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Antes eram duas por semana

Agora são três. Duas era pouco para a quantidade de energia que tenho. Atão, eu e mê senhor pensou-se (como se diz por cá), em aumentar, pelo menos, mais uma por semana. Ainda pusemos a hipótese de ser cinco vezes, mas, caramba, não há mulher que aguente tanta estrafega. É a lida da casa, é a beleza da mente e do corpo, é as Pulgas, e agora cinco por semana? Não. Eu sei que se queima calorias, que é saudável mas eu não preciso de estar cinco dias naquilo. É demais, não tenho estofo para tanto. Duas eu achava pouco, sim, eu aguento mais uma, três é realmente a conta que Deus fez. Três eu aguento e ele também. A partir desta semana que agora finda, começou a ser três as vezes que faço...ou antes fazemos ginástica de manutenção. Segundas, Quartas e Sextas. E salta e pula, rebola e pina...

Acabou-se o azedume

Estou aliviada. Até vou gozar o fim de semana na sua plenitude. E venha o sol, o bom tempo, as saídas em grupo. É venham as amizades, cumplicidades e gargalhadas que o que eu vou levar quando partir é mesmo isto: o companheirismo, as alegrias, as risadas, as conversas em família e as noitadas. Ai, as noitadas! Essas é que me matam! E ontem foi o pontapé de saída. Grande noite! E era SÓ uma ponchinha e mainadinha, mas acabámos a comer açorda às quatro da manhã.

Duas na Terra uma no Céu

O mê Gugu falava que temos duas mães: a Mãe do Céu que é de todos e a nossa mãe na Terra, e desenhava com o dedo um semi-círculo em frente das suas duas manas, indicando que a mãe era dos três. A Maiveilha diz que até "pode haver quem tenha três". - Como assim, mana?! "Então, se duas mulheres casarem o filho terá duas mães na Terra e mais a do Céu". Fiquei sensibilizada, como aos olhos de uma criança o amor não escolhe sexos e tudo é claro. E ainda nesta semana foi assinado...

Desce-me um nervoso muidinho

Verdade. Desce e aloja-se na zona das ancas e por mais que choca-lhe não sai quando digo algo e que me comtradizem, só por que sim. E isto agrava-se quando estou num grupo de amigos e fazem-no à frente de todos. A minha mãe, que Deus a tenha sempre num bom lugar disse quando eu, um dia, armada em espírito de contradição, refiz ou melhor corrigi a frase que ela estava a dizer à minha tia-velha, atentem que só disse "não, mãe, não é assim..." Darlingues, a mão voou e caiu nei beiças juntamente com a frase que passo a citar: "mesmo que eu esteja a mentir tu não me contradizes". Hoje em dia lembro-me sempre quando digo algo e logo sai "não é bem assim..." E as beiças ainda ardem, mas desta feita por não deixar voar a mão. Não, eu não sou violenta, mas, às vezes, apetece-me...

Quem diz a verdade não merece castigo

E foi isso que aconteceu. Disse umas verdades e a coisa amainou. Farta, fartinha de gente a me ofender. É inadmissível que uma catraia de trinta e muitos anos me trate como se fosse da sua laia. Caramba, se algum dia um dos meus filhos ofendesse uma pessoa da minha idade e sob a minha conivência. E que eu soubesse! Abomino catraiada nova que se julga suprema-superior e desata a ofender quem nunca a ofendeu, principalmente. E que toma as dores alheias como sendo suas. Menina, vá ver se as galinhas têm ovo, se os cães têm carraças ou pulgas, cuide dos seus pais, e eduque-os, se calhar, também precisam. Não se aguenta com tanta mal-criação!

Porque hoje é sábado

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Ao sábado lava-se a roupa de cama, toalhas de banho, de cozinha e tapetes, não tudo na mesma máquina como a louca da Rita, a minha empregada fazia. Ela misturava os lençóis com os tapetes do chão. Além de louca, porca. Mas isso é outra conversa... Agora, com Moi-Même é outra conversa, esta minha empregada é imigrante do Caribe, mas sabe muito bem que roupas colocar ao mesmo tempo na máquina. É assim a modos que pra lá de Bagdad.... E, hoje, lembro que a minha mana trouxe estas embalagens de "Lenor", amaciador que adoro e não é comercializado em Portugal, pelo menos que eu saiba. Minhas darlingues, se vocês lavarem com Ariel e amaciarem com Lenor digo que é algo fora do comum. O cheiro entra nas narinas e permanece durante dias na cama. E na roupa. E se pensam que este poste é patrocinado pelas marcas acima faladas estão mal-enganadas. Aliás, foi patrocinado pela minha irmã, pois foi ela que me ofereceu. Tenham um bom sábado, e não esqueçam de lavar lençóis e tape

Como é possível?

Uma mulher enceta uma relação há pouco tempo, tem poucos dias, e já fala do companheiro como se o conhecesse a fundo. Conhece os seus gostos dando, até, opinião sobre ele com alguém que lida com essa pessoa desde que veio ao mundo. Fico admirada, pois que num casamento de quase quarenta anos - que é o meu -, ainda estou a conhecer a pessoa com quem casei, como é possível em apenas dias já se opinar de alguém? Bem, eu não posso dizer que conheço o meu companheiiro de viagem, pois que, com a idade mudam de gostos, comportamentos, humor (ai as mudanças repentinas de humor tão comum nas pessoas que entram na menopausa!) e até de atitudes. Conhecer alguém somente com uma convivência de poucos dias, hummmmm, deixa- me surpresa. Dúvidas, só dúvidas!

Meu rico filho!

Quando um filho bate num pai idoso, puxa-lhe até, quase, arrancar os genitais, alastra os maus-tratos também, à mãe, e quando perguntam à progenitora a sua opinião, o que acha de toda a situação, se ele merece castigo, ir preso pelos maus-tratos e ela responde: "não senhor, filho é filho", eu, mera cidadã deste país, fico de boca à banda, pensativa e, um pensamento debita-se e foge-me para a certeza de que "há pais que merecem os filhos que têm".

A noite passada dormi mal

Mas esta noite vou dormir melhor. Deitei-me. Tinha duas pedras de gelo em vez de pés, movimentava mas não aquecia. Levantei-me e fui buscar um robe turco e coloquei-o sobre as pernas. Os blocos de gelo não derretiam. Os pés continuavam gelados. Vira e que trambulha e nada os aquecia. Diacho! "Ah, pois, já sei o que dá aconchego." Novamente levanto-me e procuro no escuro através do tacto. Encontrei. Fui para a cama e coloquei o objecto sobre mim. Eu sei, sempre soube, que o robe da minha mãe faz milagres. Esta noite dormirei melhor com o seu aconchego...

Não preciso de pretexto...

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...para reunir a família e bons amigos. E sábado passado foi um desses dias. Boa comida, boa bebida, muita conversa e, acima de tudo, amizade sem pretensões, sem cuscuvilhices, sem malícias duvidosas e, como se costuma dizer: o resto pouco importa porque "os cães ladram e a caravana passa". E venham mais dias dedicados ao repasto mesmo que sejam carnes vermelhas. E de lapas em excesso. Fotografia: colecção do repasto de sábado passado. E faltam as salsichas, chouriços e outros...

Ele é um deles

Tive o prazer de conviver durante duas semanas com um homem à maneira antiga, daqueles que, ainda, abrem a porta do carro para a senhora entrar ou sair, daqueles que preparam o brequefeste e levam à cama, daqueles que terminam a frase com um   "dálingue", daqueles que tratam a mulher como se fosse uma peça de vidro Morano, um tesouro frágil. Daqueles que colocam a mulher sobre todas as coisas, atenciosos, carinhosos, sempre com uma delicadeza extrema, digo "extrema" sem sombra de dúvida. E não é fogo de vista, ele é sempre assim. E penso que este formato, este calibre há muito que se deixou de fabricar. Com muita pena minha digo que há muitos que não merecem pisar o mesmo caminho que ele.

E esta, hein?

Atão os enchidos são cancerígenos? E agora como faço um belo dum Cozido à Portuguesa? Sim, que Cozido sem chouriço, sem farinheira, salpicão, chourição, salsichão e paio e sem um naco de carne de vaca não é prato que se apresente na Festa. Não há o direito! Podiam dizer isso depois do Natal.

E que tal este calorzinho, hã?

Mas está mesmo como se gosta e se quer. A minha irmã é que tem umas beiças de zanga daqui até Barcelona. É que, na semana passada, caíu agulhas e canivetes do céu, além de um espectáculo de relampejada que toda a gente, excepto eu, tirou fotografias. Mas, a minha mana anda "cus"azeites e pimenta no nariz a bufar quanto mais pode devido a estar um dia de verão, hoje, e de saber que vai estar toda a semana. Não há quem a aguente nem eu que tenho uma paciência sem limites. A bem dizer, julgo que quer levar o sol engarrafado ou no corpo é que não sai de baixo dele, salvo seja.

Ó senhor guarda não leve a mal...

Um acidente num dia de chuva, coisa muito comum por aqui, no meu rural. Um polícia de apelido ou alcunha, como quiserem dizer :"Robocop", estava a gerir o trânsito, aliás, estava de telemóvel em punho, diz ele que "pedia o reboque", a sério!?, pergunto eu, e...linha contínua, portanto, proibido passar, principalmente, quando a polícia está por perto. Ele distraído com o telemóvel, dei um apitinho para acordar. Bem, acordou mal-disposto a esbracejar, assim como eu gosto, e que me dá uma coceira no céu da boca, e a mandar, com os braços mudar de rua para um sítio completamente oposto ao que eu ia. Fiz-lhe, também, com o dedo a indicação "por aqui" enquanto ele, com os braços no ar dizia "por ali". Até que fez o que devia estar a fazer, ou seja, controlar o trânsito, e mandou-me passar mas com a indicação de parar ao cruzar com ele. E começa o "bailhe". De braços no ar como se dançasse o vira e a dizer "olhe, quando vou às urgências

Que coisa desagradável!

A minha mana está cá de férias, fugiu, entre aspas, do frio e da chuva e rumou à ilha onde o sol brilha sempre. Ou quase sempre. E não é que tem apanhado com chuva no lombo o dia todo? Está possessa. Eu estaria também. Embora com uma temperatura de 25 graus, de chinela no pé, calção curto e blusa fina não deixa de ser desagradável ter de se munir de "regedor", o mesmo que guarda-chuva sempre que sai. Ela bufa o dia todo, ela esperneia, ela pergunta-me se vai melhor, como se....como se eu, rapariga de meia-serra, rural, percebesse de tempo. Fico aborrecida por que ela trazia fato de banho para mergulhar nas águas cálidas do Atlântico, mas o mar, esse "estapor" está nervoso, como diz ela. Nervoso é pouco para justificar as ondas e a fúria ao bater nas rochas, diria antes agressivo. Mas não deixa de estar melhor aqui, no meu rural, do que em Londres onde está uma temperatura de partir cabeças e chove desde que nasci.

Há deles e delas

Há pessoas que têm um prazer mórbido de contrariar tudo o que os outros dizem. Seja o que for que se diga lá vem a dúvida jogada ao vento fazendo com que a pessoa que fala duvide até de si própria. Irrita-me solenemente. E, ultimamente, é dia-sim dia sim-senhor. Do género: "aqui jaz o primeiro rei de Portugal", do outro lado vem a dúvida: "não é o segundo?!" ou então: "o mar, hoje, está azul" do outro lado a contradição: "não, está verde." Dai-me paciência para levar este barco a bom porto.

Amanhecer em Veneza

Isso queria eu, mas não foi assim. Amanheci mas no hospital depois de um passeio na ambulância. Eram sete de uma manhã que tinha tudo para ser linda. Lembram-se de contar da queda do mê senhor? Pois, não se lembram, certamente passou despercebida. Mê senhor resolve passar de um escadote para outro sem pôr os pés no chão, isto no sábado passadfo e, saibam que o hôme nunca foi ginástica, mas pensava que tinha sido um alto gabarito em trapézio. E estatelou-se, ou melhor partiu-se no chão, ainda andei a colar os cacos, mas velho com ossos velhos não cola. Aliás, não há nada que resulte nem a cola dos dentes nem superglo. Sem contar a cena das horas no hospital, sem contar a cena da suspeita de costelas partidas, sem contar com as dores e gemidos do mê senhor mais a dos trezentos doentes na sala de espera, até foi uma manhã bem passada. Abreviando, o hôme do demo não partiu mas roturou (ou rupturou) o músculo e anda empalamado das costas. Coisas de velhos c 'os novos não entendem.

Pronto, estalou o verniz!

Como sabem, minhas darlingues do coração andava aqui às voltas como um cachorro em busca da esmeralda perdida para ter as minhas lindas unhas sempre e repito: sempre pintadas e, estive em vias de comprar a máquina a lazer para tê-las como as apresentadoras de televisão ou como as socialaites da urbe, e, assim de repente, uma grande amiga cá deste berlogue e que frequenta o meu palácio deu-me a receita milagreira, sem ter de comprar a tal da máquina cara como o diacho. Segui os passos à risca como se de uma receita de bolo se tratasse e, quando hoje de manhã vi uma rodela vermelha na cama nem por um rasgo de memória me inclinava para a unha. Procurei o sítio de onde poderia vir a mancha vermelha, poderia ser um botão, uma gota grande de sangue, um olho (credo em cruz!) e quando olhei o meu dedão do meio, aquele mal-encarado que a canalha gosta de espetar, soltei o grito do Epiranga, mais forte que o dele e um sonoro:ooooooooooohhhhhhh!!!!!,  saíu das entranhas. Darlingues, nunca tive

Já cheguei-já comi-já me desterrei

Eita, gente, isto é mesmo grave. Já cheguei e fui logo meter-me naquela loja do diacho, aquela do primo mark, mas quem manda Bisalho desta mãe galinha viver em frente ao aglomerado de lojas? É que daqui vejo as luzinhas a piscarem e sempre que piscam eu lembro-me de que preciso de "calquercoisa". Assim que descansei a valise, e foi logo na entrada da porta, fui às carreiras à loja do primo, ementes madame-nora fazia um arrozinho de marisco. É que tinha uma "listrinha" de compras. Eram meias, cuecas, pantufas, e camisetas, mais peúgas, camisolas, cortinas, lençóis e afins. Agora, descanso as canetas no sofá. Vida de ilhota é mesmo assim, sempre que sai para a grande cidade vem com lista de compras.

E perguntam-me como é que foi o domingo?

Foi, foi mesmo. Foi-se nas brumas do vento. Daqui a pouco já é segunda. E foi passado na casa de banho. Não, não estive a esvaír-me...estive foi a desentupir canos. E há "canos" não tinha esta treta entupida a sair água dos ralos... Foi, a modos que, um domingo de caca, para não dizer aquela palavra que encaixa aqui que nem colheres num faqueiro.