Ele entrou de mansinho na minha casa
Acordei com o toque da campainha. Pensei: " ah, é o carteiro. Que deixe as contas a pagar na caixa, não me levanto". Continuei na sorna do calor da cama mas a campainha voltou a tocar desta vez com mais persistência. Levanto-me admirada pois que não esperava ninguém e o carteiro não toca duas vezes. Vou à janela e assim sem a abrir olho para a rua. "Mê Dês, é ele! Não pode ser! Eu que lhe pedi para não me acordar quando chegasse, pois tem a chave da porta. Porque não entrou de mansinho!?" Fiquei atónita. O mê senhor acabara de sair e quase que se cruzavam! "Será que se cruzaram?!", não parava de pensar! Passo pelo espelho ajeito o cabelo, com os dedos polegar e indicador limpo o excesso de baton e comprovou se a roupa é adequada para o receber. Desço as escadas de dois em dois degraus, sem cair, e corro para lhe abrir a porta. Há uns tempos que não nos víamos, a saudade apertava... Chego perto dele e de braços abertos disse: "entra, estava à tua e