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De médico e de louco todos temos um pouco

- O Gu-gu tossiu toda a noite. Não sei o que é que ele tem! - Dizia a mãe Pulga, ao pai, logo de manhã. - Tem tosse. - Responde a Pulguinha, rapariga atenta e atrevida, sempre na crista da onda, elucidando assim qualquer dúvida.

Smart é ela.

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Um amigo meu tem um smart, carro que eu não aprecio por ser meio-carro (falta-lhe a parte de trás) e prefiro as banheiras grandes tipo Jaguar, Rolls-Royce, Mercedes, mas... alto lá, não o desejo, mas não o repulso, se quiserem fazer o favor de me oferecer um, faço um esforço e ando com ele. Mas adiante que já me perdi. Esse meu amigo, ontem veio cá a casa. Pulguinha, observadora como é, olhou para o carro e... - Bolas, é um smart ! - e depois - Chique! - Isto com um ar de admiração como se ter um smart fosse o inatingível. Portanto ter um "caganito" dum carro é chique, ter um autocarro ou camião é chiquérrimo. Fotografia. A Pulguinha no Domingo de Páscoa 2012

Ai, mas esta rapariga é cá uma!...

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- Avó, quero pão com manteiga doce e queijo - pede a Pulguinha, de mão à ilharga, como uma peixeira (sem ofensa) a apregoar o peixe. -Só? Não queres mais nada? - Pergunto, a gozar, pois adoro ver o jeito dela. - Tens fiambre? - Já agora... De olhos bem abertos e já a saborear. Respondo que não. - E paio? - Também não - respondo. E de verdade não tinha mais nada. - E chourição, tens? - Desatei a rir. É que ela gosta mesmo de sandes recheadas com estes ingredientes.  Digo só que a sua costela beirã está tão presente na comida. E venha chouriço, salsichas, que ela devora, tudo.  Fotografia: A Pulguinha

Mas esta criança tem a língua solta

Ontem à noite, estava sentada por aqui e as Pulgas brincavam enquanto que o Pedro Abrunhosa cantava: "Vamos fazer o que ainda não foi feito". De repente, assim, saído do nada, a Pulguinha, a espevitada de quatro anos, remata com: o que ainda não está feito...é o jantar. E nem olha para mim. Assim como uma indirecta. E sabem? Levantei-me e fui fazer o jantar. Nada como uma petiz para me fazer levantar a cesta ou o "rabichol" da cadeira, e subir as escadas a toda a pressa com um peso na cabeça. Ou seja a consciência pesada, pela verdade.

Não há volta a dar com esta

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- Não metas essa colher na boca. - Peço, de forma imperativa, à Pulguinha (a de 4 anos) porque eu havia acabado de mexer o café. - E porquê? Porque não devo meter na boca?- Esta "gasguita" não se contenta com uma explicação rápida, valha-me a santa padroeira dos avós. - Ficas tonta - digo eu. A ver se fica por aqui ou se é preciso mais! - Tu é que ficas - responde logo de seguida e de olhos esbugalhados quase a saltarem dos encaixes. - Eu? Porquê? - espero a ver o que vai sair daquela boquinha santa, que por vezes é um verdadeiro diabinho. - Porque tu é que bebeste o café, ora! Mais valia estar calada. Eu.

Parabéns, Pulguinha.

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E hoje cresces mais um bocadinho. Os teus 47 centímetros de nascimento aos poucos foram aumentando. És baixinha todos dizem, mas o teu tamanho não te impede de ser: carinhosa, meiga, esperta, criativa, observadora, perspicaz e faladora, sim, quanto baste, a conversa é o teu forte. Como? Porquê? Porque? Os advérbios mais pronunciados...perguntas com direito a resposta. Parabéns, minha Pulguinha!

Amanhã há festa no rural

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Obrigada obrigada obrigada. Já cheguei, já dormi e já tenho trabalho, um monte dele à minha espera. E à minha espera estava o senhor e um ramo com três rosas, uma por cada neto. A bem dizer,   tenho uma festa para preparar. A Pulguinha faz 4 anos. Quem havia de dizer que a minha Baixinha tem quase quase 4!? Baixinha, arrumadinha, "muciça" (em vez de maciça) como se diz por cá. Mas na esperteza, ui!, dá cartas. E cresce, cresce. Estas Pulgas crescem! Por isso e porque amanhã é o seu dia fica aqui o convite. É sempre com prazer que recebo os amigos. E os não amigos também. Vá, dedinho no ar para a contagem, quero saber quantas cadeiras ponho à roda da mesa.

Todos trabalham menos eu

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- Só não vai para a escola quem tem muito dinheiro.- Dizia a Pulguinha (3 anos) saboreando cada palavra e cantando quando disse "muito dinheiro". Ela, os irmãos, os pais e avô vão todos para a escola (os pais e o avô são docentes). Disse-o lentamente e atravessando os olhos para mim. - E quem é que tem muito dinheiro? - pergunta o avô. - A avóóóóó - responderam em coro ela e o Gu-Gu. Ela, por que sabia a resposta, ele por acréscimo. E até costuma dizer: A avó é rica. A avó tem muito dinheiro. A avó não vai sai de casa para trabalhar, a avó não vai para a escola. O pior, é que não diz só em casa, diz a toda a gente. E, mais pior ainda, é que pode haver quem acredite! E eu com isso! Fotografia: Desenho da Pulga (quase com seis anos). A Sininho a caminho de casa (a casa é redonda, com chapéu a simbolizar o telhado, sem esquecer a chaminé).

A Estrela Polar

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- Avó, aquela estrela mais brilhante é a Estrela Polar. - Diz-me a Pulguinha, 3 anos, com os olhos a brilhar de sabedoria e apontando para o céu numa noite de luar.  Esperava eu que dissesse que era a  titia (tia-velha que faleceu há 5 meses) ou a Cookie, a cadela, também falecida ou ainda o Miguel. Mas não. Olhou, apontou e disse que era a Estrela Polar. E eu, "esbabacada" para ela e a lembrar-se se algum dia, com três anos, disse à minha avó que a estrela mais brilhante era a Polar, e se eu dissesse isso, de certeza que ela me olharia, com a mesma expressão, tal e qual, eu olhei para esta "gasguita". Fotografia: A Pulguinha, no dia de Natal, abrindo uma das prendas.

Andando e aprendendo com esta canalha miúda

Ao telefone perguntei à Pulguinha, (a de 3 anos espevitada como uma cozinheira), o que estava fazendo. Responde que ia plantar, com o pai, o que tinha comprado: tomilho, alface e hortelã. Digo eu exclamando, quase cantando, a dar a entender que tinha comprado muito e que ia ter uma tarde de trabalho. - IIIIiiiiiiiiiiiiiii taaaaaanta coiiiisa! - E provoco ênfase nas palavras. Logo, nem me deixou acabar a exclamação, responde. - Três - e parou. - Não é...- e tomou fôlego para dizer:  - taaaaaanta coiiiiisa! É só três. No mesmo tom de voz que eu havia usado para exclamar. Por isso, com esta canalha, não vale a pena hiperbolizar.

Será que o tutti-frutti tem casca?

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- Ainda bem que não se come a casca da banana. - Dizia-me a Pulguinha, a espevitada de três anos, quando ao lanche lhe dou uma. Aproveito e digo-lhe que há uns que se pode comer a casca outros não. Pergunto-lhe, a ver se sabe, quais são os frutos que não se come a casca. Como não respondia, fui-lhe dizendo de um a um e ela repetindo: o melão, o ananás, a manga, pera-abacate, as nozes, castanhas, romãs... Não me lembrava de mais nenhum. Como eu não dizia nada, ela remata com o seu ar de s.m.s (ser mais sabedor). - O tutti-frutti... Fotografia: A Pulguinha com o seu ar de reles.

Dia de Pão- por-Deus, de Todos os Santos, de bruxas, de abóboras...

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Por aqui a tradição não é do Halloween , mas sim de Pão-por- Deus. Antigamente, na altura em eu era miúda, era dia de andar pelas portas dos vizinhos, com um saco feito pelas mãos habilidosas da minha mãe, a pedir frutos do Outono. Este dia é também o  Dia de Todos os Santos, talvez daí o facto de pedirmos: "Por amor Deus" ou Pão por Deus. Depois, a tradição caiu em desuso e é nas escolas que se mantém. É hábito cada criança levar um saco com frutas da época e partilha com os colegas da sala; ou dá aos pobres. O Dia das Bruxas ou Halloween veio depois, inglesado, e foi aportuguesado. Assim sendo há uma conjugação de Pão por Deus, com bruxas, além de abóboras e frutos: nozes, castanhas em vez de doces e travessuras. Eu, mulher por vezes que olha ao todo e não ao pormenor, ao ver a Pulguinha com um fruto enorme na mão disse-lhe: - Ai que grande abóbora! - Conjugando o arregalar de olhos pelo facto do fruto ser quase maior que ela. - Avó, não é abóbora, é laranja.-

É como no hospital

A minha irmã, no domingo passado, disse à Pulguinha (a tal neta que eu tenho que, com apenas três anos, tem a língua mais desenfreada ca minha): - Hoje vou a tua casa. Resposta pronta, quiçá, já a expedir da língua: "Não vás não. Hoje, não é dia de visita". Isto dito, com as mãos à ilharga, assim como uma peixeira, acompanhado de um revirar de olhos. A outra Pulga, a de cinco anos que é mais comedida, responde, ao ver a tia-avó espantada para a irmã mais nova: "A mãe não convidou!" Bem, podemso dizer: "pior a emenda que o soneto" ou "se uma bem lava a outra bem torce", mas cá para mim, para ir a casa da família Pulguedo só com convite e em dia agendado.

Ouve e cala-te!

O avô dizia do alto das escadas para as Pulgas que estavam no andar de baixo, no covil, como amorosamente chamo ao salão onde elas passam a maior parte do tempo, pois tem brinquedos, televisão, espaço; acima de tudo, espaço; e como contava eu antes de me perder nas divagações, explicações e outros ões , o avô recomendava: juízo aí em baixo! Mas num tom que metia respeito. Pulguinha que tem resposta na ponta da língua e expede logo que abre a boca disse, no mesmo tom de advertência que o avô usara para elas: Juízo aí em cima!    

- Avó, se...

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...Eu comer muito tomate fico com o cabelo vermelho como o da mãe? - Pergunta-me a Pulguinha. E eu que tenho resposta para tudo por vezes fico encavacada com estas tiradas de flecha que saem da boca dela. - Sim, claro. E deves comer também muitos bróculos... e muitas cenouras e ficas como o cabelo às cores. Mas atenta no que te digo, minha querida netinha, coisa "mai lhinda" no mundo não há, nunca, mas nunca comas couve-flor. (Que mania tenho eu de escrever bróculos, sabendo que é brócolos!?) E antes que seja tarde, vou copiar para a sebenta 50 vezes: "brócolos" a ver se a coisa entra nesta cabeça de vento.  Brócolos...brócolos... brócolos... brócolos...mais brócolos... brócolos... Fotografia: A Pulguinha, na rua, a ler.

Dar ordens ou fazer-me "tesa" em frente a canalha...

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...É sinal que tenho de cumprir o que disse. Chego a casa  pela tarde, e a tia-velha estava a lastro, ou seja deitada qual bela adormecida à espera do príncipe para o beijo que tarda a chegar. Vou ao quarto e logo mando-a levantar pois que à noite não dorme e anda a subir paredes. Digo-lhe: - Na próxima, vou trancá-la na retrete. (Costumo prometer às Pulgas quando se portam mal que vão para a retrete de castigo, mas ainda não cumpri.) Mas dizer ou fazer à frente de Pulgas não é bom, aliás é mau muito mau. Pergunta-me a Pulguinha (3 anos bem espevitados) olhos brilhantes. - Vai ser hoje? Morta de desejo, morta de não ser a primeira a ser castigada ...na retrete.  Fotografia: Desenho da Pulga (5 anos) "Bonecas e flores no jardim num dia de vento" (os risquinhos)

Já que estás com a mão na massa...

Aos sábados há jantar de familia na casa cá desta humilde avó. Somente os Pulguedo´s (filha, genro, netos), nós (eu e moi-même - a cozinheira), o mê senhor e a tia-velha . Ontem, Sábado, como havia fogo de artificio na baía do Funchal - festival do Atlântico, a minha filha convidou-nos a ir depois da janta à cidade. Ora, estava o mê senhor a se vestir, a Pulguinha (3 anos cheios de imaginação e curiosidade) que sabe delas e fala com as letras todas sem rodeios, ao ver o avô vestir-se pergunta-lhe: - Avô, tens pénis? - Bem o avô fica encarnado que nem um tomate e entalado sem saber o que dizer responde que sim, que todos os homens têm. - Sim, eu sei. Mas posso ver o teu?

Fui apontada ali em baixo...

...Num comentário escrita pela Quicas (mãe das Pulgas) que não publiquei (ainda) um desenho da Pulguinha. E quando ela me aponta um dedo é como uma bala que penetra na minha moleirinha e faz estragos. Oras , a Pulguinha faz risquinhos, círculos, espirais ...atão esperem um pouco; aguardem que vou ali à zona onde elas desenham e ver se há algum. Bem... já fui e já vim. Não há nada, mas não gosto de desfraldar...(desfraldar!? Credo! Aqui ninguém usa fraldas)...defraudar os meus leitores e muito menos a minha família, e uma vez que não há nada; vamos nós fazer o desenho da Pulguinha. Ide buscar uma folha A4 de desenho papel cavalinho, uma caixa de cores de pau Caran d´Ache ou de cera Giotto ou, quem quiser, até pode desenhar mentalmente...e comecemos. Risquinhos na vertical, risquinhos na horizontal pela folha toda a simbolizar a chuva; agora círculos sempre pequeninos, usem as cores todas, são as flores. Espirais, triângulos sem ângulos e bolinhas são as folhas; um risco grande com

Fotofó...piópió...pia?

A Pulga (5 anos ) tem um "jeitão" para desenhar. (Esperem, vou limpar a baba que me cai pelos queixos abaixo). Sai ao avô (mê senhor) que cá eu duas linhas paralelas quando as faço encontram-se ainda antes do infinito, mas isto sou eu que não tenho rectidão na mão. Ora, a Pulga acaba de desenhar esta bruxa e digo ao mê senhor que vou tirar uma fotocópia. A Pulguinha (3 anos) também faz desenhos lindos assim como os que a avó fazia quando tinha...35 anos. - Fizeste um desenho? Lindo! - digo quando observo a "riscalhada" na folha, mas para a pequena não ficar traumatizada... - Não é um desenho. Riscos! (Sinceridade à flor da pele) Avó, tira uma  fotofó-piópió-pia !

E como hoje é o dia dela....

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Estávamos, eu e ela, a arrumar a sala para a festa logo à noite. Eu a esticar-me para colocar um quadro na parede, ela sentada... eu sei, devia sr ao invés: eu sentada e ela a trabalhar, mas caramba é o dia da festa e a rapariga é nova, tem ainda três anos e vai ter tempo de...e os seus ossinhos são fracos, os meus já estão calejados de trabalhar... Então estava eu esticada a mais não poder; ela a meter-se comigo, dando aquela força mental, a esforçar-se para me alegrar e também para não me sentir incapaz de colocar o quadro sem ter de subir a cadeira. Diz-me: - Tu não chegas. Tu és baixinha. E tomando fôlego acrescenta - Como eu. Eu, muitas vezes chamo-a de Baixinha. Realmente é pequenina em relação aos da sua idade. Mas a falar... ui , ninguém a ultrapassa.