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Sonhos de menino

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Quando somos crianças sonhamos em demasia. Bem, em demasia não, somente sonhamos na medida do imaginário. Vejo isso nas minhas Pulgas. Elas sonham com o dia em que serão grandes, sonham com a profissão que vão ter, com marido, filhos e amigos. Uma - a Maivelha quer ser mãe, mãe a tempo inteiro, ou como diz ela "só mãe". A outra - a Baixinha sonha com cabelos e laços e por isso quer ser cabeleireira. O rapazinho quer ser igual ao tio quando tinha a mesma idade e só pensa em ser "o homem do carro do lixo". Que fascínio deve ter este carro! Eu que também já fui criança, embora as Minhas Pulgas julguem que já nasci avó, sonhava com um cavaleiro que me ia dar um castelo e montes de criados....Afinal deu-me mas foi uma carga de trabalhos. Também não tinha cavalo, só um Mini de segunda ou terceira mão.

Ainda há quem seja pior do que eu, espelho meu?

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No aeroporto entro no elevador, Pulgas à frente diante dos olhos, Bisalho atrás, para nos levar ao piso inferior (ao parque) onde tínhamos estacionado o carro. Estava já cheio, mas há sempre lugar para mais uns tantos, espremidos como sardinhas. Reparei que o botão piscava, sinal de que alguém já havia carregado e aguardei que ele deslizasse enquanto púnhamos a conversa em dia e olhávamos enternecidos para as Pulgas cujos olhos atravessavam a mala do tio, quiçá, imaginando as prendas que vinham dentro. De repente a porta do elevador abre e nós saímos. Novamente Pulgas à frente, tio a arrastar a mala e... Estamos no mesmo piso."Oh diacho!" Nem tinha descido nem subido. Ora, nós somos desenrascados, e como dizem os franceses: no hay que temer, hay otro  por supuesto, entrámos no outro que, desta vez, levou-nos até ao parque. O mê senhor que desceu pelas escadas por achar que o elevador estava a demorar muito, fez uma cara de espanto, arregalando os olhos, ao ver-nos sair

Hoje sim um dia romântico

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Para aquelas apaixonadas, namoradas, encalhadas, solteironas um dia especial. Um dia convidativo ao romance. Chove chuva grossa, frio de rachar as pedras do calhau, um ventinho de levar umbrelas montanha acima... Um dia propício ao romance dentro de portas, no aconchego, com os pés na lareira, corpos na cama abafados com o edredom de penas, sem se mexer a ver se aquece o corpo gelado. Na cabeceira em vez de pétalas de rosas, um chá de limão com sumo. Nada melhor que um dia frio de inverno para pôr à prova o amor.

Touca, toupa, touba

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A minha Baixinha, a Pulguinha de oito anos, repetia uma palavra que eu não entendia. Perguntou-lhe onde a ouviu e responde que foi na televisão, e que a tinha acabado de ouvir. Mas acentua que eu também a digo muitas vezes. Ponho-me  a pensar que palavra será pois parecia-me toupa, touca, poupa, louca... De repente vira-se para mim e... - Tens os aparelhos? - referindo-se aos aparelhos auditivos que uso, ao mesmo tempo que com os dedos indicadores apontava os ouvidos. Como não percebia, continuou. - quer dizer que tens os aparelhos e não percebes nada do que digo? Tá visto que mesmo com aparelhos não oiço bem. Afinal a palavra era: tola. E sim uso-a algumas vezes. A idade, senhores, não perdoa.

Qualquer dia desato a brigar. Mães especiais de filhos normais

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Adoro aquela mamã que acha que o seu filho é diferente dos outros e, por isso - por ser diferente, merece um tratamento diferenciado. Isto a propósito de, ao ir deixar o seu menino à escola, parar o carro para ele sair mesmo em frente da porta, sair do carro para ajudá-lo, abrir a bagageira, tirar a mochila, metê-la nos ombros do menino, ajeitar o cabeção do uniforme - coisas que o seu menino de vidro não sabe fazer - dar o beijo de despedida, meter-se no carro. Não liga o motor nem avança porque, o seu rebento que é diferente de todos e único na sua espécie, ainda antes de entrar na porta da sala vai, certamente, olhar para trás e dizer o adeus e jogar o beijinho à sua rica mamã. E como ele vai devagarinho! Depois mete-se no carro e os otários que estão atrás que se danem e montem no cavalo branco de Napolão, porque a senhora-mamã nem olha para lado nenhum. Nem agradece, caramba! Esta é uma chica-esperta. E como esta há muitas. E o seu menino não é diferente nem especial, mas a ma

Estou farta desta situação

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Farta, fartinha de fungar, assoar, lacrimejar e acima de tudo respirar pela boca.  Maldigo a hora em que aceitei levar a vacina da gripe. Estou à espera de ir à médica para lhe dizer que VaCIna da GRIPE nunca mais. Não vou ter dúvidas em dizer não... Farta de me sentir fraca, sem préstimo para nada... Penso que já derramei pelo nariz mais água do que a que corre nesta ribeira...