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Adoro surpresas

E ontem tive uma. Sou uma rapariga dada a estas coisas. Não sei, sinto-me bem quando tenho demonstrações de carinho. É isso e quando me convidam para jantar. E, ontem, foi dois em um, é assim a modos que muito bom. Aliás, é bom ter quem gosta de nós, alguém que pede a nossa presença assim que chega à terrinha. E dá aquele abraço forte que nos enche de alegria. Adoro abraços. E beijos. E carinhos... Bem, vou acabar por aqui, canão, derramo baba como o caracol.

Já não sabia como era...

...andar de autocarro. E, hoje, foi o dia. Ainda telefonei ao mê senhor e ao mê genro, mas eles trabalham, caramba, e não me podiam dar uma boleia. Não há volta a dar, tenho de viajar de camioneta. Entro e procuro um lugar no "rabo da lancha" como se costuma dizer, pois que à frente estavam os velhos - com licença, os cambados, as grávidas. Mas é para trás que vão os adolescentes de telemóvel em riste, os alcoólicos a cheirar a vinho e os de meia-idade que falam alto, além dos desdentados, e de um mulher que tresandava a mijo e fez o obséquio de se sentar ao meu lado. E começou a fazer perguntas, Juro que com a falta de dentes, o mau hálito e o cheiro que deitava do corpo, não me apetecia nada encetar conversa com ela, então tirei o meu brinquedo - a lambreta e toca a fazer um Candy Crush. Mas a trambolhada da mulher não se calava. Ainda bem que saiu duas paragens após o início da viagem. Juro que, pela minha cabeça, passou-me uma vontade de lhe apertar o pescoço.

Há dois anos nesta relação

Fez dois anos que encetei uma relação com ele. Assim, sem mais nem menos, meteu-me na cabeça que gostava de o ter, e sempre que o via através da vitrina, babava e mentalmente dizia: "ai se tivesse dinheiro era já". Passava o tempo e o dinheiro não entrava, mas também não saía melhor dizendo, e eu desesperava por tê-lo no meu colo, a tocar-lhe, a esfregar o dedo... Nada, shite, mas para que queres agora aquilo? Perguntavam-me. Ora, e porque não?! Náo é por ser entrada na idade que já me esqueci de como é bom amaciar, procurar, descobrir novas técnicas, ter algo só meu para brincar. Até que um pouco antes de fazer 58 anos já desesperada ele veio aos meus braços: a minha lambreta querida do coração oferecida pelos meus filhos, genro, nora, netos e claro, o mê senhor. Minha lambreta, meu tablet, meu pequeno brinquedo que, tal como uma criança de dois anos não vive sem o ter. E como diz o mê Gu-Gu: "é o que sempre sonhei." E há dois anos que dura e dura...

Parece que foi ontem!

Pois parece, mas foi há 38 anos que dei um nó tão forte com o meu parceiro que não se consegue desatar. Foi no dia sete de Janeiro de 1978 que eu, na altura com vinte e dois anos, casei. E parece que foi ontem!

Estou deserta

Agora é o novo termo da juventude. Ainda há dias uma adolescente da família dizia-me que: " ele (o namorado) está deserto por conhecer a tia". Deserto?, perguntei. "Sim, tia." E logo na minha mente procurei o significado e, lembrando o deserto pensei que era vazio, solitário, mas não fazia sentido. Achei que "deserto" substituía desejoso, entusiasmado por algo que vai acontecer. E acho que sim significa "desejoso, expectante". E hoje estou deserta para que chegue o dia de arrumar a lapinha, o pinheiro, as gambiarras, as bolas, sinos, espiguilhas e tudo o que faz parte da Festa. Mas, como se dizia antes, "estou morta por arrumar". E farta de ver, fartinha...e deserta...

O segredo de uma noite bem passada?

Rir é a resposta. E foi isso que aconteceu. Uma excelente noite na companhia de excelentes amigos com comida para lá de boa, para não repetir excelente. O encontro de velhas mas (excelentes) boas amizades onde só vale rir e reviver momentos passados em conjunto. E o relógio que não dá tréguas a lembrar que hoje é dia de trabalho, mas o companheirismo é mais forte e ficámos, esquecendo as horas e comemorando as Festas. Uma noite excelente, caramba, não me ocorre outro adjectivo, com uma temperatura agradável e risos, muitos risos porque quando revivemos cenas antigas dá vontade de rir. Porque éramos (e somos) alegres e temos muito para reviver. E já se marcou a próxima! Porque até o "Varrer dos Armários" é Natal.

Na tação ou na tacinha?

Se ontem foi dia de ginástica hoje é dia de natação. São as tais resoluções de Ano Novo. Prometi a Moi-Même- a tal empregada doméstica do Caribe que limpa a mansão cá desta escriba,  que juntas havíamos de ter um corpo, não de iogurte mas de Sophia Loren. Ah, não sabem quem é?! Oquei, explicou noutro para não me perder do que "iva" (como dizia uma antiga aluna, castelhana de nascença) a dizer. Pois, então, hoje é dia de natação! Rima até, que coisa gira... Mas a natação não é para mim, não comecem a pensar que eu endoideci e passei a ser louca por desporto, nada disso darlingues, a natação é para as Pulgas, eu vou somente ajudar no despe-veste; despe-lava-enxuga-veste. E fico sentada na plateia a saborear o prazer que tenho de ver os outros felizes. E as Minhas Pulgas são felizes. Vamilhá, então, nadar na tacinha que na tação não é para mim nem para Moi-Même.

Vá lá respondam

O mê Gugu, o busico de seis anos, perguntou-me, e juro não sei responder, porque razão o país Peru tem este nome. Se era por os habitantes comerem demasiado  - segundo ele, perú ou se o país tem a forma de um perú? Por isso deixo aqui no ar a pergunta. Responda quem souber. (Juro que já fui ao mapa ver a configuração do dito só numa de confirmar que não tem a forma de um perú).

Nem tudo o que parece é

Ontem depois do fogo fomos em bando à cidade para a tradicional primeira fartura de  ano novo. Pulgas cheias de pica a saltar e reparam que num carro que passava a senhora sentada ao lado condutor dormia. Eu digo que, quiçá, trabalhou durante o dia e está cansada. "Mas estamos de férias" diz Gu-Gu. "Tu estás, a senhora não. É como vocês dizem que eu não faço nada, que sou reformada e por isso não posso dizer que estou cansada. Mas eu faço muito". "Pois, vês televisão, jogas Candy Crush, vês a novela"...diz o rapaz de seis anos. "Lavas a loiça"...salta em defesa a Maiveilha, de nove anos que ia dizer mais quando... "Mana, quem lava a loiça é o avô", diz Baixinha, de sete. "Nem isso a avó faz". Agora estou aqui desolada! Vou mazé fazer um joguinho sentada em frente à televisão, a ver Disney Channel, enquanto não dá a novela. Avó sofre...

As voltas que a vida dá

As voltas que eu dei hoje só para satisfazer uma pessoa. Primeiro pede dióspiros, assim como se eu fosse a reencarnação de uma vida passada a dar estes frutos; depois lembra-se de pedir anonas, quivis, papaias, goiabas, assim como se eu tivesse uma barraca ou uma pequena superfície comercial. Atão eu e Moi-Même deitámos pernas à rua e "foice" procurar as frutas. Moi-Même inda resmungou, como sempre faz a biteche e disse que, quiçá pode não haver dióspiros...e não é que ela - Moi-Même acertou como se estivesse a jogar no jogo do bicho e desse o cavalo em vez do porco? Dióspiros....pois dióspiros... aquela fruta do demo que me faz saltar de um para outro ramo, perdão super, até descobrir quatro, senhores, quatro já meio moles e maduros como o diacho! Agora jazo aqui à espera c' as unhas sequem para vestir a roupa nova c'o pai natal deu. Mentira foi mê senhor.

E depois há os otários

Ontem um dia lindo de sol e, como as Pulgas tinham os capacetes para estrear, foi-se em modo "carro de ciganos a caminho da feira" sem ofensa, para Santa Cruz e, se não sabem onde é digo que é onde se encontra o "orioporto". Atão três Pulgas, três bicicletas, três capacetes, três casacos, três pares de olhos e dois pares a cuidar, sim, que Pulgas não são carneiros por isso não andam atrás uma das outras e por isso tenho de pôr olhos tipo radar... Parou-se o bólide no parque, pagou-se o "ero" para uma hora e beira-mar passear. Ai que coisa boa é passear à beira-mar ouvindo o barulho dos aviões com o sol a bater na cara e as Pulgas a tirarem o casaco e a avó a carregar! Parecia um bengaleiro! Sentados na esplanada nem demos pelo tempo a passar e passou tão rápido que ao chegar ao carro ementes mê senhor fazia o inverso de quando parou, ou seja mete bicicletas, mete capacetes...eu, rapariga dada a observar o redor vejo um papel na montra do carro. Ai, que

Decidi arriscar

Pintei as unhas de castanho escuro, coisa que nunca fiz pois sou rapariga de vermelhos, laranjas e cor de tijolo, mas aos sessenta resolvi dar um volta na cor. Castanho escuro oferecido pelos filhos, genro e nora e, claro, as Minhas PULGAS, no dia dos meu anos. Adorei a cor escolhida pela Madame (anterior Projecto)-nora que já vai sabendo os meus gostos e as minhas mudanças nos sessenta. Mostrei às Pulgas e a admiração foi total. "Preto no Natal!?" Ou, diacho, a cor das unhas tem algo a ver com esta época? De que cor se pinta no Natal? Vermelho?, perguntei. Resposta: Claro.

O pior é isto!

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E lá vou eu ter de deitar mãos. É como se diz ter-a-pia.

E perguntam vocês

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Querem saber como correu o dia de anos, é isso? Pois, a verdade é que correu, literalmente, com tanta velocidade que quase não o apilhava. E querem saber mais? Entendo, sei que sim. Ora bem... Tive umas surpresas bem boas. Desde a presença de amigos, família, compadres, comadres, primos e amigos de filhos até antigas glórias de profissão no conjunto éramos mais de sessenta pessoas para jantar. Tantos! Tantos e bons, tudo boa gente. Depois do jantar, eu a pensar que havia acabado a festa, vim para casa e estavam todos à minha espera. Caramba, não há coração que aguente. E comeu-se, como se não tivéssemos jantado. Até acordeão, braguinha e viola... Ah, e fogo de artifício que parecia o Fim do Ano... Estivemos a rir até às seis da manhã e para acabar em beleza ainda fomos à missa do Parto.  Bem, cheguei a casa depois das oito da manhã. Dormi depressa, assim tipo micro-ondas que tinha almoço em casa de amigos.

Venham cá todos, sintam-se convidados e...

....já agora que aqui estão, sentem-se à roda da mesa. Repararam no que está no centro? Aproximem-se do monitor, abram bem os olhos e que vêem? Pois, é isso mesmo. Um bolo. E quantas velhinhas tem, contaram? São muitas não são? Pronto, eu ajudo. São sessenta. Sessenta velinhas que equivalem aos anos que já vivi. São muitos? Eu sei! Mas são meus. E agora preparem essas vozes que vamos cantar os Parabéns à avoGi. Um dois três...começar acompanhado de palminhas, sim?

Um bem essencial à vida

Diz-se que a água é um bem essencial tal como o iogurte Mimosa (já agora não recebi nada por passar a publicidade), mas cá para mim os filhos são, sem dúvida, um bem essencial. Sim, claro, sem água não se vive, mas vive-se com sumo, café, aguardente ou outros líquidos, agora sem filhos ou longe deles ou ainda zangados com eles não sei quem sobrevive. E aqui lembro-me da minha mãe que viveu longe de mim! Eu não, os meus filhos são um bem muito precioso para viver sem eles. Não há no mundo dinheiro que pague a presença de um filho. Diferentes opiniões temos, que seria de nós se pensássemos de igual forma?, mas passar na rua por um filho e não lhe falar é de uma crueza sem igual. É o mesmo que deitar água a ferver...

Uma surpresa muito boa

E logo eu que dou um rim por uma boa surpresa, entenda-se surpresa agradável. Estava eu a viajar nas asas de Morfeu, deitada a lastro, cansada da vida e, porque os pais das PULGAS tinham um jantar, elas ficaram a dormir na "azavó", eu, rapariga dada a ver televisão, ontem fui mais cedo para a cama. Estava já sem aparelhos nos ouvidos, sem dentes, sem a perna postiça, mas com os óculos enfiados no nariz porque estava a ler as notícias, quando acendem a luz do quarto no mais intenso. Olho e vejo filha à minha frente, isto já era quase uma da manhã, a dizer que vão levar as PULGAS que o jantar acabou e assim levava a canalha. "Ai não faças isso. Eles estão a dormir tão bem!", disse. "Ah, mas têm de ser. Vou levá-los". Levanto-me para falar melhor ver melhor e ouvir melhor quando.... Entra o mê Bisalho e Madame (projecto)-nora! Ai que me dá uma aflição! Ai qué desta que salta o coração! Ai que coisa maiboa é ter no mesmo espaço filha, genro, filho, nora,

Meia aviada

Estou a modos que entre o todo e o princípio. No meio é onde está a virtude dizem, e é onde estou: a meio do percurso para a conclusão das prendas de Natal. Só falta um poucochinho assim... (E é aqui que coloco o polegar esquerdo quase a tocar no indicador também esquerdo dando a saber o espaço reduzido a que estou de ter todas as prendas no ponto.)

Hoje dei aquele passo

Quando a família/amigos precisam de nós há que reuniu esforços. Hoje foi um desses dias. Um passo daqueles gigantes para que alguém passa encetar uma longa caminhada. Um pequeno passo mas que é o primeiro de muitos que havemos de dar porque família/amigos destes há que preservar. Hoje foi, sem dúvida, um grande dia. Cá estaremos juntos para remar contra ventos e tempestades que surgem na vida. Mais dias iguais a este e eu rebento de felicidade, porque se estiver nas minhas mãos realizar o sonho de alguém sou capaz de ir até ao fim do mundo. E voltar ainda mais feliz.

Às vezes fico "oh!", admirada com tamanha inteligência

Eu supero-me, eu sei, a cada dia que passa fico mais bué-esperta! Para não dizer o contrário. Ontem andei aqui às voltas como cachorro atrás do rabo em hora de ponta porque as luzes do presépio não acendiam e, natal mais gostoso é com muita iluminação. Atão, como tava a dizer antes de me perder nos conformes, as luzes não acendiam e perguntei ao mê senhor, o entendido, a razão de tal escuridão. "Ah, e al e coiso tens de ligar o interruptor. Todos os fios estão ligados a um". Coisas de mestre electricista! Oquei, mensagem percebida. À noite, ao deitar, desligo o interruptor. E fez-se escuridão! Hoje de manhã vou buscar a minha "lambreta"(o m q tablete), e não estava carregado embora estive na tomada. " mas que treta (não foi esta que disse mas, adiante), esta treta (não foi esta...) não carregou!? Uá raio!" E perguntam vocês que neste momento estão de testa enrugada e a pensar mas onde está a relação?!, esta rapariga tá mesmo tonta!" Pois, darlin