Estava eu já a deitar lume p´las ventas de tanto escafiar, olho para o sofá e vejo Moi-Même, a minha empregada, sentada a tomar um cafezito e a comer um bom dum pão de cereais que custam os olhos da cara cá à senhora. Pergunto-lhe se não há nada para fazer. Responde-me logo que está cansada, por isso, merece um descanso e, até aproveitou para me convidar a sentar-me no sofá que é meu, no lugar que é meu, por inerência. Claro que não me sentei, ora essa, ia cá eu, senhora dona da casa, me sentar ao lado de uma empregada, e até lhe deitei uns olhos de labaredas... Voltei a dizer a Moi-Même que vai sendo horas de fazer algo de proveitoso e, aconselhei-a, a abrir bem os olhos a fim de constatar que há uma ligeira camada de pó... Aquase nem me deixava acabar... E, sabem o que me disse, a mim, sim, aquela bruta de Moi-Même, empregada francesa em modo ilegal? - Limpa tu que estás na retrete (francês)! Ainda bem que Euzinha, a outra empregada de limpeza (esta, brasileira) fez o serviço