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Cada macaco no seu galho

Aquintrodia ou melhor dizendo aqui há dias, estava eu na porta do sítio onde vou dar uns pulinhos e umas carreirinhas, juntamente com o resto do maralhal que frequenta o mesmo e cumprimento uma ajudante do infantário onde a mãe das Pulgas é docente. Cumprimento-a e a senhora ao meu lado que também a conhecia pergunta-lhe. -Ah, conhece a avoGi? Ao que ela respondeu: sim, claro, é a mãe de uma colega. Eu reprimi o sorriso pois que, sem menosprezar cada qual e qualquer profissão é digna de respeito vai uma grande diferença entre educadora e auxiliar, assim como também as antigas servas do hospital agora promovidas a auxiliares, certamente, se virem a mãe do médico não dirão que é a mãe de um colega de serviço ou estarei errada? Somos todos irmãos, lá diz a Biblia, mas não temos todos a mesma profissão para sermos colegas.

Pensei que era hoje...

...que ia colocar o edredon de penas na cama, mas não. Está frio, sim, mas não o necessário para dormir com penas de galo em cima do corpo. Este frio já lembra a Festa.

Hoje bateu-me uma saudade

Às vezes fico assim, não que eu queira, mas fico. A saudade bate no coração e relembro momentos passados com aqueles cuja presença física não se faz notar. Hoje é um desses dias, quiça, porque se aproxima o Natal, época em que se reune família e amigos e, esses que partiram deixaram um lugar vago que nunca será ocupado. A minha tia-velha, a minha comadre...esta então tem-me feito deitar rios de lágrimas e, a pergunta sem resposta mantém-se. Como? Como deixaste a doença te levar? Nem um mês viveste com ela! Como não percebi, neste mês, há um ano atrás quando nos encontrávamos para o café que estavas tão doente? Saudade, essa palavra que só existe na língua portuguesa mas que nos acompanha como o fado.

Não entendo, por isso peço ajuda os mais entendidos

Os piscas nos carros servem exactamente para quê? Para sinalizar é que não, se assim fosse o marmanjo que ia à minha frente teria accionado quando parou assim sem mais nem, ontem, tendo eu que adivinhar o que pretendia. E ainda põe-se a gesticular, o sacristo, "passa por cima" dizia ele. Por cima de ti? Nem morta. Se é um adorno o pisca que o ponha na ponta dos....e assim sempre lhe embeleza a cabeça. E resmungo mais umas coisas só para mim.

Que vício este!

É superior ao que eu desejo, é deveras constrangedor, mas não consigo parar de roer os sabugos. Basta sentar-me a ver televisão que começo logo no serviço. Funciona assim, eu ensino se quiserem seguir este (bom) exemplo. Primeiro sentem-se relaxadamente em frente à televisão, em seguida estiquem as pernas de uma forma confortável, depois procurem uma pelinha de um dedo qualquer à volta da unha que já esteja levantada, segurem, não a deixem fugir, com os dentes puxe-a de soquête, como diria a tia-velha referindo ao puxão, quando já está eriçada é hora de juntar o indicador e o polegar da outra mão e puxar até sangrar. É uma alegria vê-las espetadas e, aí sim é como gosto, deito logo mãos ao trabalho e nem dá tempo. Depois é contemplar a obra tal qual Miguel Ãngelo contemplava os seus quadros. E havia logo de transmitir este vício ao mê Bisalho. Se ainda fosse um bom vício! Mas ter as pontas dos dedos inchadas e vermelhas de tanto puxar peles é feio.

Hoje deu-me para falar de beleza

Dizem por aí que a beleza não está por fora ms sim por dentro, eu, rapariga do rural, pergunto: atão por que raio as pessoas mudam de visual? Se está por dentro, o que têm a fazer é mudar os interiores, ou seja os órgãos, mas não, as pessoas preocupam-se é com o que vêem no espelho e não no raio x. Isto a propósito do noivo árabe que, depois de ver a sua mulher sem o véu pediu pernas ao demo para fugir. Mal sabe ele que a rapariga em um bom coração que bate forte por dentro, ao invés da má cara e que até os pulmoões são saudáveis, bem como os rins e a bexiga e que tinha ali uma mulher com uma longa longevidade e, como não gostou da cara, nada como vê-la sempre às escuras ou de véu. Mas não, a beleza exterior pesou mais que o interior. Beleza a quanto obrigas!

A beleza é como um pêssego

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Por fora uma textura fina, aveludada de cor suave, um delicado sabor doce e fresco, um aroma delicado que, apetece trincar mesmo antes de o ter. Pêssego uma fruta saborosa e plena de vitamina C. Pega-se num e, à primeira dentada algo não está bem. Um sabor amargo enche a boca. O pêssego que por fora estava apetecível, por dentro está estragado, corroído, cheio de hematonas, pisaduras... E deita-se fora. Estou a falar de pêssegos mas a beleza enquadra-se bem nesta descrição. Conheço mulheres que bem podiam ser pêssegos. Fotografia: Pêssegos da casa da comadre da Covilhã. Obrigada, oh comadre, sim?

Mas todas as vacas são felizes

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Está provado que as vacas felizes dão um bom leite e, até se faz disso estandarte. Acrescento que pelo que sei todas as vacas que conheço são felizes e todas têm tetas cheias. De leite penso eu. E as cabras também não são felizes? E ninguém fala delas. Mal-injusto! Agora, o que eu gostaria de saber era se alguém já provou leite de vacas infelizes numa de poder relativizar.

Casa e descasa no mesmo dia.

Um noivo não gostou da cara da sua esposa quando no dia do casamemto a viu pela primeira vez e, logo ali, pediu o divórcio. Não sei que cara tinha mas, isto das mulheres andarem de burka tapadas dos pés à cabeça dá nisto. Este casal resolveu casar-se sem nunca se terem visto frente a frente, uma espécie de casamento à moda dos tempos da guerra colonial e, quando o fotógrafo pede para tirar o véu para uma fotografia é aí que o mancebo fica desiludido. Coitado! Esperava uma Claudia ou uma Angelina... Mas não entendo um coisa: durante o casório a manceba esteve sempre de cara tapada? Na Arábia Saudita é capaz de ser assim. Até no casamento vêem atravez das quadrículas da tapagem. E a noiva, perguntam vocês. A noiva desfez-se em lágrimas, pobre coitada que casou e descasou no mesmo dia. Há cada uma! Leiam tudo,  indo por aqui .

É preciso tê-los no sítio para dizer isto

"Se é o meu filho que está no vídeo da decapitação, então que seja executado" Peter Kassig foi ontem vítima da violência do ISIS. Num vídeo difundido nas redes sociais, os terroristas do Estado Islâmico decapitaram o norte-americano. Mas nestas imagens apareceram mais pessoas e nela surge, alegadamente, um estudante de medicina, oriundo do Reino Unido, de nome Nasser Muthana. Hoje, em declarações ao Telegraph, o seu pai diz que se provar que é o seu filho este deve ser executado. E eu pergunto: O que leva um rapaz, estudante, a tornar-se um assassino a soldo de uma religião? Onde é que, durante o seu crescimento, houve uma quebra de valores? Onde é que os pais erraram, se erraram! Tantas perguntas que faria aqui, mas, certamente, não obteria respostas, estas só mesmo o rapaz. Agora, eu não teria coragem de dizer a frase que o pai disse.  Por muito que seja, c'um catano, é  filho.

Há quem não saiba o que isto é

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Eu e devoro assim um "quilho" delas. É uma na boca outra na mão. Que coisa mai baua!

Corijam-me, se estou errada

Para evitar birras, melhor dizendo, para evitar má educação, entre irmãos dá-se um telemóvel a cada e assim a família viaja de carro em paz e sossego? Mas antes passa a vergonha de ter filhos a lutar, a espernear aos berros chamando o pai, num puxa e empurra para tirar o que a outra tem nas mãos, porque toda a vida foi assim, as crianças sempre querem o que a outra tem. E, antes que lutem por um telemóvel o melhor é dar um a cada uma. Egoísmo a cem por cento. É a imagem que a Vodafone está a passar com este novo anúncio e, digo, crescem-me cabelos no céu da boca quando o vejo.

Tá tudo louco?

Como é possível esquecer uma criança de três anos num autocarro escolar? A quem imputar culpas? Mas não percebi muito bem a notícia. A criança ia para a escola, com três anos, sozinha, num autocarro sem supervisão?! Não entendo. Sinceramente.

Para mim tanto se me dá como se tira

Falo do chocolate. Já aqui referi que não me deito em troca de uma barra de chocolate. Sou eu, o mê Bisalho e a Pulguinha - a Baixinha nós os três não vamos à bola com ele, por isso, não me arrefece nem aquece uma barra ou um gomo. Agora, há sempre excepções e, aqui vou ser parva ao dizer isto mas, não gosto de chocolate e adoro cacau. Uá, ca coisa parva de se dizer! Sou estúpida, não sou? E o que malembra a Festa é, nem mais nem menos que, uma caneca de cacau, logo na manhã de Natal antes de abrir as prendas que o Pai Natal traz.

Fim de semana prolongado na casa da avó é a loucura.

Os pais das Pulgas foram dar uma volta até Londres e as crianças ficaram comigo, uote else? Foram uns dias de felicidade, brincadeiras, sestas não dormidas, cama a altas horas, enfim...a alegria delas. E minha. Hoje, quando eu lhes disse que a mãe ia chegar, uma ficou contente, "yep" outra rematou logo: "JÁááá? Quer dizer que vamos para casa?" Isto acompanhado com uma cara de mete nojo.

Ela já cá está

Veio e não sabe o caminho de volta. Desde sabádo que cai, mas não está frio, antes pelo contrário. Nada de mantas, nada de chocolates quentes nem botas de esquimó. Deixá-la (como se diz por cá), há-de se fartar de cair... E o sol brilha lá fora e mangas curtas a passear...

Vou ali ver se a cama está no sítio

E como está vou mazé dormir mais um bocadinho que este corpo não vive a levantar-se com as galinhas, mas também não se deita cus galos, bem, deitar até se deita, mas com um que canta toda a noite. Por isso, depois de ter posto as Pulgas porta fora para mais um dia de escola, eis que eu, aposentada da função pública, vou ali pós lados do quarto de dormir e... Até já, trabalhem muito que este Portugal precisa de gente activa.

"O meu filho, de dois anos, só come a brincar com o tablet"

O meu comia mas era um par de palmadas naquele rabo, disse eu, em voz baixa. E o ar de felicidade com que o papi disse isto, deu-me mas foi uma volta no intestino. Dois anos e já com tablet? Dois anos e dependente dos jogos? Será que o crianço já se lembrou de jogar o aparelho à cabeça do pai quando não gosta da comida? Uá mãe, que vontade mórbida de chamar chamar uns nomes ao pai. Mas serei eu uma cota retro que acha um desperdício dar a uma criança de dois anos um tablet? E porque não uma mota para o rapaz quando não quiser comer dar uma volta e colocar o papi a correr de taça na mão pelo caminho acima? Já disse que sou cota retro, não já?

Coisas do arco da velha!

Uma idosa de 91 anos, polaca, foi declarada morta e onze horas depois, os funcionários da funerária aperceberam-se que o saco, onde o corpo se encontrava mexia (aqui eu pedia pernas ao demo para fugir!). Foi do género:" levanta-te e anda", a velhota voltou a sua casa sã como um pêro, quiçá, a precisar de uma boa vodka. Mais um morto-vivo. E diz a médica que declarou o óbito que ela estava bem morta. E eu digo que ela estava bem enganada!

Mas que rica ideia!

A minha neta de seis anos, a Baixinha como eu a chamo, tem um humor fora do vulgar e umas ideias um tanto ou quanto espatafúrdias. Ainda há pouco numa conversa sobre carta de condução dizia-me ela. "Quando eu for grande não vou tirar carta de condução". "Mas porque razão" -  perguntei eu. "Ora, avó, eu roubo uma carta de condução de alguém e colo a minha fotografia".

Londres, o quanto eu fui feliz!

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 Há quem tenha dado um saltinho por esta altura até lá, e, se há cidades dignas de se visitar no Outono é esta mesmo: Londres. Londres tem folhas no chão espalhadas pelo vento, Londres tem o frio característico, Londres tem as batatas quentes e milho doce em barracas espalhadas pelas ruas, Londres tem cheiros típicos do aglomerado de povos, Londres é o lugar onde o delicioso cheiro a especiarias se confunde com o nevoeiro. Mas Londres também tem o sol de Outono, sem calor mas brilhante. E o Portobello! Ai o Mercado de Portobello, o quanto eu fui feliz deambulando pelas ruas de nariz aberto a inspirar aquela miscelânea de odores! Londres é, por assim dizer, a cidade que não escolhi para viver! Fotografia: Portobello Road Market, 5 Março 2011

Lumber...quê?

"Os lumbersexuais definem-se por terem barba, usarem camisas de flanela aos quadrados e apresentam uma espécie de desleixo que dá a sensação de que estes acabaram de vir do meio da floresta." E tomam banhinho só ao domingo ou não? Asssim tipo homem das cavernas. A modos que os metrossexuais passaram à história. E, digam-me, aqueles que fizeram remoção definitiva dos pelos, agora vão implantar, é isso? Leiam , se quiserem, não obrigo ninguém.

Será que os vistos Gold vão dar pulseira de metal na perna?

Tanto se empolga o povo quando é descoberto mais um caso de corrupção e batemos palmas e pensamos que sim, a justiça tarda mas não falha. Mas depois... Passa o tempo devagar nem é dia nem é hora... E só gostava de saber em que loja chinesa é que estão os tais dez postos de trabalho. As que conheço nem um português tem.

Maldigo este vício que tenho

E não há maneira de emendar, e não me digas não faças, modera-te, antes de fazer pensa que, o diacho está intrincado em mim e sendo eu mulher de quase sessenta não há remédio, não aprendo novos hábitos nem desaprendo os velhos. Ainda há pouco vi uma mancha vermelho escuro nas calças, oh, não! Esta coisa não!, não fosse voltar a ter aquilo mensal, deus me livre e e guarde de tamanha treta, antes cabra toda a vida. A mancha era de beterraba, sim, tinha acabado de cortar rodelas e, comme d' habitude, limpara as mãos nas calças. Mas que cagaço apanhei!

Alguém vai a Paris?

Não vá, anda por lá um tigre à solta. Diz o CM que a polícia continua nas buscas do  tal felino que foi visto no parque de estacionamento de um supermercado. Caramba, já não se pode ir às compras? Deve pensar o tal tigre.

Eu digo estas e outras

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E o meu tio - o Cambado também, principalmente, quando alteia a racola.

Com netos destes...

O mê Gu-Gu já sabes escrever o seu nome em maiúsculas com letra de impressa, e identifica as letras (nome e o respectivo som). No nome dele há um R e um P, e ao escrever faz, ainda, alguma confusão. Atão, há dias, dizia à mãe já saber a diferença entre eles. É que o R é o P com uma pilinha. Como não rir com saídas destas?

Hoje descobri

Que estou a ficar com duplo queixo. Com papada, prontes, já disse. Por isso, meu pipol, se me virem pelo caminho abaixo com nariz de confiada, ou seja empinado, não julguem que estou a ser emproada ou a me fazer de fina, não, é para disfarçar a dita coisa pois que, é quando vou de olhos postos no chão que piso que fico assim a modos que Churchill. O meu medo é ...pisar titica de cachorrro ... Ou melhor dizendo: boseira mole. Bosta.

Aos meus queridos anónimos deixo este poste

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Que se faça luz nas suas cabeças.

Oh, a sério?! Não me digam!

Li que "o mau comportamento das crianças é fruto da educação dada pelos pais desde o berço", diz Luís Maia, psicólogo e pergunto eu, professora aposentada, se era necessário uma investigação para se chegar a esta conclusão? Quilhos de tempo, quilhos de dinheiro, e a resposta está ali, no berço. A educação começa no momemto do nascimemto. E digo, os filhos tornam-se para os pais um recompensa ou um castigo segundo a educação que recebem, li esta frase e assenta que nem milho. Pronto, não sei o que me deu, se foi jeito no dormir mas hoje tirei o dia para falar de crianças... Mas era preciso um estudo? De pequenino é que se torce o pepino.

Bruxo! Há canos eu digo isto

"Demasiadas horas na creche afectam crianças" é uma das notícias de hoje do Jornal de Notícias, e não é necessário um trabalho exaustivo do estudo de caso para se chegar a esta conclusão, basta ser humano, basta colocar-se na pele da criança. Bem sei que, presentemente, a vida profissional é exigente, há que fazer mais horas e mostrar resultados, o brio profissional, o esmero são factores que condicionam uma promoção. Mas, e os filhos? Os filhos são o elo mais fraco, o sítio por onde quebra. Dez horas num berço a olhar um mobile que se move é frustrante até para o ser mais forte do universo. Leiam, aqui , a notícia completa. E, pronto, hoje deu-me para falar de crianças.

The Voice Kids vs exploração infantil

Sou só eu a achar que é um martírio para as crianças este programa? A pressão a que estão sujeitas é uma situação indutora de tensão e ainda saem do programa com historial de doença cardio-vascular. Eu até choro com eles em solidariedade ou porque sou chorona ou ainda porque as minhas "armonas" de meia idade são sensíveis à exploração infantil. Digam-me que estou a ver para além do que é, desenganem-me que eu aceito. Não estamos diante de um caso explicito de exploração infantil?

Salta-me logo a brotoeja

Oito e meia da noite, de uma bela noite melhor dizendo, entro na padaria a fim de mercar o alimento para a matina e que vejo? Vejo crianças a lanchar. Sim, criancinhas de seis anos de mochila às costas, sentadas à mesa com um copo de leite com chocolate, um papo-seco com queijo e fiambre, mais um bolo de chocolate. E eu pergunto: oito e meia não são horas de jantar? Ou será que estão a jantar? Não sei porque razão me preocupo, não são da minha família, não tenho nada a ver se jantam, lancham ou o caneco, mas na minha maneira de ver entendo que a esta hora se deve estar portas adentro sentados à mesa com a família a comer tudo menos um papo-seco com leite achocolatado e um bolo.

Madeira perto do trópico

Não há no mundo maior felicidade, maior orgulho como este que tenho em viver perto do trópico. Viver numa ilha tropical com um clima fantástico, uma temperatura de água do mar de tal forma amena todo o ano, frutas deliciosas dá-me uma verdadeira alegria. É um paraíso na terra. A sério. Ainda ontem à noite estava eu de mangas curtas a comer o bacalhau, a ouvir o meu querido Vasco a cantar...(Vasco é assim a modos que o Marco Paulo ou Tony Carreira cá do rural), sentada no adro da igreja em amena cavaqueira com família e amigos ali perto da meia noite. É com tamanha vaidade que digo isto. E, neste momento, tenho o sol, essa maravilhosa fonte de calor a bater-me nas pernas. Não quero com isto fazer inveja, mas é somente a vaidade de ser ilhéu. Uma ilha privilegiada do Atlântico onde se deveria exportar o que melhor temos: o clima.

...Ariu...e aralho...(poste mal-criado)

Não, eu disse a frase toda completa aquela que começa com pu e acaba em ariu, depois de dar uma valente cabeçada ao entrar no táxi que me levou ao aeroporto. Vou a entrar e alevanto os cornos de repente, perdão, a cabeça e, dou uma cornada...perdão, cabeçada na porta ao mesmo tempo que a pancada me empurrou para o chão ficando eu em posição de defecagem. O taxista até arregalou os olhos perguntando se me magoei. - Cá nada! - respondi para não dar ar de fraca, mas mentalmente só dizia: pu....ariu! E o aralho também veio de seguida quando passei a mão pela cabeça! As lágrimas, essas biteches, teimavam em correr, mas não deixei é que, não havia tempo para as apanhar...por isso reprimi. Ariu...e chegando ao aeroporto ainda eu dizia: ariu e aralho! E, agora, neste momento disse novaamente pois acabei de passar a mão nos cornos! Perdão, cabeça. Eu assim comássim também digo palavrões

Isto sim é boa vida! Ah, depois de hoje podem falar de Natal

Véspera de São Martinho e, a partir de hoje, contagem decrescente para a Festa. Mas nada como chegar ao meu rural e ter já um convite para comer o bom do bacalhau, com quilhos de manteiga d' alho num bolo do caco. Isto sim, pipol é vida. E nem digo mainada, tá bem? Canão inda ficam a salivar...

Desta forma não chego longe

Mas que fim de semana, podem crer, daqueles que não deixam saudades. Depois da saga da mala, do carro que não pegava, da chuva copiosa que caía ainda tive mais uma facada nas costas. Chego a casa e, olhando o relógio comprovo que sendo dez e um quarto e, as lojas fechando às onze no Parque Nascente, não dava margem para compras. Assim, não houve remédio senão jantar. E é aí que vejo as horas no relógio. Dez horas. Dez horas, como pode ser? Se já tínhamos empurrado o carro pelo caminho abaixo e gasto tanto tempo nesta treta, como pode ainda ser dez horas? O tempo anda para trás? Não ... Mas porque não me avisaram que a hora tinha mudado ementes eu não estive cá? E porque não me disseram que o relógio de parede não atrasa uma hora sozinho, hã? Que fim de semana atribulado! Tudo junto dá uma sopa minestrone!

Ora, adeus que me vou embora

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Que mimbora vou. Vou daqui pra minha terra que desta terra não sou.

A reter: Primark num domingo às cinco da tarde nunca na vida!

Mas quem no seu perfeito juízo se lembra de ir à Primark, num domingo, perto do natal (prontes, lá tou eu a falar do Natal), pelas cinco da tarde, de um dia frio de Novembro. Quem? Eu, claro! Não havia lugar nem para uma formiga! Filas intermináveis para pagamento, filas como daqui até Bagdad para os provadores, filas e filhas a correr, pequenos a berrar cheios de sono, pequenos em carrinhos mais as compras dependuradas nas manetes a esbarrar em toda a gente. Não é sítio para mim, a minha condição, o meu estatuto social há que mantê-lo a todo o custo. Jamé, jamé. Je e muá-méme enquanto nos lembrarmos das cotoveladas, dos encontrões, das pisadelas nas lindas pernas nos metemos na loja do shope pelas cinco da tarde num domingo, perto do natal. Vou sim mas às onze menos uns minutos quando a canalha dorme, quando os carrinhos de bebé repoisam atrás da porta, quando as mamãs estão a dar de mamar aos crianços, quando as adolescentes estão adormecidas em cima da cómoda escolhendo o outefit

Se me dão licença vou ali à Primark

Recuso-me a falar de natal, recuso-me a aceitar este natal antecipado com que os shopes e os comerciantes, numa ânsia atropelada nos impingem, mas... Quem, como eu, vive numa ilhota aproveita o natal antecipado quando sai da sua zona de conforto. E é o que vou fazer já de seguida. Meter-me no "barato e bom" e atestar a cesta com algumas prendas de natal. Prontes, lá disse a palavra "natal" em Novembro, umas poucas de vezes neste poste, numa perspectiva de convencer-me. Portanto, se me dão licença, vou ali e já volto.

Mas ele tem um humor inconstante

Estas mudanças de humor do senhor São Pedro deixam-me escadeirada. Julgo que ele está a entrar na menopausa. Isto de num dia levarmos com baldes de água e noutros sol de rachar pinhas deve-se às suas hormonas. Ou à incontinência, sei lá! Mas, amanhã se o vir à porta do céu quando resvalar por lá pode crer que vou mostrar-lhe a língua e mandá-lo plantar semilhas. Não há cabeça para aguentar estes humores incontinentes.

E isto ainda não terminou! O mundo virou-se contra mim.

Depois da saga da mala no aeroporto, que contei ali no andar de baixo, nada como ter de empurrar o ponto vermelho, pela rua abaixo devido a não ter bateria. Atão mê senhor coloca-se em posição de ataque, que é como quem diz rabo espetado mãos em cima do porta bagagem do bólide e eu, madame, com as unhas cravadas no guiador, acelerava pelo caminho abaixo até que via o mê senhor grande pelo retrovisor e depois já só o vi mais pequeno cumaformiga achei de guinar para a direita e.. Vai-se abaixo, o estapilha dum raio que o parta! Espero pelo triste do hôme que estava à chuva, manga curta, sim, cagente veio-se do trópico e lá o sol brilha até à meia-noite e um quarto. Mas o diacho não vinha. Nem vinha nem o carro ia. Dava a mise e ele não ligava, nem fechava vidros nem andava. E o hôme não aparecia! Saio do carro e tento passar por entre a chuva sem me molhar, mas não consegui. E tinha ido ao cabeleireiro. Shite! E o hôme não vinha! Até que aproximou-se a tiritar a bater os dentes de f

Epá, como o gelado

Mas que poça é esta caté me faz falar tipo lisboeta. E sai epá como o gelado mas não me refiro a isso. Refiro-me sim a este tempo por aqui neste penico do norte, que se chama Porto. E perguntam-me o que vejo da janela? Não vejo nada, nadinha é ca chuva é tanta que me molha as lentes dos óculos. E tenho frio, tou assim a modos cas velhas com um xaile em cima dos ombros. Tá frio, pá (novamente a falar à lisboeta, chiça...) E saber que no meu rural estão todos de bico aberto a bufar ondas de calor, até me aperta os calos.

Só faltou vomitar quando vi isto!

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E o Norteshopping está pronto a receber o Natal....em Novembro. Eu, se fosse frequentadora asssídua deste shope, em Dezembro já rabiçava galhos de azevinho, lãmpadas, espiguilha, neve e o Menino Jesus vinha por acréscimo. Só não rabicei porque reprimi. Mas deu-me engulhos, como se tivesse prenha. E continuo esperando o dia de comer o bacalhau assado e contar a lenda de São Martinho.

Um susto do tamanho do aeroporto.

Malas iguais dá azo a que se confundam e foi isso que aconteceu ontem. Ao chegar ao aeroporto do Porto, depois de uma viagem para lá de agradável, agarro na mala que, por sinal era a única no espaço por cima das cabeças e ala que faz-se tarde e chovia, como sempre, aqui, neste penico do norte. Pelo caminho mê senhor, para vestir a camisola deixa cair a outra, que ficou mais molhada que um bisalho, e já ia esbaforrido. Chegando ao tapete rolante esperando pela mala de porão, ele,  homem previdente como daqui até Bagdad, abre a que eu trouxe para tirar o porta-moedas, quando... Oh, mas o que é que enfiaste aqui?, pergunta à rapariga ao lado dele, que por sinal era eu, e eu, que não tinha metido Cd,s olho esbugalhada para ele. Hã? Cd,s?! Mas o que é isto? E isto? Oh, raio, esta não é a nossa mala! E pede pernas ao diabo para correr,  sei lá para onde, procurando a sua mala que, como eu lhe disse, até podia estar a caminho de Paris, uma vez que o voo seguia viagem. Nunca o triste do hôm

Se eu tivesse um buraco metia-me

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- Mãe, olha uma Barbie. Foi desta forma que uma criança de três anos alertou a mãe para mirar uma rapariga alta, de cabelos compridos louros, calças pretas justas, sapatos de salto bem alto com correntes à roda, boca pintada de vermelho e uma blusa esavoaçante que estava na fila do balcão do check in. A mãe do crianço arrebata-o antes mesmo de ele voltar a dizer a mesma frase, mas não chegou a tempo. - Mãããe, olha uma barbiiiiiiie - como a mãe não fazia caso, ele puxava -lhe a saia e apontava. A mãe puxa-o para a frente, numa tentativa de distraí-lo para que não repita, mas ele continuava firme e hirto. A barbie fez de conta que não percebia o que ele dizia. Mas foi só ela.

Isto sim é um homem, caramba!

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E, além disso, sincero. Merece estar lá, desejo que por lá fique e que nunca lhe falte o jantar com fatias de estricnina. Sossego.

Lindo, como só ele!

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Uma conjugação perfeita.

Onde andas tu, mulher?

Ora bem, ando a fazer tempo. A respirar ar puro, a olhar a malta debaixo da placa do uifi (como diz o funcionário da tasca), ando também a olhar o céu a ver as nuvens, a espairecer os pensamentos, em suma, a mentalizar-me que daqui a pouco tenho de me meter num grande pássaro e voar...

E, por favor, não falem em Natal

É que o São Martinho ainda não chegou. Temos, ainda de provar o vinho e a água-pé, comer o bacalhau assado, as castanhas e as nozes, depois, falemos de natal, pois então! E que venham os perús, as prendas, os enfeites e a iluminação mas... ...Uma coisa de cada vez, é o meu lema há muito tempo. Nada de atropelos, e sim, o natal é a época que mais adoro, pelo espírito familiar que envolve, mas só em Dezembro, e senhores ainda é Novembro, lembrem-se disso. Falemos, então de São Martinho e do seu verão.