Tem sido uns dias de loucura total. Estas festas populares põem-me derreada, mas adoro. Verão é assim, com bailaricos até cair de lado, um equilíbrio nas pernas e na mão, pois que, o copo não pode verter o sagrado líquido. O pior, bem, o pior é aguentar até de madrugada a dançar em cima de uma calçada de pedra. Mas o melhor passou na noite de quinta-feira quando eu atravessava a arena, qual forcado amador de Sintra, à procura do touro, perdão, da família, sítio estava montado o palco para o Toni Carreira e que, pelas oito horas - e ele actuava às dez e meia, já o mulheredo vibrava e cantava: umas sentadas a aguardar o lugar bem por baixo do cantor, outras de pé a bambolear o corpo aos titmos modernos. Eu, rapariga a queimar os últimos dias nos meus cinquenta e nove anos (uma vez que em Dezembro entro nos sessenta), passo por um camafeu talvez com a minha idade, bem parecido, chapéu à venezuelano, calções curtos, tentando encobrir a idade julgando-se com menos trinta quem sabe?, copo d