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Estas Pulgas!...

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Vou eu buscar a Pulga (a mais velha) ao colégio e antes de pôr o pé na rua olho o espelho a fim de obter a prova final, a aprovação. Achei-me bem: calça de ganga, túnica, cinto por cima, lenço à cabeça, em modo de peixeira e : - estou bem, assim?  - pergunto a Moi-Même . Em resposta abana com a cabeça como que a dizer: estou mesmo aqui para te aturar! E vou. Logo, mas logo que a Pulga me viu, parou. E ainda antes dos preliminares beijos e abraços de olhos abertos, admirada, sem se aproximar de mim, a modos que envergonhada, exclama: - Avóóóóó, vieste de chinelas!? Eu até pensei, quando a vi admirada, que tinha um pêlo na cara, ou pintado os lábios até ao nariz, borrado os dentes, ou as cuecas de fora, sei lá, mas não, era tão somente as chinelas de andar em casa. E fi-la passar uma vergonha!  E foi a maneira de toda a gente ver as minhas chinelas. Fotografia: Eilhas , as chinelas da vergonha.

Globos de Ouro

Pensei para mim e como gosto de falar com Moi-Même (a minha empregada francesa) àcerca de tudo o que me vai na alma, aliás, ela é a única que me entende na perfeição, e, como estava a dizer, e vou continuar antes que me perca nas divagações, dizia eu a Moi-Même que tenho de pensar no vestido para o casamento do mê bisalho (em Setembro, já disse). Atão não é que ela dá-me uma ideia genial? Aliás, ela é um génio em ideias rocambolescas. - Olha lá, porque não te alastras no sofá e vês os Globos de Ouro? Podes ser que tires ideias para o vestido. E lembra-te, tens de entrar na igreja pelo braço do bisalho tens de ir suprema! Sentei-me eu e logo de seguida ela também, se abuseirou-me ao mê lado e cada vestido que aparecia ela franzia o focinho. Olhava eu para ela, de esguelha, e nada. Nenhum ela aprovou, uns eram muito decotados mamas quase ao léu, outros muito compridos, outros costas aos vento. Mas de uma coisa tenho a certeza. o limão é que tá a dar. Vocês acharam assim um trapinho

Ai que vergonha! Se tivesse um buraco metia-me!

Precisava de ir ao supermercado, mas não tinha pachorra de me vestir, quer dizer, com uma roupinha decente para sair. Diz-me   Moi-Même : "Olha lá, vai assim que não vais encontrar ninguém conhecido!" E eu, tenho a opinião dela muito em conta. As Pulgas estavam cá e também não tinham roupa para sair. Mas não ia deixá-las em casa a cuidarem umas das outras, não é? Entonces, no hay que temer,  como dizem os ingleses, e metemos  botas a caminho que já era noite escura, em modo pacote económico e familiar. Avô com um carrinho e as Pulgas metidas dentro, como se fossem mercearias, avó com outro para as compras. Assim que começo a andar pelos corredores, bumba , encontro uma blogueira cá da urbe. Beijinhos e abraços, conversa para cá conversa para lá, mira acima mira abaixo e eu   envergonhada. Safei-me, com a desculpa que tinha pressa, dou mais uns passos mais uma conhecida.Caramba! Até na saída estava mais uma a entrar. Shite , nunca mais, mas mesmo nunca mais, e   croce mai

Definitivamente...

...O Inverno para mim acabou. Na cama já não estão os edredons,  mas sim as colchas de primavera. Irra, esta noite pensei que afogava na minha própria transpiração. E punha o pé de fora e outro pé, depois o braço e outro braço, tirava o pé alternava com o braço, desabafava a cabeça. Depois água, pelas costas. Chega! Ináfe (inglês) disse para Moi-Même, vamos tirar o calor da cama, vamos? Vamos torná-la mais aprazível? E esta manhã, deu-me a fúria descontrolada e tirei o  edredon;  fui à cama das Pulgas e fi-la também para  a primavera. Agora se calhar vou bater queixo esta noite!

Esta tarde transpirei

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Porto com temperatura agradável. Eu e Moi-Même resolveu-se andar a galope dos sapatos. Pega na chave do carro embico à Batalha. Páro num parque, e ponho-me a tirar fotografias. Desço uma escadaria - Escadas do Guindais, sobranceira à zona da Ribeira. Vou até à Ponte Dom Luís que como boa turista vou sempre lá e resolvo subir por onde desci. Alma pela boca fora juntamente com os pulmões que a tosse teima em expelir. Olho para uma janela acima de mim por detrás de uma guita cheia de roupa e pergunto a uma velhinha. - Olhe, senhora ainda falta muito? - Minha rica menina...(ai até sorri com o elogio, devia ter falta de vista, não viu as rugas)...ou então falava com Moi-Même, sim que ela dá tanto creme para precer mais nova que eu) chegando ali - e apontava para um cotovelo nas escadas (e eu a pensar chegando ali.. é o fim!) ainda falta metade. Ai valha-me todas as almas do Purgatório, eu morro antes de chegar ao carro! Parava, subia, espirrava, tossia e assoava-me. É que p´ra baix

Pulgas e Moi-Même uma combinação perfeita

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Domingo de tarde. Hora de dormir. Vamos todas...(bem, todos, que tem um macho e por isso não devo dizer: todas), refaço então, vamos todos para a cama: Pulgas, eu e Moi-Même (já sabem, a tal empregada). Gu-Gu salta logo para junto da parede, de seguida Pulga, eu e Moi-Même  e a Pulguinha a fechar o quarteto. Estávamos no bem-bom, quando eu, que já estava mais para lá do que para cá, digo para Moi-Même , baixinho, para as Pulgas não acordarem. - Vou levantar-me. Vens? Temos coisas a fazer e dormir de tarde é um luxo. - Não. Fica mais um pouco, está tão quentinho! - diz-me ela agarrando-me na manga da camisola, quando eu começava a levantar-me. - Não posso, vamos lá. Anda comigo. - Ai, que chata és!.... Caramba!... Está tão bom aqui, fica e ouve o respirar das Pulgas! Sosseguei um pouco a ouvir o resfolegar de uma, mas, os olhos começavam a fechar... - Chega, basta, ináfe , (até falei em inglês!) - digo já aborrecida por ela me contrariar...sempre. Ela vira-me o rabo e enco

Qualquer dia tirando hoje, despeço Moi-Même

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Eu bem queria tirar este botox que tenho enfiado entre o peito e o baixo ventre que mais parece uma bóia (que foi metida no Verão ainda não foi tirada). Sabem, li muito sobre as mulheres que colocam botox na cara para atenuar as rugas, olhem, eu, nem precisei de ir ao Dr Robert Ray ,em Beverly Hill nem ao programa Dr 90210. Insuflei, assim ao som de um clique, mas não na cara. Na barriga. Cresceu. Como um cogumelo com chuva.  E agora? pergunto eu. Deixo esta bóia? Ou tiro com uma lima. Limar, limar até desbastar. Perguntei a Moi-Même (a empregada francesa) quando de manhã me mirava ao espelho, e ela, de braços cruzados, sem nada fazer (mas com tudo por fazer) se resultava se passasse uma lima. Sabem a resposta dela ao olhar para a minha bóia, quando eu tentava apertar o cinto das calças? "Senhora, lima não vai resultar, é melhor usar... um limão.  Aquela ...vaca! Fotografia:  Madalena do Mar, Madeira.

Roupa roupa roupa

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Este natal foi sem sombra de dúvida, o ano em que tive mais roupa. Tanta, tanta, que nem sei o que diga. Aliás digo que nunca havia tido tanta! Crise? Qual quê? Estou cheia. É na sola da bota é na palma da mão, é isso. O Pai Natal foi generoso comigo, caramba! Portei-me bem durante os doze meses do ano. Que remédio! Obrigada a todos os que contribuíram: o mê senhor, o mê bisalho, as Pulgas e os amigos. Sim, não posso esquecer estes, aliás, olhando bem, foram eles que mais colaboraram para acrescentar, para fazer crescer, a quantidade de roupa no meu roupeiro. Roupeiro? Isso queria eu. Mas não. Enganei-me! Na lavandaria, isso sim, mais precisamente, na cesta para lavar e passar a ferro. E Moi-Même que se lixe. Rás parta, a roupa devia ser descartável. E agora, olho para o pico do Areeiro (sabendo que me refiro ao cesto) que cresce, cresce, CRESCE enquanto coloco o cotovelo na mesa, a mão na cara, fecho os olhos e penso qual será o melhor dia para dar cabo dele. Mas já agora, q

Vamos lá a ver se nos entendemos

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Eu e Moi-Même andamos às turras. A saber, Moi-Même é a minha empregada francesa. Eu faço tudo certo e como deve ser feito. Ela faz tudo à pressa e mal feito. É uma atabalhoada. Há coisas que ela faz na lida da casa que eu, por ser perfeitinha como só Deus sabe fazer, não faço. Atão andamos as duas à luta. De língua, sim, que desta forma ninguém me ganha. Oiçam agora e depois dirão se tenho ou não razão. Quem, no seu perfeito juízo, no uso de todas as faculdades mentais, mete um saco de alface, das frescas, no congelador? Quem? Só Moi-Même. Eu seria incapaz de meter uma bela duma alface no congelador! Mais grave, ao lhe perguntar se tinha sido ela, pois que nestas artes é madame encolhe freneticamente os ombros, a imitar um ataque "hipopilhético", levanta os braços, e roda a saia como se estivesse a dançar o vira.  "E lhá foi-se um saco de alfaces pó maneta." Ai Moi-Même, Moi-Même , tu dás-me cabo do canastro! Alfaces no congelador! Só tu! Fotografia:

E saibam que...

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...A solução era tão, mas tão simples! E andei às voltas do malfadado blogue...e pensei assim cá comigo que Moi-Même não veio e por isso falo comigo mesma: "Tonta do cão (isto sou eu a falar com eu), atão era preciso fazeres um blogue novo, sua badalhoca?  "Claro que não", respondi baixinho para que o Gaspar - o dom gato do bisalho, não pensar que sou ou estou tonta! E foi tão simples! Bastou mudar o link do blogue. Antes era: avogi.blogspot.com. Agora é: avogieaspulgas.blogspot.com. E... tá claro! Tão claro como a água da fonte! Quem sou eu sem as minhas Pulgas?  V ualá , estou novamente no meu antigo. E agora ando eu a deixar o linque nas capelas por onde rezo.

De um dia para o outro eu sou a salvação

O defunto Rendimento Mínimo Garantido e renascido Rendimento de Inserção Social deve ter acabado para  muitos portugueses? Isto porque as minhas vizinhas, que vivem num bairro social perto da minha casa e que passavam todo o dia pela minha porta, secando as unhas de gel, rindo a bandeiras despregadas,  mostrando o telemóvel topo de gama, oferecido por quem trabalha (e dizem elas que é o Senhor Governo que dá o dinheiro) assim como quem vira um disco tudo mudou e de repente as idas e vindas ao café escassearam. Elas, que antes viajavam em bando pelo caminho chão até ao café; elas, que não cumprimentavam cá a senhora da casa, ou seja eu e Moi- Même quando estávamos no quintal a: lavar, varrer, limpar, escafiar, de um momento para outro é só sorrisos, bons-dias, tá boa; eu, que sou delicada ainda cumprimento agora Moi-Même, essa roda a saia e continua a varrer. Agora é só sorrisos, mas sorrisos daqueles que vão de um lado a outro; elas, que antes viravam a cara assim que me viam, a

E hoje à noite já não serei eu, mas outro eu

Esta manhã acordei com o tração no rabo, ou melhor irritada. Assim que abri estes lindos olhos cor de avelã (isso queria eu, mas são verdes como a terra) levei logo a mão à testa: "caramba! Hoje é o dia de ...limpezas!" Não, por favor, calendário volta pa trás como o tempo e traz-me a vaca...(se choca com a boa-educação substituam por vaquinha) da minha empregada francesa: Moi-Même . Essa vaquinha "desabandonou-me" na altura em que mais precisava dela, a ... bem, já disse  vaca, não vou repetir. Faz-me tanta falta, mesmo sendo uma preguiçosa duma imigrante ilegal e só de lembrar que fui eu a causadora da sua repatriação! Volta e vem fazer as limpezas tão bem feitas como só tu fazias, além de dormires com o mê senhor e fazeres outras limpezas. A do meu dinheiro, por exemplo, limpaste-o bem, esfregaste as notas com tanta genica  que desapareceu devido ao excesso de tempo em que esteve de molho na água. Eu bem pensei que guardar debaixo do teu colchão não era se

Oh, céus!...Já tou farta do verão!

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E ainda hoje começou. Não, nada disso, eu adoro o Verão. Almoços no quintal, churrascos na serra, pôr-do-sol lá para depois das nove, tardes compridas, calor de tirar a pele, lesmice, pasmaceira, moleza. São os frutos de verão: nectarinas, pêssegos, cerejas, dióspiros (que hoje já avançou um só), as ameixas...  Ai meu rico verão fica não só três meses, mas para sempre e manda esse carrasco do Inverno lá para o inferno que por sinal é quente como tu. "Estúpida!...Como és bronca! Pois se nunca desceste ao inferno como sabes?" "Não desci nem vou descer ó parva, eu vou mazé pó céu com chinelas e tudo." Isto sou eu a falar com Moi-Même, aquela parva pensa que eu falo sozinha, a estúpida da empregada!, e eu a responder a ela, e a parva a fingir que não me ouve, por isso não se admirem, ou admirem-se, mas dá-me assim esta paragem no cérebro (no pouco que resta) mal começa o verão. Ou é da  moleza do caracol (que eu nunca comi nem vou comer) que se instala no meu corp

Quando eu sirvo de inspiração!

... Fico com uma vontade de saltar da cadeira e entrar no monitor para abraçar a pessoa.                         Esta tarde chuvosa e escura de sábado, nada agradável mas nem assim desagradável faço a via-sacra das visitas aos blogues. Chego ao Turista Acidental* e fico de boca aberta. O dia que até estava carrancudo de repente... abriu. É que nem sempre correm de feição e este sábado um telefonema deixou-me apreensiva, mas ao ler o artigo da Manuela melhorei. É como um beijinho dado na bochecha quando alguém se lembra de nós. Querida Manuela ainda bem que as conversas que tenho com as minhas empregadas servem de inspiração. Pois comigo estas conversas, tanto com Moi-Même como com Euzinha, dão em transpiração. Inspiro e expiro. E por fim...transpiro. Sigam em frente que vão ter aqui.

E porque eu adorava a minha irmã..e ela adorava a vida...a vida continua...e eu continuo também..

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Afastem-se! Saiam da minha trás...qu´ eu hoje "abico" esta peste "dei passadas" (escadas) em baixo! Vai ter de se haver comigo. É isso ou vai "avergar a giba" ao trabalho. A minha empregada, Moi-même, além de francesa é imigrante ilegal. Está aqui por que meti uma cunha a um amigo dos Estrangeiros para fechar os olhos enquanto eu abria os olhos a ela. Prometi. Mas isto está a passar dos limites. Já não chega deitar só um olho, tenho de deitar os dois à "esteporada" dum raio. Quando cá chegou mal sabia fazer um ovo estracelhado quando mais estrelado. Mas agora com esta confiança, deu-lhe para se armar em Madame. Esperem. Eu já conto, deixem-me só tomar fôlego, respirar, quisto hoje não tá fácil.Tenho de deitar todo o ar que tenho no cano antes que rebente de tanta "esteporação." Logo pela manhã levanto-me e assim que dou com os olhos no sofá vejo-a a lastro, deitada, escalfada a comer uma torrada cheia de manteiga e queijo

Ó tempo volta pa trás!

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Lindo dia de sol! Olho para Euzinha, a minha empregada brasileira, (a que me ajuda quando Moi-Même mete férias), e pergunto em tom imperativo sem direito a recusas: - Euzinha, já viste que lindo dia de sol? Vamos pôr os tapetes a lavar? Vamos? E lá fomos. Ela à frente a bambalear a bunda como se estivesse a sambar, pois que hoje, sábado, é dia de treino de escola de samba e eu atrás a tentar imitá-la. E deixem que vos diga: até fiz bem o passo: dois pá frente, um pa trás, esquerda direita e voltinha. A máquina, a de lavar, mesmo contrariada, cumpriu a sua obrigação: lavou, centrifugou e escorreu a água. Mas alguém tinha do os tirar da máquina...e eu que tenho esta vida perfeita (desculpem, mas tenho de meter esta achega aqui) e a empregada ouvindo o Martinho da Vila sem pachorra para o trabalho lá se foice pôr os tapetes das Christmas no estendal para o sol fazer a sua obrigação. Só que ele olhou para mim lá do seu trono e faz uma carranca tal que até tremi como as ca

Eu e Moi-Même já se fez o que ainda não estava feito

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Ai, estou derreada!!! Cansada! Lavei, aspirei, limpei. Por cima, por baixo, dentro, fora. Estas limpezas da Festa matam-me. Ai as minhas  "arcas". Mudei lençóis das camas. Coloquei os da Festa. Uns novos que os outros foram para lavar. Pus tapetes nas mesas (como diz a tia-velha). Acabei as decorações de Natal. Limpezas? Adio, Adieu, Auf  Wiedersehen, Goodbye. Té pró ano. Hã? Hã? Estão a fazer sinais... Hã? Não percebo!! Ah, os lençóis. Sim, eu esqueci-me de dizer que lençóis frescos na cama só em Janeiro, a 31. No Ano Novo. Em 2011. Sim qu´eu não sou escrava do lar. E moi-même meteu férias natalícias. Agora com licença de Vossas Senhorias e Senhorios, vou tomar um banho de espuma, mergulhar de cabeça na água, pastar na banheira até nascer musgo debaixo dos braços.

Praga, só pode ter sido uma grande praga!

Quando Moi Même estava a passar a ferro, contrariada, com umas beiças que lhe chegavam ao chão, e a praguejar em boca pequena, "atão" não é que o diacho do ferro... foice!? Nem podia acreditar!! Moi Même mirava e remirava o ferro, rindo a bandeiras despregadas! Olhava para Euzinha com aquele brilho de satisfação nos olhos e dizia: Agora é que não engomo não. Nem hoje nem amanhã. E se calhar só no mês que vem. Ainda arrastando uma réstia de força foi buscar o suplente, mas esse coitado também estava pela hora da morte. Então agarrou nos dois ferros e esventrou-os como se de um peixe se tratasse. Neste momento repousam os dois no fundo do balde...do lixo.                       Logo hoje que Moi Même estava com uma fezada para engomar!

Hoje não, mas amanhã vou ter uma conversa com ela,

A minha empregada Moi Même (é francesa) anda a pregar-me umas partidas. "Atão" hoje descobri que tenho um pico de roupa para engomar e ela "cá te vistes". Nem um lenço nem uma tira de pano. Nada! Intrigada com a demora chamei Moi Même à atenção. A resposta foi: "Hoje não engomo. Amanhã se Deus quiser!".                                                   Há vários dias que me dá esta resposta. Começo a ficar sem pachorra para ela . Garanto que, se Moi Même não engomar, contrato uma brasileira: a Euzinha.                          Já escrevi um cartaz e colei-o atrás da porta do quarto. À noite quando se deitar, vai ler: " Hoje não engomaste, mas amanhã engomas!"

Pensamento meu: Avental

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Um homem de avental na cozinha confere-lhe um ar de " che f" (em geral, os cozinheiros são comandados por um chef de cozinha). Um cozinheiro é sempre um chef . Mas se for uma mulher já a coisa muda de figura e dá-lhe um ar de cozinheira, já não é chef nem coisa nenhuma. É somente uma cozinheira. Uma mulher de avental fica com um ar desgastado por entre tachos, panelas, colheres. Já o homem assim que coloca o avental fica com ar imponente. Ser cozinheiro é ter charme, ser cozinheira é... nem sei.... Vai daí que só se fala em grandes chefs (nem se aplica a palavra cozinheiro) e não em grandes cozinheiras. Vai daí que nem eu nem M oi-Même,  se coloca avental na cozinha. Por isso nunca me verão, nós as duas, de avental nem que a vaca tussa, nem que a galinha tenha dentes, nem que eu me suje toda de respingos de gordura, jamé . Abaixo o avental para as mulheres. Eles, os grandes chefs que o usem. Mulheres de casa e cozinheiras gritem em alto e bom som: Abaixo os a