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E "aquilho"é que vai ser bilhardar!

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     (Fuerteventura- Canárias. Agosto 2009 Esta Pulga transformou-se numa "bilhardeira". Ainda hoje esteve mais de quinze minutos ao telefone comigo a fazer o inventário das férias.                 E nem parava para descansar. Nem para engolir a saliva. É uma "tramela". Nem eu tive direito de resposta. Também não lhe fiz perguntas... porque não me deixou espaço para tal.  Vai contar-me tudo. Ora se vai. Em pormenor com os pontos nos iiiii e traços nos ttttt. Já lavei as orelhas bem lavadas. Não quero perder pitada da conversa. É que quando começa, dificilmente acaba. Já deve ter feito o repertório!

"Quem dá e tira nasce uma tira"

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Quando era criança (às vezes ainda sou, temos sempre uma criança dentro de nós) aplicávamos esta frase quando alguém, geralmente um alguém da mesma idade, dava algo e depois tirava. Foi assim com a Pulga. Ela ofereceu-me um colar. Escolhido por ela, comprado por ela, quando foi de férias a Lisboa: " Vou dar-lhe uma prenda que a velha cuida de mim!" Não, nada disso! Foi mais: " Pega lá, já que perdeste a cabeça por minha causa numa loja... pega e cala-te ". Não, também não.Foi mais: " Quando eu for de férias vou trazer-te uma prenda e há-de ser um colar  para depois eu usar." Este é que foi o pensamento!! E trouxe. Promessa cumprida.  Mas, como ia a dizer, ofereceu-me. Afinal, quem mais o usa é nada mais nada menos que ela própria. Eu? O quê? Colar? Sim, vejo-o, no pescoço dela. Usar? Claro, no dia em que ela me deu. Ao "despois"...nada. Mas não é ela que usa todos os meus colares? E todos ao mesmo tempo, note-se. Se a profe

Molas/trancas/prisões

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Mas esta Pulga só pensa em molas, trancas e prisões para o cabelo. E eu tenho de a servir e de ter tempo para colocar todas estas no curto cabelo que existe. Ai, ter uma avó reformada e com pachorra é muito bom. Bué de muito bom.

Um foufáveu

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A Pulga (a mesma do artigo do andar de baixo) falava-me da festa de anos que tinha ido. Foi num hotel e tinha um foufáveu . Dei voltas ao miolo para conseguir perceber o que raio era o foufáveu . - Gelados?- perguntei. - Não. - Piscina? - Nãããããããããão. Um fouf...á...veu , não sabes? -Escorrega? Baloiço? Balancé?- nada, não era nada do que eu perguntava ao mesmo tempo que me interrogava o que num recinto de hotel, poderia ser? -É de comer?- alvitrei pensando que tinha acertado. - Nãããããão. De berincar . De repente lembro-me de um artigo que tinha lido num blogue e... - Insuflável? - Siiiiiiim. E eu berinquei muito. Faltava esta palavra para poder concluir as peripécias do domingo na festa de anos. E continuou a falar...a falar...do foufáveu .

Já não há avozinhas como as de antigamente!

A Pulga (a neta de 4 anos) contava-me "A História do Capuchinho Vermelho". Aquela história de uma menina que andava sempre de capuchinho vermelho (não tinha outro) do verão ao inverno, da primavera ao outono. Aquela menina obediente, educada, responsável e dedicada cuja mãe pediu para atravessar a floresta com um canastro na mão (cheio de "brisol", poncha, broas de mel, bolo do caco, licor de maracujá), para a sua avozinha (de oitenta anos) que estava doente; e que pediu (para a menina) não falar com ninguém (mas logo que vê o lobo até lhe dá a morada da avozinha) e lá vai pela estrada fora. E o lobo (que era o único naquela floresta) corre, com as patas todas, antecipa-se, para comer a avozinha (que era um bom petisco) e estava na cama (com artrite, artrose, espondilose e bicos de papagaio nas costas); essa(avozinha) que era cegueta e na cama sem óculos não via nada, assim que bateram (na porta) ela manda entrar, pois pensava que era a sua netinha... (a mãe tinha

Quando cresscer muda de ideias

As Pulgas vieram para ficar a noite (como de hábito todas as sextas-feiras), mas a Pulga pediu ao pai para vir buscá-la cedo no dia seguinte (amanhã, sábado). Questionei-a por isso, qual a razão de querer ir cedo para casa (logo ao acordar). -Porque gosto de chegar cedo a casa. Fiquei a pensar na sua adolescência... e lembrei-me da música da Doris Day Que sera...sera...whatever will be will be... E...das duas...três... Promete ser uma rapariga que em adolescente vai chegar a casa antes das Avé-Marias (se não mudar de ideias); ou então vai chegar antes dos pais acordarem, bem cedo, cedinho, logo ao acordar dos galos ou... os galos vão acordá-la... para entrar em casa e ainda ...vai continuar a gostar de chegar a casa mas não vai conseguir... Ai Pulga cresce e aparece e não mudes de ideias!

Cheiro a peixe

Esta tarde fomos em bando buscar o meu bisalho que vem cá passar este período da Páscoa. No aeroporto a Pulga funga, funga e diz que está a cheirar a peixe, mas com uma cara de enjoada. E pergunto eu. - Frito ou cru?- mas também tenho de apurar tudo e sai-me cada resposta... - Cu - responde ela com toda a certeza do mundo. Houve espaço para gargalhada da minha parte. Logo eu que a tenho entalada na garganta. É que cu não cheira a peixe, cheira antes a bacalhau. E bacalhau não é peixe como dizia uma pessoa amiga. A Pulga por vezes nalgumas palavras esquece-se de dizer o "r". Ela pretendia dizer cru. Eu é que tenho a maldade toda.

Porquê? Mas porquê?

- Porque é que as senhoras usam soutien? - perguntou a Pulga. Dei-lhe imensas respostas: para proteger os seios, por segurança, a fim de evitar que as magoemos, para não andarem soltas, para levantar, não caírem ... Cada vez que dava uma resposta ela dizia: "não é nada" ou "não é"... Já não sabia que mais dizer. E a resposta veio com uma simplicidade como só uma criança de quatro nos consegue surpreender! - Para não apanharem frio.

Mosca-cão

Andava uma mosca, das grandes, na cozinha. Ao vê-la digo: -Mas que moscão! Já vais ver o que é bom! - enquanto procurava o mata-moscas. Pulga que está sempre atenta a todas as conversas... - Moscão? O que é um moscão? - Moscão - digo acentuando bem a silaba tónica para dar a ideia de grandeza. - é uma mosca....? - esperando que ela dissesse grande... - Cão! Ora nem mais. Isso mesmo uma aglutinação de mosca com um cão.

Como é bom estar doente!

A Pulga esteve doente. Febre. Uma virose qualquer que a impossibilitou de estar na escola mas não de extravasar o dia inteiro aqui comigo. Como não foi à escola, veio para minha casa. E cantava, cantava. Não me apercebi do que dizia, mas um escutar mais atento... "Ontem e hoje não fui à escola. Vim pá casa da avó. Dois dias na casa da avó. Dormi dois dias na casa da avó ". Dizia cantarolando. Intervim. - Vieste para aqui porque estás doente senão estavas na escola. Entoando a cantiga, aproveitando a mesma melodia... " Como é bom tar doente "

Falar inglês

A Pulga tem aulas de inglês e como aluna aplicada faz trabalho de casa. Claro que a teacher não manda, mas ela pratica com as bonecas ou comigo. - Sabes como se diz " beranco " em inglês? - Não - faço-me de tola. - uaite . É a minha vez de perguntar e pergunto se sabe como se diz azul. - Berú -responde. E verde? - pergunta ela. Digo-lhe que é o som "gue" e começo: gue...gue.... para ajudá-la a dizer green. - Gue...rú.

Serão as madrastas sempre más?

Fui para a cama com as duas para dormirem a sesta. "Conta uma história" pede a Pulga. - Tá bem, mas hoje não é a do Capuchinho Vermelho. É outra. - A da Banca de Neve. Pode ser? Na cama já tinha contado a história e os olhos não fechavam. Eu já bocejava! - Conta outra. Todos nós conhecemos a história da Branca de Neve com a madrasta reles que infernizou a vida da Branquinha. eu não conto como reza a história meto sempre umas nuances à minha moda porque acho algumas cenas um pouco rudes para as crianças, ex: a madrasta que manda matar a Branca. A maçã envenenada. Conto a da Gata Borralheira. Quando falo na madrasta reles... - Mais um madrasta má?- pergunta ela com os olhos arregalados e a testa enrugada! É por estas e por outras que eu altero as histórias.

Rás...pira. De tanto saltar...

Linda tarde. As Pulgas chegaram da escola. Não querem passear nem andar de carro. Na padaria depois do gelado (partilhado a meias) começa a mais velha. - Vamos. Vamos para casa. - Já queres ir para casa? -admirada, perguntei. - Para a casa da avó - diz quase a se engasgar com um naco de pão. Em casa, na rua, saltam. E pulam. - Avó. Avó. Já tou a rás...pirar. E estava. Mas também como não havia de estar depois de tanto saltar?

Dia da Mãe ou da Mulher? Não importa. É pá mãe na mesma

Fui buscar a Pulga à escola (uma tarefa que adoro fazer). Assim que cheguei a senhora educadora ofereceu-me uma rosa feita em papel. Mas a Pulga disse logo que era para mãe. - Para a mãe? Porquê? Porque não pode ser para mim? - Porque hoje é o dia da mãe. E automaticamente tirou-me. Levou-a sempre até ficar com a mão borrada de verde (do papel crepe). E nem a queria deixar no carro enquanto ia ao ballet. Deve ter pensado que eu ia tirar, esconder ou usar... Esta pequena não tem confiança em mim...

"Hoje..

...Vai ser um grande dia". Frase repetida vezes sem conta pela Pulga desde manhã. Já lhe perguntei porquê, mas responde" porque eu gosto".

Dormi duas vezes

Ontem as Pulgas foram para a cama uma antes da outra que as duas ao mesmo tempo há brigas. Ambas querem ficar ao meu lado. E miminhos. E eu a meio não dá jeito. Tenho receio que alguma possa cair. Então ontem a estratégia foi diferente. Vou com uma para a cama. A mais nova. (A Pulga ficou satisfeita pois podia brincar mais um bocadinho). Dormi com ela. Acordei em sobressalto a pensar na outra. Levo a mais velha. Agarra-se a mim. Quase que me afoga. Mete os pés (gelados) nas minha pernas."Para aquecer " diz ela. Pega logo no sono. Perdida que já estava. Mas logo de manhã antes das 9 horas já estavam com a genica toda. Ainda convenci a Pulga a ficar mais um pouco, mas a frase repetia-se. - Já são horas de acordar? Avó, vamos acordar. Como se estivesse a dormir... a peste. Quem estava a dormir era...eu.

A hora do sono na escola de casa

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Pulga. AVOGI Pulga deitada no chão. Ao lado alguns bonecos também deitados todos de barriga para baixo. - Deita-te. Abafa-te. Tens calor?  Abafa-te já. Não ouves? Abafa-te tá frio e chuva.  Dorme.  Queres fazer chichi? Outra vez? A tua colega já está a dormir. Dorme também. Não tens sono?  Abafa-te e dorme. Onde pensas que vais? Já para a cama. Deitados. Ainda não acendi a luz. Tudo dito de seguida quase sem respirar acompanhado de uns XuuuuUUUUU  que começa baixinho e vai subindo de tom. Algumas vezes levanta-se do chão e vai até junto dos bonecos que têm os nomes dos colegas (embora sejam mais frequente dois nomes) e abafa-os (só com gestos).

Ao telefone

A Pulga com uma caneta no ouvido a simbolizar o telemóvel. -Gu-Gu? - falava a Pulga com o irmão que ainda não nasceu -...... -Tás bom? -...... - Já nasceste? -...... - Ah, tá bem. E desligou a caneta.

No avião

Na altura da descida quando os ouvidos se ressentem da descompressão, começa a Pulga aos berros (pois tinha os ouvidos tapados). - Avó? Hã? Não ouves? - perguntava-me. - Eu também não ovo .

Mas esta tem cada ideia!

Íamos para o jantar de domingo na casa da bi (bisavó). Sai-se a Pulga. - Gostava de ex-pe-ri-men-tar (e soletrou bem a palavra) andar de cavalo. - Bom - digo. - Mas num dia de sol! Pudera, estava escuro que nem breu de certeza que não veria o cavalo.