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A mostrar mensagens com a etiqueta a minha cabeça já não é o que era

Olha, ouvi dizer...

...que, hoje, é o dia mais triste do ano. É verdade, sim senhora. Já olhei para a conta do banco e ainda não caiu nada lá. Além de ser triste é um dia de tesos, de mal-humorados e ansiosos que caia lá no sítio do costume a dita coisa que faz os ânimos levantar, dá alegrias e faz sorrir. Eu estou com um humor de cachorro, não por ser o dia depressivo mas por não ter cacau... Ai como me sabia bem um cacau! Quente, espumoso e docinho!

Tenho uma coisa a vos dizer...

...mas de momento não posso. Fica para depois, sim? Porque agora é hora de calar a boca e fechar para que não saia a tal coisa... E quase rebento!

"Uora" se o hábito faz o monge!

Era de hábito o relógio da sala estar na parede em cima do móvel da televisão mas eu, rapariga dada a mudanças e, uma vez que não posso mudar a casa (por ser imóvel, canão já tinha sido), tudo o que seja móvel eu arrasto de um sítio para outro. Ora, como estava a dizer antes de me perder nos entretantos, mudei não o relógio, embora não seja imóvel, mas o aparato onde está a televisão. Uma mudança de ano novo. Agora é ver-me olhar infinitamente para cima da televisão a fim de ver as horas e minutos. Ainda dizem que o hábito não faz o monge! Atão porque razão sinto-me como se fosse...

Nunca mas nunca mais!

Como referi, pintei as unhas ontem ao fim da tarde já com a luz da lamparina acesa enquanto esticava as canelas na cozinheira do quarto de jantar. Hoje, ao olhar para elas pintadas de "vermelho-benfica", pronto, vermelho-diabo, até me deu uma volta nas tripas e uma vontade mórbida de bater em mim mesma. Atão não é que estão tão mal pintadas como se tivessem sido pintadas pelas Minhas Pulgas? Caramba, que falta de vista! Ou melhor dizendo: que falta de jeito! Não senhora e não senhor - se houver por aqui algum, não ponho a fotografia...eu sei que querem ver (gozar) mas não vos dou esse prazer. Nunca na vida! A minha cabeça e a minha precisão já são só vestígios...

Eu sou assim. Nada a acrescentar...

Com a varinha mágica na não e, depois de misturar o leite com o pó para fazer a mouse de chocolate, reparo que ela deixou de trabalhar. Intento novamente e nada. Levanto a vara da taça da mouse para olhar as pás e certificar-me se sim ou sopas. Carrego no botão e não é que a estapilha da vara funciona? Preciso de dizer que chegou chocolate a Marrocos? Preciso de dizer que deixei de ver porque tinha mais mouse na caixa d' óculos que na taça? Preciso de dizer ou já constataram que esta cabeça já não é o que era? Chiça, caneco, está coisa dos "sessenta" tem-me dado cabo dos fusíveis.

Às vezes fico "oh!", admirada com tamanha inteligência

Eu supero-me, eu sei, a cada dia que passa fico mais bué-esperta! Para não dizer o contrário. Ontem andei aqui às voltas como cachorro atrás do rabo em hora de ponta porque as luzes do presépio não acendiam e, natal mais gostoso é com muita iluminação. Atão, como tava a dizer antes de me perder nos conformes, as luzes não acendiam e perguntei ao mê senhor, o entendido, a razão de tal escuridão. "Ah, e al e coiso tens de ligar o interruptor. Todos os fios estão ligados a um". Coisas de mestre electricista! Oquei, mensagem percebida. À noite, ao deitar, desligo o interruptor. E fez-se escuridão! Hoje de manhã vou buscar a minha "lambreta"(o m q tablete), e não estava carregado embora estive na tomada. " mas que treta (não foi esta que disse mas, adiante), esta treta (não foi esta...) não carregou!? Uá raio!" E perguntam vocês que neste momento estão de testa enrugada e a pensar mas onde está a relação?!, esta rapariga tá mesmo tonta!" Pois, darlin

Voluntários, precisam-se

Aliás, só preciso de um para ir por mim ao supermercado. Imagino o povedo que lá está, imagino as cotoveladas, empurrões, e pisadelas no dedo mimdinho do pé esquerdo que o voluntário que fôr por mim vai levar, imagino também, e a imagem passa de repente à frente dos meus olhos cor de avelã, a fila enorme na caixa. E eu só preciso de comprar um frango. Quem se voluntaria neste dia feriado a fazer uma boa acção a esta velhinha de quase sessenta? Dedinho no ar para a logística. Vejo um...vejo dois...três...

Tenho um problema

Comprei um pinheiro numa loja chinesa e agora ele não me percebe. Pedi-lhe: "abre-te", não se abriu, disse-lhe então: "arma-te", continuou sem se mexer, "monta-te", "vais buscar as bolas, espiguilha e embeleza-te". Não há maneira de me entender! Optei por dizer somente palavras: gambiarra, bolas, fitas, natal, azevinho... Nada. Eu não falo chinês, ele não fala português, e como foi comprado em Portugal podia pelo menos percebe as palavras da época. Mas deve ter chegado há pouco tempo. Não nos vamos entender. Lá vou eu ter de montar, embelezar, iluminar em suma, fazer tudo sozinha... Vai estar montado até ao Sant' Amaro, a ver se para o ano que vem ele percebe o que digo e invertemos os papéis: ele auto - monta-se e eu aprecio...

Homens rázos partam!

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Comprei um verniz cor de telha, lindo lindo, como diria se este fosse um blogue dedicado à beleza, e até daria dicas de onde comprar, marca, número de série e textura, mas não, adiante... Pintei as unhas, dirijo-me toda lampeira até perto de mê senhor e, de dedos esticados e sorriso nos lábios pergunto se gosta da cor. "Ai, como estão mal pintadas!", diz ele franzindo o nariz. Prontes, uma pessoa fica possessa e apetece desatar aos murros, chapadas e relampadas na faceira... Olhe, mê senhor, eu pedi para responder à pergunta "gosta da cor"?,  e para isso era só olhar à cor, ao seu todo na generalidade e não à particularidade de como estão (mal ou bem) pintadas. Essa, mê senhor, era a resposta à penúltima pergunta. Raça d' homem, que atenta ao pormenor!

O mundo conspira para me deitar abaixo

Mas eu sou forte que nem um burro, mais teimosa que uma mula cambada. Atão não é que já vejo tantas casas embelezadas com o pinheiro, tanto decoração, linda por sinal, em cima de mesas, e só me apetece dar chapada velha na minha cara!? E perguntem-me porque razão estou com o diabo no corpo, perguntem? Não, não é por causa dos preços das viagens, mas podia ser e isso ajudou a que eu ficasse mais possessa que o demo. Também não é por ter ido ao dentista e ficado de bico aberto e a engolir carradas de cuspo, mas até podia ter sido, é ... Tenho de dizer tudo, não é? Seja, então. Não tenho pinheiro. É isso. O outro que Deus o tenha já não funciona nem que eu passe o natal a montar galhos. O que eu peço é que dêem uma forcinha aqui à rapariga para levantar a cesta do sofá e dirigir-se à loja mais próxima comprar um raio d' um pinheiro.

Não aprecio

Filmes franceses.. .eso no me gusta como diz o Henriquinho, filho do Julinho de mi coracon. Estava prestes a ver um filme que, pelo nome, parecia coisa boa, quando leio a frase na apresentação " avec le soutien de "...Ora soutien é aquele acessório que uso para segurar as " domingas" e não tem nada a ver com filmes, embora, às vezes, faça filmes... Não estimei de ver a palavra e por isso não vi o filme. Mudei para outro sem soutien. Ah, o nome do filme era "Cliente" antes que me perguntem...

Acabou-se o azedume

Estou aliviada. Até vou gozar o fim de semana na sua plenitude. E venha o sol, o bom tempo, as saídas em grupo. É venham as amizades, cumplicidades e gargalhadas que o que eu vou levar quando partir é mesmo isto: o companheirismo, as alegrias, as risadas, as conversas em família e as noitadas. Ai, as noitadas! Essas é que me matam! E ontem foi o pontapé de saída. Grande noite! E era SÓ uma ponchinha e mainadinha, mas acabámos a comer açorda às quatro da manhã.

Doutor preciso de ajuda...

Com este sol a bater nas costas, com esta temperatura amena de vinte graus, com esta falta de pachorra para tarefas domésticas a não ser o almoço das "Minhas Pulgas", com este olhar a janela e morta por bater as asas e voar...voar, ver os barcos na Pontinha, imaginar os turistas de papo pó ar a servir-se do sol, imaginar locais distantes, que devo fazer, doutor? Certamente dirá que preciso de internamento na casa dos louquinhos ou somente parar de voar e poisar onde há tarefas para fazer... Mas esta cabeça, mesmo assim, não pára...

Parece que sim que a vida vai melhorar

Parece que a vida dos portugueses vai melhorar, segundo as palavras de quem só mente às vezes, vai daí já mandei um email a uma amiga, gestora de viagens, para me mandar destinos a visitar. Destinos onde ainda haja segurança que sair pelas minhas pernas, de pé e a andar, e voltar numa caixa de pinho deitada ou nem voltar, vá de rastos satanás pó inferno!,  não está, seguramente, nos meus planos. Haverá algum sítio onde se possa estar a ver as vistas e a fotografar sem se preocupar que possa rebentar um petardo ao lado e olhar com desconfiança pra os demais? Aceitam-se ideias...

Podem ter a certeza

Assim que chegue a velha, pois que ainda não sou, com sessenta anos não me sinto com idade avançada mas, adiante, quando eu chegar aos setenta se ainda estiver aqui a escrever avisem-me que neste dia, deste mês e deste ano da graça disse para toda a gente ouvir que: "não agarrarei o guiador do carro entre as mãos, nem porei os sapatos nos pedais e muito menos ligarei o motor para colocar o carro em andamento." Tenho visto tanta asneira da parte de velhotes a conduzir que até tenho medo de andar na rua. Lembram-me do que disse hoje aqui, daqui a dez anos?

Estava ali fora a regar...

...e em vez de rezar (até rima), pensava o quanto as pessoas mudam. Pessoas que conheci e que podia afirmar serem espectaculares, sinceras, bem-humoradas, com a idade tendem a mostrar o lado obscuro do seu ser. Naão sei o que serei daqui a dez anos quando a idade pesar mais que os quilos, mas desejo ser uma velhinha feliz, sempre sorridente, sem ser um impecilho para ninguém. Não permitirei mostrar o meu lado negro (sim, também tenho maus pensamentos, não se admirem), também sou rabuja, mas só desejo ser "tão fofinha!", como dizem as "Minhas Pulgas". Para que fui regar as flores? Pergunto e respondo: para pensar na minha velhice!

Desce-me um nervoso muidinho

Verdade. Desce e aloja-se na zona das ancas e por mais que choca-lhe não sai quando digo algo e que me comtradizem, só por que sim. E isto agrava-se quando estou num grupo de amigos e fazem-no à frente de todos. A minha mãe, que Deus a tenha sempre num bom lugar disse quando eu, um dia, armada em espírito de contradição, refiz ou melhor corrigi a frase que ela estava a dizer à minha tia-velha, atentem que só disse "não, mãe, não é assim..." Darlingues, a mão voou e caiu nei beiças juntamente com a frase que passo a citar: "mesmo que eu esteja a mentir tu não me contradizes". Hoje em dia lembro-me sempre quando digo algo e logo sai "não é bem assim..." E as beiças ainda ardem, mas desta feita por não deixar voar a mão. Não, eu não sou violenta, mas, às vezes, apetece-me...

Emprestado é dado?

Fico possessa quando empresto algo a alguém e a pessoa não me devolve. Sejam livros, coisas de criança, taças (ai a minha rica taça de loiça branca!) ou até um lenço de se assoar. Agora adoptei o sistema de escrever num caderno toda esta actividade. O nome do objecto, a quem empresto, e a data. Consultei a lista e pasmem-se, além de livros, tenho até uma cadeira de bebé. Uma cadeira que é das "Minhas Pulgas".

A minha taça de loiça branca

Aquintrodia levei a taça de loiça branca com acepipes para a casa de alguém. Até aqui nada de mal não era a primeira vez que acontecia. O que me fez ficar aborrecida foi, dias depois, ver a minha taça na mesa com comida pronta a ser servida na dita casa. Olhei e reconheci a bendita da taça que havia levado dias antes. Disse que era "a minha taça" e até fiz-lhe ver que dias cheguei com algo para o jantar. Tua? Não, é minha, foi um presente de casamento. Voltei à carga mas fez orelhas moucas e desviou a atenção, mas o pior foi quando me disse que, até, tem duas iguais. Mas quem no seu perfeito juízo dá uma resposta destas, no desenrolar da conversa!? Mais valia ser sincera. Duas iguais. Então não se vê? Está de caras: uma é "a minha taça de loiça branca!". E, agora, tenho o jogo de loiça descasado por causa de alguém sem escrúpulos que usa, indevidamente, o que não lhe pertence.

Vou ter de ir ao médico

Aquietem-se, não estou doente (bato na madeira e faço cruzes para afugentar o mau-agoiro), mas aqui a "raspariga" que vos escreve faz, no próximo mês, calquercoisa como sessenta anos e, vai daí, é necessário renovar a carta. Oras, minha gente, pagar sessenta "eros", como diz o senhor José - o Venezulano da venda da esquina, por uma consulta só porque preciso que um médico ateste por sua honra que não sou um perigo quando boto as mãos no guiador do carro, não é de ânimo leve. Atão, já pensei em inventar umas coisinhas para justificar o dinheiro gasto. Que devo inventar: Gripe? Brotoeja? Uma dor nas aduelas? Comichão no céu da boca? Bexigas loucas? Amargos de boca? Cabeça que já não é o que era? Dúvidas, só dúvidas...