Mensagens

A mostrar mensagens com a etiqueta Cenas da família

Não preciso de pretexto...

Imagem
...para reunir a família e bons amigos. E sábado passado foi um desses dias. Boa comida, boa bebida, muita conversa e, acima de tudo, amizade sem pretensões, sem cuscuvilhices, sem malícias duvidosas e, como se costuma dizer: o resto pouco importa porque "os cães ladram e a caravana passa". E venham mais dias dedicados ao repasto mesmo que sejam carnes vermelhas. E de lapas em excesso. Fotografia: colecção do repasto de sábado passado. E faltam as salsichas, chouriços e outros...

Ele é um deles

Tive o prazer de conviver durante duas semanas com um homem à maneira antiga, daqueles que, ainda, abrem a porta do carro para a senhora entrar ou sair, daqueles que preparam o brequefeste e levam à cama, daqueles que terminam a frase com um   "dálingue", daqueles que tratam a mulher como se fosse uma peça de vidro Morano, um tesouro frágil. Daqueles que colocam a mulher sobre todas as coisas, atenciosos, carinhosos, sempre com uma delicadeza extrema, digo "extrema" sem sombra de dúvida. E não é fogo de vista, ele é sempre assim. E penso que este formato, este calibre há muito que se deixou de fabricar. Com muita pena minha digo que há muitos que não merecem pisar o mesmo caminho que ele.

E esta, hein?

Atão os enchidos são cancerígenos? E agora como faço um belo dum Cozido à Portuguesa? Sim, que Cozido sem chouriço, sem farinheira, salpicão, chourição, salsichão e paio e sem um naco de carne de vaca não é prato que se apresente na Festa. Não há o direito! Podiam dizer isso depois do Natal.

E que tal este calorzinho, hã?

Mas está mesmo como se gosta e se quer. A minha irmã é que tem umas beiças de zanga daqui até Barcelona. É que, na semana passada, caíu agulhas e canivetes do céu, além de um espectáculo de relampejada que toda a gente, excepto eu, tirou fotografias. Mas, a minha mana anda "cus"azeites e pimenta no nariz a bufar quanto mais pode devido a estar um dia de verão, hoje, e de saber que vai estar toda a semana. Não há quem a aguente nem eu que tenho uma paciência sem limites. A bem dizer, julgo que quer levar o sol engarrafado ou no corpo é que não sai de baixo dele, salvo seja.

Ó senhor guarda não leve a mal...

Um acidente num dia de chuva, coisa muito comum por aqui, no meu rural. Um polícia de apelido ou alcunha, como quiserem dizer :"Robocop", estava a gerir o trânsito, aliás, estava de telemóvel em punho, diz ele que "pedia o reboque", a sério!?, pergunto eu, e...linha contínua, portanto, proibido passar, principalmente, quando a polícia está por perto. Ele distraído com o telemóvel, dei um apitinho para acordar. Bem, acordou mal-disposto a esbracejar, assim como eu gosto, e que me dá uma coceira no céu da boca, e a mandar, com os braços mudar de rua para um sítio completamente oposto ao que eu ia. Fiz-lhe, também, com o dedo a indicação "por aqui" enquanto ele, com os braços no ar dizia "por ali". Até que fez o que devia estar a fazer, ou seja, controlar o trânsito, e mandou-me passar mas com a indicação de parar ao cruzar com ele. E começa o "bailhe". De braços no ar como se dançasse o vira e a dizer "olhe, quando vou às urgências

Que coisa desagradável!

A minha mana está cá de férias, fugiu, entre aspas, do frio e da chuva e rumou à ilha onde o sol brilha sempre. Ou quase sempre. E não é que tem apanhado com chuva no lombo o dia todo? Está possessa. Eu estaria também. Embora com uma temperatura de 25 graus, de chinela no pé, calção curto e blusa fina não deixa de ser desagradável ter de se munir de "regedor", o mesmo que guarda-chuva sempre que sai. Ela bufa o dia todo, ela esperneia, ela pergunta-me se vai melhor, como se....como se eu, rapariga de meia-serra, rural, percebesse de tempo. Fico aborrecida por que ela trazia fato de banho para mergulhar nas águas cálidas do Atlântico, mas o mar, esse "estapor" está nervoso, como diz ela. Nervoso é pouco para justificar as ondas e a fúria ao bater nas rochas, diria antes agressivo. Mas não deixa de estar melhor aqui, no meu rural, do que em Londres onde está uma temperatura de partir cabeças e chove desde que nasci.

Há deles e delas

Há pessoas que têm um prazer mórbido de contrariar tudo o que os outros dizem. Seja o que for que se diga lá vem a dúvida jogada ao vento fazendo com que a pessoa que fala duvide até de si própria. Irrita-me solenemente. E, ultimamente, é dia-sim dia sim-senhor. Do género: "aqui jaz o primeiro rei de Portugal", do outro lado vem a dúvida: "não é o segundo?!" ou então: "o mar, hoje, está azul" do outro lado a contradição: "não, está verde." Dai-me paciência para levar este barco a bom porto.

Amanhecer em Veneza

Isso queria eu, mas não foi assim. Amanheci mas no hospital depois de um passeio na ambulância. Eram sete de uma manhã que tinha tudo para ser linda. Lembram-se de contar da queda do mê senhor? Pois, não se lembram, certamente passou despercebida. Mê senhor resolve passar de um escadote para outro sem pôr os pés no chão, isto no sábado passadfo e, saibam que o hôme nunca foi ginástica, mas pensava que tinha sido um alto gabarito em trapézio. E estatelou-se, ou melhor partiu-se no chão, ainda andei a colar os cacos, mas velho com ossos velhos não cola. Aliás, não há nada que resulte nem a cola dos dentes nem superglo. Sem contar a cena das horas no hospital, sem contar a cena da suspeita de costelas partidas, sem contar com as dores e gemidos do mê senhor mais a dos trezentos doentes na sala de espera, até foi uma manhã bem passada. Abreviando, o hôme do demo não partiu mas roturou (ou rupturou) o músculo e anda empalamado das costas. Coisas de velhos c 'os novos não entendem.

Pronto, estalou o verniz!

Como sabem, minhas darlingues do coração andava aqui às voltas como um cachorro em busca da esmeralda perdida para ter as minhas lindas unhas sempre e repito: sempre pintadas e, estive em vias de comprar a máquina a lazer para tê-las como as apresentadoras de televisão ou como as socialaites da urbe, e, assim de repente, uma grande amiga cá deste berlogue e que frequenta o meu palácio deu-me a receita milagreira, sem ter de comprar a tal da máquina cara como o diacho. Segui os passos à risca como se de uma receita de bolo se tratasse e, quando hoje de manhã vi uma rodela vermelha na cama nem por um rasgo de memória me inclinava para a unha. Procurei o sítio de onde poderia vir a mancha vermelha, poderia ser um botão, uma gota grande de sangue, um olho (credo em cruz!) e quando olhei o meu dedão do meio, aquele mal-encarado que a canalha gosta de espetar, soltei o grito do Epiranga, mais forte que o dele e um sonoro:ooooooooooohhhhhhh!!!!!,  saíu das entranhas. Darlingues, nunca tive

Já cheguei-já comi-já me desterrei

Eita, gente, isto é mesmo grave. Já cheguei e fui logo meter-me naquela loja do diacho, aquela do primo mark, mas quem manda Bisalho desta mãe galinha viver em frente ao aglomerado de lojas? É que daqui vejo as luzinhas a piscarem e sempre que piscam eu lembro-me de que preciso de "calquercoisa". Assim que descansei a valise, e foi logo na entrada da porta, fui às carreiras à loja do primo, ementes madame-nora fazia um arrozinho de marisco. É que tinha uma "listrinha" de compras. Eram meias, cuecas, pantufas, e camisetas, mais peúgas, camisolas, cortinas, lençóis e afins. Agora, descanso as canetas no sofá. Vida de ilhota é mesmo assim, sempre que sai para a grande cidade vem com lista de compras.

E perguntam-me como é que foi o domingo?

Foi, foi mesmo. Foi-se nas brumas do vento. Daqui a pouco já é segunda. E foi passado na casa de banho. Não, não estive a esvaír-me...estive foi a desentupir canos. E há "canos" não tinha esta treta entupida a sair água dos ralos... Foi, a modos que, um domingo de caca, para não dizer aquela palavra que encaixa aqui que nem colheres num faqueiro.

Mas toda a gente me pergunta...

....como ocupo os meus tempos livres agora que estou aposentada. Eu respondo: "faço voluntariado". "Ah, óptimo", respondem. "E onde?" Eu respondo: na cantina. Ficam a olhar para mim, uma vez que geralmente são professoras aposentadas como eu que frequentam: dança de salão, ginástica, arranjos florais, inglês... "Mas em que cantina?" Tenho de explicar tudo, não é? Tenho de abrir o livro na página da cuscuvilhice. E começo: "como sabes tenho três netos que vêm a minha casa almoçar todos os dias desde que o mundo se formou". Ficam a olhar e a apanhar papéis a ver se encontram a explicação e a relação entre o voluntariado/cantina/netos/almoço. E recargo as baterias para dizer que faço almoço (e lanche sempre que necessário), de livre vontade e com todo o gosto em regime de voluntariado para os meus netos, porque entendo que a família está em primeiro lugar, por que muitas vezes os seus parentes são esquecidos, mas os outros não. Há m

Diz que é hoje...

Imagem
...que começa o Outono. Fotografia: Braga, onde a 17 de Agosto, deste ano da graça, já havia folhas no chão a lembrar que ele estava a chegar...

E hoje deu-me pra isto...

Imagem
...porque, às vezes, tenho a mania que sou rica.

E falam dos portugueses? Olha lá se os outros não são piores!

Ontem na viagem que tinha a fazer de catamarã, oferta do SPM (já agora aproveito para agradecer), a guia que nos encaminha para o passadiço de embarque pedia para formar uma fila, disse em inglês, em francês e, claro, em português. Todas as pessoas respeitaram excepto um camone que se colou a meu lado, verdade seja dita que ainda me apeteceu dizer que colou-se à pessoa errada, mas deixei para depois. Continuando a andar, todos em fila, eu com o "bife" ao lado como se fosse tivesse azougue, chegou-se ao passadiço. À minha frente estava um casal e continuou à frente, eu, alargando os ombros (pois percebi que o bife tinha acompanhamento), disse à guia quando ela intentava receber os bilhetes que aquele senhor não tinha respeitado a fila (pois adiantou-se de trás para se colar à frente) e ainda lhe referi se fosse um português era logo apontado com o rótulo de falta de educação e...riscas rabetas verguinhas de chapéu de sol. Disse ela que "não se pode fazer nada". Bem,

Durante três meses...

...eu e o mê senhor temos a mesma idade. Quer dizer: ele começa nos 59 e eu dirijo-me para o final. Daqui a três meses entro nos sessenta e aí ninguém me aguenta (prontus, era só para rimar). Melhor dizendo e agora um pouco de matemática, uma situação problemática como se diz hoje em dia ou um problema à maneira antiga. Se eu sou mais velha do que o mê senhor três meses atão, quando a minha mãe estava na agonia do parto, a gemer e a gritar pela Senhora das Dores e pela Virgem do Parto, a mãe dele estava no prazer da....falta-me a palavra. Coloquem lá vocês que eu tenho de ir a correr a um sítio, posso?

O que faço eu?

Sim, digam-me, se puderem, o que faço eu aliás, o que como eu durante três dias se estou proibida de ingerir saladas, hortaliças, futa, cereais e tudo o que tenha fibra? O outro, o cantor, procupava-se sem saber o que fazer se não tivesse o beijinho, o carinho, o abraço, pois eu estou mais preocupada por não comer frutas, legumes e cereais. Bem, vou viver de beijos e abraços...até quinta-feira, data do exame.

Duas num dia já não aguento

Acalmem-se e aquietem-se que isto ainda nem começou.  Ontem foi a festa de anos do Gu-gu aqui, na casa da avó e, porque o avó faz anos hoje, dia treze de Setembro do ano da graça, resolveu-se juntar o shampoo e amaciador num só, perdão, de repente esqueci-me de que estava a falar de aniversários, ora bem, juntou-se a festa do neto e do avô, como (quase) sempre. Então foi assim: jantámos ainda no dia doze e a partida do bolo foi a treze, assim que deu as badaladas no relógio da igreja o bolo entrou. Por isso hoje é dia de arrumação porque ontem foi dia de diversão. Parabéns ao mê senhor pelas suas 59 primaveras. E pronto, duas num dia é pra rebentar com os intestinos, com o fígado, com o estômago, vesícula, esófago e...com a cabeça porque quando a cabeça não tem juízo o corpo é que paga, não é?

59 anos

Imagem
Faz hoje anos o senhor desta fotografia que, por acaso, e foi mesmo por um acaso se tornou "mê senhor". Parabéns e venham mais cinco, pelo menos...

Desceu sobre mim o manto

Estou aqui "embuseirada" metida no canapé, canela esticada, olhar lânguido, com a força e a vontade de me levantar ao longe, vejo-as daqui mas não chamo por elas, deixo-as onde estão, bem longe de mim. O manto da preguiça tapa-as. gmas, penso que desta forma nada se faz. Há que produzir, há que deitar as mãos ao trabalho, agarrar com unhas e, se necessário, com os dentes, "canão" a moleza iinstala-se. Bem, vai disse tudo o que tinha a dizer a mim e a Moi-Même que se encontra sentada ao meu lado, agora vou convencer Euzinha, a empregada suplente brasileira que está em minha casa até agarrar um visto, se possível Gold para permanecer nesta ilha do sol que as coisas fazem-se não aparecem feitas, que as fadas só existem nos livros. Bem, já falei já disse agora vou mazé preparar umas coziquitas para amanhã, uma vez que a grande festa, o arraial de comes e bebes de aniversário decorre aqui na mansão. Umas coisitas poucas para adoçar os cinquenta convivas (e aqui aument