Mas será mesmo?
- Avó, o avô tá-te a chamar - alerta-me a Baixinha, cinco anos espevitados, uma vez que eu, por vezes, não oiço, ou finjo que sou surda. - Mas quando é que ele não me chama?! - digo com ar de desalento. - Amanhã. Amanhã... - responde ela sem deixar de brincar com as bonecas e interrompo o seu pensamento. - Amanhã? Porquê? - pergunto intrigada! - Sim, quando ele estiver na escola não te vai chamar. E eu pergunto: será que não? Ela levanta os olhos e ri-se. Fotografia: Baixinha, a bordo do rabelo num passeio no Douro, com os tios, avós e mana.