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A mostrar mensagens com a etiqueta Esta sou eu e não tenho tempo para mudar

É pró lado que durmo melhor

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O meu humor muda de segundo a segundo. Estou assim, a modos que, "diferente" quase não me reconheço, aborreço-me com pequenas coisas do dia a dia, situações que antes passavam despercebidas, agora fico a matutar sem descanso, durante o dia, pois que, à noite, durmo sem interferências. Aplica-se aqui a frase "é pró lado que durmo melhor".  Se antes não dava atenção e, por isso passava ao lado agora dramatizo e pesa no coração. Coisas mínimas coisas minhas que, certamente, outras pessoas não valorizam eu dou-lhes valor acrescido. O pior é que reflete-se nas minhas expressões e não faço por esconder aliás, não consigo evitar e quem me rodeia descobre logo que algo não bate certo. Quisera eu não demonstrar desagrado e evitar que se aloje nas rugas. Este sentir-me "diferente" faz com que sofra mais do que o devido, aperta-me o coração, deixa-me a penar. Vai passar e, só espero que pese sempre para o lado que durmo melhor. Fotografia: Santana, a pitoresca fregue

Outono em Portugal, Primavera no Brasil

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  De verdade, de verdade vos digo, adoraria estar a iniciar a primavera que o outono. Embora goste das cores de outono, prefiro as flores a desabrochar e os passarinhos a chilrear. Nada bate os dias alegres da primavera em que crescem ao fim da tarde. Nada como apreciar as  flores nas árvores e esperar pelos frutos.  Fotografia: uma cereja a crescer no Jardim da Serra, Estreito Câmara de Lobos

A saudade é perene

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As leis da vida não têm explicação, temos de as aceitar sem questionar. Por isso vou aceitar a realidade, procurar viver com a saudade, com a falta das tuas mensagens, das gargalhadas sem nexo. Vou tentar encher o vazio que há no coração com recordações, momentos e memórias tuas. Quem me vai oferecer gerberas nos meus anos? Quem vai brindar e tilintar os copos com o Tim-tam-tum pelo Natal?  Quem sabe, meu irmão, se um dia, lá na outra vida, não estás de copo na mão e com um grande ramo de gerberas à minha chegada. Até lá, estarás sempre no meu coração. Fotografia: o último ramo de gerberas oferecido pelo meu irmão.

Afastamento obrigatório

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Tenho uma colecção de pessoas para mandar assistir à aula de unidades de comprimento pois que não sabem medir um metro linear e, como não sabem um metro dificilmente sabem medir dois metros de afastamento. A p'ssoa respeita, a p'ssoa tem medo, cuidado e pavor  e, por isso, afasta-se como se tivesse uma doença contagiosa e na fila para entrar na frutaria a p'ssoa mantém o distanciamento qual não é o espanto quando vem uma que cola bem ao meu corpo quase a roçar. E o pior é que se a p'ssoa olhar e manifestar afastamento está sujeita a ouvir uns impropérios, porque a otária sou eu. Na próxima vez que eu for à frutaria levo a fita métrica de mestre e coloco-a no chão para evitar que respirem para o meu pescoço. Fotografia: Machico, desde a Levada dos Maroços

Já cá está o outono

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À entrada da minha casa já se adivinha a estação que está para chegar. Essa mesmo o dourado outono. Gosto dos frutos, das cores das folhas das arvores quando caem ao chão mortas e cansadas de todo um verão a fazer sombra. Adoro o pôr do sol no mar, raiando de violeta as nuvens, tornando o céu numa bola de fogo que torna a ilha dourada. É este o outono que gosto, não o outro de dias frios, pequenos, cinzentos e chuvosos.

Vai à internet...

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Presentemente assiste-se à ida ao dr. Google para tirar qualquer dúvida. Não sabes como gerir uma birra de criança? Não sabes como se muda uma fralda, vai ao youtube. Não sabes como desapartar duas pessoas em conflito? Nem coser um botão numa camisa? Não desesperes, senta-te, pega no telemóvel, espera só um pouco e pesquisa na internet... Se tens dúvidas que batatas com bacalhau não combina bem para um refeição, vai à internet ... se estás gravida e tens dúvidas como se processa toda a espera do bebé, não perguntes à tua mãe, isso é ser retrógrado, vai à internet...se estás a preparar o casamento não há como não ir à internet para tirar dúvidas... Com isto penso como é que nós, raparigas com mais de sessenta, nos desenrascamos sem consultar a internet? Como programámos casamento, como cuidámos de filhos sem esta ferramenta? Ou somos deveras espertas ou simplesmemte ouvíamos os conselhos dos nossos antecessores. Ou íamos aos livros... Fotografia: Chegada ao aeroporto do Porto.

Moganga, chila ou courgette vai dar tudo ao mesmo

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O mê Gugu, neto de onze anos acabados de fazer, adora sopa de moganga (como a chila  é conhecida na Madeira) e, por isso, pediu-me para fazer a sopa. Andei a percorrer supermercados, frutarias, barracas e afins e em nenhuma havia moganga, mas eu não queria entristecer o meu mainovo. De repente surgiu-me uma ideia e logo pu-la em prática. Comprei courgette. Sim, porque não? Courgette é abobora. Atão, descasquei três courgettes, adicionei duas pimpinelas, um bocado de abobora amarela, uma batata, cebola, azeite e sal e coloquei numa panela. Deixei cozer e depois triturei. Agarrei num pouco de esparguete, parti com as mãos muito miudinho e meti na panela. Cozi ovos para depois retirar a casca e acrescentar à panela. Quando chegou a pergunta vinha pronta a ser disparada: "avó, fizeste a sopa de moganga?". Custou-me a mentir e disse que sim. Comeu três pratos da deliciosa sopa de moganga sem moganga. Não digam nada é melhor que ele não saiba...para não julgar que a avó é uma aldra

O cachorro do meu vizinho

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Esta seria a redacção que iria entregar à professora no início do ano lectivo como prova de que tinha feito os trabalhos de casa, nestes meses de pandemia e férias... se eu tivesse ainda 8 anos e fosse para a segunda classe.                           O cachorro do meu vizinho O cachorro do meu vizinho é um estapilha d'um grade que salta o muro da casa dele para vir fazer xixi na minha casa. Ele é preto e feio e acho que é hiperactivo pois não sossega um instante e anda sempre às voltas à procura do rabo. O cachorro do meu vizinho gosta de vir para a minha casa e, quando não salta o muro, entra pela porta se ela estiver aberta. Já aconteceu estar cá dentro, quando eu cheguei a casa, altas horas da noite. Se não houvesse aquele partido dos animais já lhe tinha mandado um pau 'à zarcas' para aprender a respeitar o espaço. Ele acha que a minha casa é urinol e vai marcando todo o território. O que mais me aborrece é ter de limpar as mijadelas que dá à roda da casa, e a minha cas

São tantas as pedras no caminho....

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Quem nunca tropeçou numa pedra e levou o dia a maldizer a dita que se atravessou no seu caminho? Quem nunca deu uma topada tão grande e se arrependeu de ter ido por aquele caminho cheio de pedras quando podia ter optado por um alcatroado?  Quem ao longo da caminhada foi juntando as pedras para um dia construir um castelo e nunca o construiu porque são tantas as pedras? E, por fim, constatou que é melhor construir castelos de areia que são mais fáceis de desmanchar e não magoam os pés na caminhada. Quem não tem pedras no caminho que atire a primeira pedra. Fotografia: São Vicente, costa norte da lha da Madeira.

Pedras no caminho

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Quem nunca tropeçou numa pedra e levou o dia a maldizer a dita que se atravessou no seu espaço? Qem nunca deu uma topada tão grande e se arrependeu de ter ido por aquele caminho cheio de pedras quando podia ter optado por um alcatroado? Quem não se arrepende de todas as pedras que juntou para um dia construir um castelo e constatou que tem mais pedras do que o necessário e nunca construiu o castelo? Porque afinal os castelos de areia são mais fáceis de desmanchar...e não magoam os pés... Quem não tem pedras no caminho que atire a primeira pedra. Fotografia: do meu espólio pessoal

Pessoas que não mudam

 Pode o mundo dar a sua volta ao sol, pode o sol brilhar a cada dia e, por mais que haja evolução nas espécies há uma espécie de pessoas que se mantêm fiéis a si próprias na sua individualidade. E com isto continuam com os mesmos defeitos. Detesto pessoas que não dão espaço para que outros intervenham numa conversa. Só elas é que falam. Só elas têm o dom da palavra sobrepondo aos outros a hipótese de também darem a sua opinião. Irrita-me solenemente este comportamento, pois que fico ali como se estivesse numa acção de formação a ouvir um orador que quanto mais fala menos eu ouço. Desligo e pronto.

Um dia mato este gato.

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Reginaldino da Silva Rebelo de Bramcaamp Sobral e Mello de Herédia, mais conhecido por - Ruca, ladrão de meia dose, voltou a fazer das dele. Hoje acabando o almoço na rua, Pulgas levantam-se e vão fazer o que têm feito todos os dias: brincar, avó recolhe os pratos e leva para a cozinha, avô na rua, mas a olhar para os seus ricos netos nem vê que Ruca da Silva, subiu à mesa e roubou um bife de perú. Perú, meus senhores, se ainda fosse frango!, mas não, foi um bife de perú que juntanto a um outro era para amanhã... Só quando Gugu diz "manas, olhem o que o Ruca tem na boca" é que, sabendo que é ladrão, sabendo eu que ele trepa à mesa e mais...sabendo que tinha sobrado um bife, saltei da cozinha para o quintal e tirei o bifinho dos queixos. Avançou também um pontapé no rabo e uma selampada nas ventas e uma vassourada no lombo. Anda fugido o sacristo....ele que venha que dou-lhe o outro bife. Fotografia: dois abandonados que apareceram à porta. O Ruca, não o vejo..

Acordem-me suavemente com café e torradas

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Há que agradecer cada dia por um novo despertar. E há despertares... - de bandeja: com café, sumo, bolos, torradas e uns "craçāes" com doce e - ...despertares. O meu de hoje insere-se na segunda categoria. Estava eu ainda no calor das minhas penas quando, ao de leve, sinto uma mão no meu corpo, abri um olho a pensar que era sonho pois se fosse continuaria no que estava a fazer porque não tinha acabado. Mas não. Era mesmo o segundo despertar. E agora estou desperta porque o mestre está de brocadora a furar os meus ouvidos, perdão, enganei-me, a partir pedra bem ao meu lado. E eu a imaginar o primeiro despertar! Povo enganado! Fotografia: Bolas de Berlim em Braga, mês passado.

Há dias perguntaram-me...

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                                    ...qual a parte de Portugal Continental que gosto mais. E eu respondi sem medo: Gosto do norte.  Ai o norte! Eu fico desnorteada quando perco o norte. Gosto dos castelos, das citânias, das praias fluviais. Gosto do interior tão esquecido. Mas também sou cosmopolita. Adoro cidades - e aqui um suspiro ao Porto - os rios, as pontes, a bela arquitetura, os centros históricos, e esta paixão que tenho pelo meu Portugal faz-me sentir abençoada. Gosto do norte (com isto não quero dizer que não goste do centro ou sul). Mas... O clima... o clima, essse malvado, aqui solto um longo suspiro. Seja outono, inverno ou primavera saio da minha ilha - ilha da Madeira, com o seu clima ameno todo o ano - deixo vinte graus para trás e vou ao encontro de oito, sete, seis ou até menos... Não há maneira de aquecer o corpo. Falemos de comidas... bem, aqui sou 'biqueira', faço bico a algumas tradicionais e, a bem dizer não sou nada apreciadora. Não gosto de frances

Porque hoje é domingo e é dia de preguiça

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Do mingo rima com preguiça, certo?  Não sei vocês, pessoas simpáticas que visitam este humilde casebre, mas eu, rapariga dada a ser preguiçosa todos os dias da semana, o domingo tende a ser o conjunto de todos os dias, daí que dá aquela vontade de nada fazer. Não é que eu faça alguma coisa durante a semana, pois segundo alguns (des)entendidos nesta matéria, ser aposentada é sinónimo de não fazer nada. É estar de perna cruzada, 'embuseirada' no sofá a ver televisão ou simplesmente fechar os olhos e descansar. Bom, com esta dissertação chego à conclusão que domingo é isto mesmo seja para preguiçosos ou não, e sei que dá aquela vontade de nada fazer e somos todos preguiçosos. Até a pronúncia da palavra "domingo" deixa-me preguiçosa. Bem, vou até levantar-me daqui para me sentar ali e preguiçar pois que ainda não acabou o domingo. Bom domingo, preguiçosos... Fotografia: Faial, costa norte da ilha da Madeira.  

Ele está a chegar

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 De mansinho abro a janela e reparo que ele está a chegar. Passo a mão no cabelo, retoco o baton, visto o vestido florido, a sandália de meter o dedo - porque são práticas e não bonitas - e aguardo calmamente que ele dê o toque combinado, um leve bater na janela, para que ninguém dê conta que chegou. Assim que me aperalto, dirijo-me ao espelho a ver se o baton tinha escorrido para os dentes, não fosse ele estragar o meu sorriso. Estou pronta e mesmo assim aquela ansiedade não me larga. Não é a primeira vez que me visita, mas fico sempre ansiosa.  Ouço o toque ligeiro dele, a suavidade com que chega deixa-me apaixonada. Sou uma rapariga de afectos e aquele toque suave arrepia-me os sentidos. Atenta aos sinais que me envia, sei que em breve virá mais intenso, mais pronunciado, mas já me convenci que terá de ser. De mansinho, volto a rever os seus sinais. Quase quase... Vem apertar-me no fresco dos teus braços, enrolar-me no suave borbulhar da tua transpiração, deitar-te a meu lado no cal

Sou assim e nada a acrescentar

 Segundo o meu signo - sagitário - sou intensa nas relações, quando dou dou-me na plenitude, seja em família, amigos ou até pessoas que só conheço e cumprimento por delicadeza. Sendo assim, só aceito nas redes sociais pessoas que conheço, que toco física ou virtualmente, pessoas que interagem comigo e ficam no coração, cada uma tem um motivo para lá estar. Acontece que recebi um pedido de amizade de alguém que conhecia de uma pagina onde coloco fotografias da minha ilha - e que comentava sempre, que me pareceu ser genuina, boa pessoa, uma mulher da minha idade, quiçá um pouco mais velha, mas de boas palavras. Logo de inicio desenrolou a sua vida desde que nasceu até ao presente com a condição de nos conhecermos melhor. Ora, eu não preciso de saber onde como e porque nasceu para conhecer e ser amiga de alguém. Depois de desenrolar o rolo de memórias e até me mandar fotografias da família pede-me que eu mande também fotografias da minha família numa de nos conhecermos melhor. Claro, quem

Reconciliação...

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  Um blogue é uma relação a dois, tal como um casamento, e, por vezes, é necessário aquele período de aconselhamento e consequentemente a reconciliação. Ora bem, reconciliar-se nem sempre é fácil, leva o seu tempo e a gente olha "pá p'ssoa" e parece que não a reconhecemos. Eu, rapariga que adora escrever assim umas coisas que até podem ter piada para quem lê, depende se a p'ssoa é de um sorriso fácil ou não, pedi a ele que me aceitasse de volta e prometi estar presente até que a morte nos separe (credo em cruz, esta minha cabeça não regula bem, quem quer morrer num verão tão quente e tão atípico?).  Bem, há tanta coisa para dizer, tanto que me aconteceu nestes três anos em que estive separada que nem sei por onde começar. Reconciliei-me com ele, e agora voltaremos a andar de mão dada como antes. Ele próprio já olha para mim a sorrir e a fechar os olhinhos com aquele amor que sempre me demonstrou e eu, rapariga de coração empedernido, não viu que eram verdadeiros os se

É exactamente assim...

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Eu até não queria mas não consegui sair da loja sem este sombreiro e as pantufas a fazer conjunto. Eu resisti, digo de verdade, mas não sou de ferro e assistir a umas lamúrias não é o meu género. Eu só queria as sandálias, mas o chapéu também veio. E agora andam de mão dada comigo. Para não se perderem.

Peço desculpa, peço imensa desculpa...

... não tenho tido vagar para andar nestes cantos, recantos e encantos.  Sou uma ingrata, pois recebo os meus amigos em casa e nem falo com eles nem os visito, sou a modos que uma rapariga que neste momento anda com a cabeça no ar a planear férias, a limpar o bordel, a escafiar, plantar e arranjar a suíte presidencial porque vou ter família em casa. Peço desculpa, mas luto diariamente com o tempo e esse malvado leva vantagem e ri-se de mim e da minha fragilidade. Prometo aqui e agora que vou voltar a ser aquela rapariga que salta de um blogue para outro como se tivesse molas nos pés. Prometo que vou dar corda nas botas e descolar ideias para que possa voltar a ser aquela miuda que vos chateia até aos ossos, mas neste momento estou numa de lutar com o tempo. Não me abandonem que eu sem vocês fico perdida. Prontus, tinha de me desculpar por não me verem por aí.