Como já referi o meu telemóvel aquece como se fosse uma panela de água a ferver, atão, hoje, munida do respectivo, mais a garantia, mais a caixa ainda nova e guardada religiosamente para o dia em que ele adoecesse, fui até à FNAC, passo a publicidade. "Tem algo aqui com importância?" Pergunta o empregado. Retórica, a pergunta, uma vez que tudo o que tenho é importante, seja jogos, contactos ou fotografias. "Mas tenho uma cópia de segurança, porquê?" disse eu. "Ah, vou ter de limpar tudo, pode haver aplicações em conflito. Se não resultar assim tem de ir à fábrica e demora um mês. Aí arregalei os olhos o quanto pude. "Um mês e que faço o quê, sem telemóvel durante um mês?" Encolheu os ombros. Claro, se fosse o dele outro galo cantaria, mas é o de uma cliente. Daí que para ele um mês ou um segundo equivale ao mesmo. O peito, o meu, sobe e desce de raiva. Raiva da boa, assim como há inveja da boa, suponho que haja, também, "raiva da boa".