E pensaram que eu tinha batido as botas?
Queredo, nem por sombras ia deixar este mundo sem avisar a malta cá do burgo, isso seria incorrecto da minha parte. Pensar que eu havia morrido? Se isso acontecesse saibam de antemão, que ia contrariada e a barafustar, como tem sido o lema da minha vida, e aliás, não é por acaso que me chamam refilona, mas adiante, não morri não senhora, não estive doente não senhor, andei a pastar por esta vida, a passear com família, a rir, que, de tanto arreganhar as beiças tenho mais rugas; de tanto me divertir acumulei uns três quilos nas nalgas; a brincar, a fazer o melhor, a usar e abusar dos meus... Morrer? Quem pode morrer com este tempo? E com esta crise? E se isso acontece eu ia encontrar forma de vos avisar nem que fosse a povoar os vossos sonhos e a atormentar os vossos pezinhos à noite na cama. Considerem-se privilegiados com isto. Imaginem só, imaginem ter a avoGi ao lado da cama embrulhada num lençol branco qual fantasma a puxar os lençóis, desabafando o vosso corpinho e com aquelas