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Para quem julgou que as do post de ontem eram as minhas unhas...

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...Estas é que são! As unhas de uma trabalhadora rural. Pensaram que eu tinha feito manicure francesa e depois tinha sujado as unhas na terra? Não, não perceberam, a terra é que me fez a manicure!                      Eu até registei o momento catastrófico das unhas, não fosse dar-se o caso de pensarem que era mentira ou de ter de provar que faço alguns trabalhos cá em casa; e como para tudo na vida há solução (menos pá morte, mas isso é outra história) não há nada como lavar bem lavado, "arear" as unhas com esfregão, deitar lixívia numa bacia (não em peça, canão ficam sem pele) mergulhar as mãos que ao mesmo tempo tira a terra embutida nas mãos. Cuidado, muita lixívia pode tirar a cor (da pele. Como tira a cor da roupa!... ) e ficam com unhas de morto, salvo seja. De seguida, pintá-las para tapar os vestígios de terra por baixo; é que por mais tempo que se deixe de molho fica sempre um pouco; esse pouco deixem ficar...pode dar-se o caso de ser usado como prova num

Há muito tempo que...

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... Não fazia manicura francesa! Decidi tomar alento e com muita força e um empurrão lá arranjei as unhas. Ficaram lindas como há muito tempo não as via assim de tão belas. A sério. Adoro as minhas unhas tal como estão como adoro tudo em mim e porque não? Se eu não gostar de mim, ninguém gosta. Mas as minhas unhas assim dá-me um apetite de olhar para elas e de nunca mais desfazer esta manicura. Nem quero pensar quando começar a cair! Detesto mesmo quando o verniz estala e por isso não vou lavar as mãos, nunca mais. No way como dizem os portugueses. Eu podia mostrar, mas não, imaginem vocês a manicure como a da imagem, mas em vez  de branco coloquei cor da lama. E sabem? Ficam lindas. A cor é o de mais moderno existe. Ainda continuo a olhar para elas a pensar como vou tirar toda a terra lá impregnada (até nos sabugos) depois de ter estado a mexer em terra e água ao mudar plantas de um vaso para outro. Qual manicure francesa!... Terra-terra minha senhora, terra vegetal... E as

A minha cabeça já foi uma boa cabeça, agora...só vestígios

Ao chegarmos a casa a tia-velha que é a primeira a entrar senta-se na cadeira onde costuma passar as tardes, logo de seguida entro eu à frente do mê senhor. Ela, da cadeira olha para ele e ... - Boa-tarde, tá bom? - Assim como se não o visse há long time ago. E tínhamos acabado de chegar todos juntos! E digo, daqui a nadinha a minha cabeça fica assim como que virada do avesso. O diacho da velha está a tentar pôr-me a cabeça como a dela, mas não vai conseguir ou eu não me chamo ... Espera...Como me chamo eu?...Não, eu não me chamo, nunca me chamei, nem preciso, porque eu estou sempre ao meu lado, sempre comigo, e assim que abro a boca para me chamar eu já cá estou; por isso não me chamo, mas...como me chamam?  Hã? É esse o meu nome? O nome que mais oiço todo o dia? É esse? Já não me lembrava! Hoje que dia é? Segunda-feira? Ah pois, eu sabia!...É que de tanto responder à tia-velha que sim é segunda feira já não dou pela mudança dos dias. E se lhe digo que não, e caio na arara

A noite passada não conseguia dormir, por isso...

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...Levantei-me da cama e fui apanhar pêras abacates. Há uma árvore na partilha do meu terreno com o do vizinho que tem provocado muitas dores de cabeça a mim e a ele. É que o tronco está no quintal dele e a copa no meu. Ora, ele entende que as pêras que dão são dele; eu entendo que são minhas pois estão no que é meu. Ainda há dias houve assim umas navalhadas de um lado para o outro e umas pêras agarradas do chão, e que serviram de arma de arremesso até à cabeça dele, mas de resto, tudo tranquilhito. S omos uns bons vizinhos. Eu até lhe disse que as beiças de cigarro que ele deita para o meu quintal sou eu que as limpo; ora assim sendo, as pêras que caiem no meu quintal sou eu que as como. Não é assim? Mas arranjei uma solução já que ele quer as pêras: as que caiem e esmigalham-se e aquelas que esborracho-as eu com os pés, ponho no muro de partilha, (são dele não são?) as que caiem e mantêm-se inteiras, eu como, mas primeiro parto (são minhas, não são?) Atão esta noite foi a noi

Um domingo bem passado. A sério. Adorei!

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Almoço, passeio do vale à montanha e do mar à serra, literalmente, poncha obrigatória no Poiso. Sol, chuva, frio, calor. Mas porque razão há tantos micro-climas nesta ilha de metro e meio? Veste e tira; veste e tira o casaco. Abre e fecha o "regedor" (guarda-chuva)...Ainda bem que a poncha aqueceu a goela, canão não sei o que seria! Tia-velha, sogra, Pulguito... Não preciso de dizer que não tomaram poncha porque...  O mê Gu-Gu bem queria  molhar o dedinho, habituado a que está a estas andanças de tomar a sua ponchinha, mas como eu não tinha levado o copo dele, ficou a ver...e a lamber o copo da avó; a tia-velha se pudesse emborcava mais umas sete ou oito, mas como tinha bebido cinco ao almoço ficou a tomar conta do menino; minha sogra disse: - tou cheia, só se for uns bagacinhos! Bagaço não - disse eu - Pode cair-lhe mal. Já tomou quatro 1920 e três CRF para aperitivo! - Daí que deitou a cabeça para o lado e tomou conta da tia-velha. Atão eu o mê senhor tomámos uma p

Hoje é...

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...Domingo. Além disso é Dia da Mãe, do Trabalhador e 1º de Maio.                                                                      Antigamente o 1º de Maio era uma loucura total por aqui  no meu rural. Antes de ser o Dia do Trabalhador era o dia em que saíamos de casa de manhã cedo com uma cesta cheia de comer e uma algibeira cheia de dinheiro. Que saudades das sandes de omelette de minha tia-velha! Da brisa maracujá e da laranjada! De ser menina. Correr na roda do lenço, jogar à cabra-cega, usar um colar de maios ao pescoço e enfeitar o carro da excursão com giesta e novelos. E de arrastar o "rabichol" pela serra abaixo na quinta do Palheiro Ferreiro. E ver os homens a saltar à laje. E  cornos: na cabeça, nos carros.                                Hoje é... Domingo, Dia da Mãe, do Trabalhador, 1º de Maio... Nem sei qual festejar!... Tantos dias num só. Que desperdício! Enfim... Desejo um Feliz Dia Da Mãe a todas as mães sejam elas biológicas ou não, Um Ópt