Roupa roupa roupa
Este natal foi sem sombra de dúvida, o ano em que tive mais roupa. Tanta, tanta, que nem sei o que diga. Aliás digo que nunca havia tido tanta! Crise? Qual quê? Estou cheia. É na sola da bota é na palma da mão, é isso. O Pai Natal foi generoso comigo, caramba! Portei-me bem durante os doze meses do ano. Que remédio! Obrigada a todos os que contribuíram: o mê senhor, o mê bisalho, as Pulgas e os amigos. Sim, não posso esquecer estes, aliás, olhando bem, foram eles que mais colaboraram para acrescentar, para fazer crescer, a quantidade de roupa no meu roupeiro. Roupeiro? Isso queria eu. Mas não. Enganei-me! Na lavandaria, isso sim, mais precisamente, na cesta para lavar e passar a ferro. E Moi-Même que se lixe. Rás parta, a roupa devia ser descartável. E agora, olho para o pico do Areeiro (sabendo que me refiro ao cesto) que cresce, cresce, CRESCE enquanto coloco o cotovelo na mesa, a mão na cara, fecho os olhos e penso qual será o melhor dia para dar cabo dele. Mas já agora, q