café, toma". Abanei a saia, rodei nos calcanhares e deixei Moi-Même esbabacada a o

Ponho a pedra... tiro a pedra..

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 O Quim Barreiros, cantor popular cá em Portugal, tem uma cantiga "ponho o carro, tiro o carro" mas, aqui, na minha casa é mais ponho a pedra, tiro a pedra... Ontem o pedreiro continuou a pôr azulejos, bem, não são azuis, são brancos por isso deveria chamar-se branquelejos  mas, enfim, quem os baptizou de azulejos devia gostar muito da cor azul ou eram azuis e generalizou. Bem, andemos...ontem o rapaz - estampa capa de revista - colocou um azulejo na parede, digo um porque ele trabalha lentamente e, por dia, coloca dois três porque: corta, acerta, mede, limpa, limpa novamente, afasta-se para ver ao longe, aproxima-se para ver de perto, passa o dedo, passa o pano....é um nunca despachar... Atão, hoje estava a limpar o azulejo que colocou ontem e reparou que estava lascado. Tirou e novamente: corta, dá cimento, cola, bate, esfrega, olha, mira, remira... julgo que lá para o natal estreio a casa de banho. Fotografia: A minha buganvilia cheia de flor