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Eu, ele e ela - a outra

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Esta noite éramos três na cama. Eu, ele e ela - a outra - a que de vez em quando aparece para partilhar o leito conjugal. Assim que me deitei percebi logo que ela viria aninhar-se entre nós dois. Lentamente, meteu uma perna, depois um braço quando dei por ela já se instalara e, depois, é ela quem toma as rédeas. Eu sabia que um dia ela voltava. Há muito tempo que não aparecia. Esteve ausente em parte incerta, perdida nos braços de um outro qualquer, mas esta noite veio para ficar. Quando não é uma é outra. Perdi a conta de quantas vezes somos três na cama. E se viessem as duas ao mesmo tempo? Impossível quatro às voltas na cama! Na semana passada "a outra" veio enroscar-se no mê senhor, que noite, mês dês, que noite!, Memorável! Hoje, esta agarrou-se a mim. Não há quem durma com esta insónia e "a  outra" a enxaqueca.

Atão mulheres da minha vida...

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...contem tudo, não se acanhem. Os vossos amores trataram-nas bem no dia de ontem? Sim, no dia da Mulher, claro (esquecidas!). Fizeram a comidinha, da boa, enquanto vocês descansavam a canela e o corpo no sofá? Não me digam que foi um dia normal! Por aqui, houve muito marido (companheiro, amante, noivo, juntado) que deitou as mãozinhas à comida e saciaram as mulheres. E digo... Sorte têm vocês, mulheres da minha vida, de terem um homem assim que arregaça as mangas e faz-se à cozinha. Coisa boa é ver as mulheres sentadas, com um copo de vinho na mão e os homens de avental, empoleirados, à roda do fogão. Ponham as mãozinhas para o céu e benzam-se que maridos desses não há em stock. Esgotou-se o fabrico antes do mê senhor nascer.

Isto não vai só com flores...

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Porque Enquanto houver uma mulher morta às mãos de um homem.. Uma menina violada... Uma jovem mutilada... Enquanto houver mães a matar as filhas a fim de evitar violações... Enquanto houver uma mulher apedrejada em hasta pública por um grupo de homens na presença de outras mulheres que riem da situação... Muito há para ser feito. Porque nós, mulheres, ainda somos quem carrega o futuro no ventre Feliz Dia para todas as mulheres da minha vida e para aquelas que me visitam. E para os homens vai daqui um abraço.

Ele não fala comigo. O que devo fazer?

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Nunca pensei dizer isto mas é a realidade. Eu sou fiel. É um dos princípios básicos de uma relação e, assim que surge uma dúvida nada volta a ser como dantes. Ele que não saía de casa, ele que estava sempre ao meu lado, era com quem eu desabafava as minhas mágoas pois que sabia ouvir sem me julgar... Mas um dia tudo mudou. Deixou de estar ao meu lado, passa os dias fora e algumas noites também. Vou para a varanda a ver se o vejo, pode dar-se o caso de estar por ali, à espera que eu o vá chamar. Mas não o vejo, se bem que já dei voltas a procurar no meu coração o que o levou a isto?! Não sei. Sou-lhe fiel, como já disse, sim, às vezes zango-me quando me afronta com alguma patifaria, mas depois fazemos as pazes peço-lhe desculpa pelos pontapés que lhe dou e pelas vezes que me apetece esganá-lo, mas depois penso que, ele não tem culpa de não me entender. Não fala comigo. Chamo-o para as refeições e fica ali, a comer com a cabeça dentro da taça sem esboçar, sequer, um sorriso e sem o

Deixem-me desabafar, canão sufoco! Diz ela que não faço nada

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Não tenho tempo para nada nem para uma coçadura no lombo, e a minha Pulga - a Maivelha diz que passo o dia sentada a jogar Candy Crush...Que sou uma sortuda, que não tenho de estudar nem de ir para a escola, que posso me levantar tarde e passar o dia sem fazer nada, que queria ser reformada, que os reformados é que estão bem porque não fazem nada, e ela tem de estudar. Mas onde já se viu?! É a ideia que estes gasguitos têm de mim. "Avó, tu não fazes nada". Pois olhem, a minha vida não é fácil, não senhora, a minha vida é um pião, um rodopio valente. De manhã faço os meus abdominais, coisa que comecei há muito tempo e ainda não acabei; é assim como bordar uma toalha de bordado madeira, depois dá-me aquela roeza no estômago e meto lá para dentro quase meio litro de café. Sento-me. Levanto-me para alimentar cachorros e gatos, faço o almoço para os netos e sento-me. Eles chegam almoçamos e sento-me para comer, depois levanto-me para me sentar, desta vez no sofá. Dou umas

"Teja à vontade" e por isso avançou reclamação. Ou eu é que sou a otária?

Hoje foi dia de compras e, com mê senhor e Pulga Maivelha "foi-se" fazer as comprinhas do mês. Escusado será dizer que o carrinho estava cheio. Dirigi-me para uma caixa que estava vazia e limpa que até perguntei se a funcionava. A menina, de longos cabelos negros, disse que sim com a sua cabeça e enceto o transbordo do carrinho para o tapete. Eis que... Aproximou-me uma senhora com um "piqueno" talvez de oito anos, e olha para a menina da caixa pois que, só tinha um cesto. A menina da caixa faz sinal à senhora e ela passa por detrás dela - da menina da caixa, deixa o cesto no chão ao lado dela dá a volta e coloca-se de forma que dava a entender ter chegado primeiro. A menina tira uma a uma as compras do cesto, passa pelo aparelho e mete no saco. A senhora, sempre de boca fechada, mete as compras, paga, e dá de frosques. Aqui a escriba que vos escreve esta narrativa olha para a menina (da caixa, linda, com os seus cabelos negros) e diz, com toda a calma das ondas

E não pensem que não tenho vida além desta

Na padaria (que não é minha mas é quase, o dinheiro que gasto em pão, café e outros bem que já podia ser) onde vou comprar o pão, ler o diário e toma a bica tem um recanto com uma poltronas de tão boas que são que fico recapachada quando me sento e sinto como se estivesse no trono, de tão reais, só faltando a coroa para ser rainha. Quando entro e as "minhas poltronas" estão ocupadas faço questão de mostrar o meu desagrado a quem passa e a quem está lá sentado. A sério, adoro tanto que sou capaz de mandar umas bocas para dentro, do género: "vai demorar muito? Não tem nada que faça? Meias para apontear?"...que não sou rapariga de mandar cá pra fora umas...tal é o desagrado. Já cheguei a sair e esperar fora que as pessoas se levantassem para que eu assentasse o meu rico...(eu ia dizer traseiro mas fica mal, não fica?), corpo, outrora Danone agora Michellin, na bendita da poltrona de cabedal. Tanto que amigos meus que se aviam, também, na mesma padaria quando entram j

E é amar-te assim perdidamente

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Sou uma apaixonada pelo Porto (mas isso já toda a gente sabe), desde que o mê Bisalho (meu filho), optou por estudar nesta cidade. E, assim que posso, meto-me ao mar. Porque ama ela o Porto? Perguntam vocês enquanto batem com as pontas dos dedos no tampo da mesa e franzem o sobrolho. Não sei, só sei que é um amor correspondido. É uma relação para durar.

Uns e outros

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Há filhos que ao tornarem-se pais esquecem-se que são filhos. Dali para a frente só a família que constituiu é que passa a ser "a sua família", passando os pais a serem parentes, alguns muito afastados. E depois... Depois, há os outros...Os que tratam os pais como sendo família e não parentes...com o respeito que merecem, nunca os pondo de lado, tornando-os presentes em todos os bons e maus momentos da sua vida.

Uma comichãozinha...

Tenho comichão na garganta, o que faço? Não é por fora, se assim fosse, ora bem, era só meter as unhas acabadas de pintar com vermelho vivo e coçar até arranhar. Mas não, senhores, mas não. É por dentro! Coçar está fora de questão pois não meto os dedos (com as unhas acabadas de pintar com vermelho vivo), nem a mão pela goela abaixo; depois, a minha garganta é funda, e, de certeza que me dará "engulhos", pois sempre que o senhor doutor - aquele que tem um nome comprido - me punha o pau de gelado lambido na língua dava-me umas ganas de "rabiçar". Vou ter de esfregar a língua no céu da boca e dar estalinhos a ver se passa a comichão, esquisito, não é? Que raio de sítio para dar comichão! Com tanto corpo onde posso pôr as unhas (acabadas de pintar com vermelho vivo), calhou-me logo este: dentro do corpo!

Coitada de mim!

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Quando as Pulgas - os meus três lindos netos... Esperem, antes de continuar a desenvolver, vou limpar a baba, que já escorre, não quero que caia no écran da minha lambreta (nome carinhoso com o qual eu chamo o meu tablet) ...de 11, 8 e 7 anos, ficam na minha casa, gosto que, ao se levantarem da cama, se dirijam ao meu quarto "cumprimentar a avó", como diz o mê Gugu, mas é mais para saber que já estão de pé pois que cada um tem o seu ritmo e horas de sono. Hoje uma discussão... A Maiveilha disse que a Baixinha - a do meio - já estava a ver TV e não tinha ido ao quarto da avó cumprimentar. O Gugu, o Mainovo, mete-se ao baralho e diz que "quando se levantou ela - e aponta para a Baixinha - já não estava na cama". Para acabar, falo à Maiveilha para que a outra oiça. - Diz à Baixinha que vai escrever 50 vezes: "quando me levanto devo ir ao quarto cumprimentar​ a avó". Responde-lhe Baixinha, bem alto para que eu oiça, colocando as mãos em forma de conc

E, agora, ninguém fala... Ninguém diz nada...

É o terceiro caso de bebés retirados à mãe no primeiro mês de vida isto porque a Segurança Social entende que não há condições para a mãe ficar com o filho e a criança é entregue para adopção. É que nem passa por famílias de acolhimento. Não sei se se lembram da excelente reportagem sobre a Segurança Social inglesa que retirava os filhos das mães quando havia matéria para análise. Eram mães portuguesas, mas também retiram às filhas da terra. Lembro-me da revolta popular nas redes sociais sociais e o apoio dado pelo governo português e pelos advogados a estes casos. Eu pergunto: e agora, que a segurança social portuguesa que faz exactamente o mesmo? Ninguém diz nada? Onde estão os mesmos que apontaram o dedo e criticaram o sistema inglês?

Já vai em quinze dias e nada

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Tomei uma resolução e vou tentar seguir à risca. Meteu-se na cabeça reduzir os quilos de trago alojados nas nádegas, na cintura, na barriga, nos ombros... Adiante... É mais ou menos assim: sou rapariga de ideias fixas e se me mete uma coisa na cabeça dou a volta ao mundo mas tenho de a concretizar. Agora é esta, daqui a dias pode ser outra, enfim... Quero tirar estas lombas e valetas que possuo. Atão, eu, de ideias fixas, escrevi num grande cartaz uma frase e colei-a com fita-cola atrás da porta. E cada dia quando acordo, leio a frase e fico tão feliz porque... "Amanhã começo a dieta, hoje não". E dou um pulinho de contente. "Ah, é amanhã! Não é hoje!" Digo satisfeita. Já há mais de quinze dias que leio ainda não emagreci, mas já sei dar pulinhos.

Sempre desejei ter um conjunto de lençóis cor-de-rosa

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A sério, era um desejo que nunca realizei, a falta de dinheiro aliada a uma falta de pachorra para comprar e, o facto de não haver aquilo que pretende dia, fez com que fosse ficando em desejo nunca concretizado. Mas já os tenho. E que lindos que são! Uma cor diferente: um cor-de-rosa a puxar para o vermelho. Uma coisa fora de série (depois mostro, sim?) Pena tenho de não ter uma cor homogénea. Tem umas partes mais rosadas... outras mais avermelhadas...E outras brancas. E a custo zero. Não, não me ofereceram... A minha máquina de lavar que faz tudo desde encolher a esticar passando por desbotar, amarelar e que sabia que eu andava louca para comprar fez o obséquio de transformar um jogo de lençóis branco em cor de rosa, a puxar o vermelho, com manchas... Como estão lindos! Não tarda nada vai máquina e vão lençóis de carrinho, naquele que passa às terças e sextas... Ora agora!

Se tu visse o que eu vi o-i-o-ai

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Como já referi, ontem, foi um dia "pra lá de Bagdade" de bom tanto a nível da comida como o passeio. Alias, passear à beira-mar tem o seu quê de romantismo. Não é para onde vão os casais namorar? Oras, estava eu a passear pela marginal do Paul do Mar, quando a fazer uma panorâmica de 180 graus, olho para o hotel sobranceiro à dita marginal e que vejo. Vejo.... Vejo um turista na varanda do seu quarto de hotel completamente nu a assistir ao belíssimo pôr-do-sol, de pé, com as mãos pousadas no varandim, com total desembaraço, nada acanhado, sem se preocupar com quem estava a passear na marginal. Uma descontracção que deixa com contracção quem por lá passava. Haja decoro.

Há dias assim...

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Há dias que, sem nada previsto, acabam por ser espectaculares. Começa com a pergunta: "onde vamos?" Depois, é só meter-se a caminho. Almoço num sítio à beira-mar, um pôr-do-sol magnífico que nos deixa românticos e, por fim, a célebre poncha. Porque a vida sem romance é como um jardim sem flores.

No Brasil é verão por conseguinte calor

Isto vem a propósito do carnaval em Portugal - seja continental, insular ou ultramarino - onde assiste-se a uma leva de rabos ao léu com as "cachadas" (ide lá saber o que significa) à mostra. Até a minha Pulga - a Maivelha, de onze anos, perguntou-me se era "obrigatório" ir com as cuecas metidas dentro da cesta. Uma coisa que constatei é que, este ano, no Brasil, iam tapadas com fatos estilo baianas e, mais comedidas na roupa. Como se sabe, e se ainda o Brasil está no mesmo sítio, lá é verão. Ora, aqui, neste pedaço que é Portugal é inverno, ainda, e as trupes optaram por irem ao relento. É uma imitação barata do carnaval do Rio de épocas passadas, acho até que caiu em desuso por lá enquanto que aqui é o apogeu. A mim dá-me uma brotoeja no céu na boca e dou estalinhos com a língua, e pergunto-me se será mesmo necessário despir-se tanto? E vão ali semi-nuas a bater válvulas devido à corrente de ar fria que vem do mar. Mas isto sou eu que participei nos cortejos d

E cookies com canela também gosto

Prontes, fiz o que disseram. Limpei o pó, passei a esfregona debaixo dos móveis, e falaram nos cookies, tive de ir ao sabe-tudo e dizia: cookies= bolachas. Atão fui ao armário da cozinha e munida de uma terrina cheia de cookies limpei o barraco. Também pelo caminho aviei umas malassadas cheias de mel de cana sacarina assim como quem vai levar muito tempo na limpeza e não pretende passar fome. Depois, sentei-me. Sabem enfardar cookies dá uma sensação de embolada. Espero que agora possa andar a viajar pelo mundo fora já que limpei o barraco e mandei pó lixo "aquilho" que não fazia falta. Ou seja a lata de cookies uma vez que já está vazia.

Aviso à navegação

Bom, estou retida...Não consigo navegar e visitar o mundo através dos olhos de quem escreve. Dá sempre erro e pede para recarregar a página porque "não é possível aceder a este site". Chatice. Será que é castigo só para mim? Mais alguém que pretenda navegar e não sai do lugar por mais que reme? Por isso se não virem esta que vos escreve por aí é sinal que o mar continua tenebroso e não navego. A gerência agradece e pede desculpa pelo incómodo.

Na Madeira é assim...

Ainda há dias um casal de turistas andava meio perdido pelas subidas e descidas do Funchal (sim, que eles olham para o mapa e vêem um ponto no oceano pensam quisto é tudo perto), e perguntaram ao mê senhor onde ficava o Jardim Botânico, ora como o mê senhor nao é homem entendido em línguas - é mais em gestos - vai daí convida-os a entrar no jipinho e "ala cardoso" até ao jardim Botânico. Pelo caminho entabula conversa com eles e diz que na Madeira é tudo up and down up and down acompanhado de gesto de subir e descer, ao que reponde o turista que ia agarrado ao tablier do carro, cheio de medo, na subida íngreme que "não, não é up and down é up up up up. Riram e, no fim da viagem, uma nota de 20 euros brilhava na mão em modo agradecimento... O mê senhor, homem pobre mas honrado, não aceitou. Quando chegou a casa ouviu uma reprimenda daquelas que nunca mais se vai esquecer pois cá se fosse comigo agarrava logo antes que o turista retirasse a mão.

E o malandro do dono ganha milhares...

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Nem mais... Mal-injusto!

E o que dizer àqueles que açambarcam o diário?

Que os outros esperam...E desesperam? Costumo ler o diário, tomar a bica (carregar o telemóvel, beber meio litro de água, lavar as mãos, ir à casa de banho e puxar água, mentira, estou a caçoar, não lavo as mãos, nem puxo água)...na padaria perto de casa. Mas o que gosto é daqueles açambarcadores que agarram no diário da casa, colocam os óculos e ao mesmo tempo atendem chamadas do telemóvel, falam com a digníssima esposa, comem uma sandes de fiambre e queijo e não passam da primeira folha. E os outros que querem ler que montem no cavalo branco de Napoleão e vão pá guerra dos Cem anos.  Não esperem, pois desesperam.

E, depois, há aqueles altos, espadaúdos, lindos como Apolo

Se há coisas que me faz saltar a brotoeja é, precisamente, alguém me cumprimentar com toda a gentileza com um rasgado sorriso e eu....Oh, mas quem é? Tungas, uma branquinha. E por mais voltas que dê ao miolo não conheço. Não sei quem seja! Já abri todas as gavetas da memória e não consigo localizar nem encaixar em nenhum sítio este belo exemplar masculino, alto e espadaúdo, de cabelo grisalho que, quase se debruçava sobre si mesmo para me fazer um cumprimento digno de realeza? Irritante, esta falta de memória! Mas quem será este Apolo da Era Moderna que me deixa de cabeça à banda a pensar: mas quem será....E a cantar "mas quem será este lindo Apolo eu seilhá seilhá. .." E volvidas umas horas ainda penso nele. Mas quem será?

"São rosas, senhor, são rosas"...

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...disse a rainha Santa Isabel quanto foi  interpelada pelo seu marido, El-rei Dom Diniz. Pois eu também sou rainha do meu palácio e se me perguntarem que fruto é este, direi, do alto da escadaria do reino, a viva-voz: "São goiabas, senhor, são goiabas".

Não são marmelos, não são limões, antes que digam que são...

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...e vou mazé comer até à exaustão (só para rimar)... Sirvam-se, há mais na árvore.

Até ontem pensava que ia a Veneza ver o carnaval

Levei a semana a pensar que ficaria rica ontem. Sabem, recebi a previsão de um padre, numa daquelas mensagens de lixo - e só não foi esse o caminho que o senhor padre dizia que ontem dia ia acontecer uma mudança na minha vida. A p' ssoa vai toda vaidosa de carteira onde guarda o bolhetim do totoloto e, com uma certeza na cara, a sorrir para mundos e fundos, apresenta o benditoso papel e nem ouve a campainha tocar, mas como a p'ssoa ouve mal, e depois o senhor padre tipo mestre Mamadu ou Karimba, garantiu-me que ia ser "a tal", nem liguei ao badalo da caixa. Nada meu senhores, nem um puto dum cêntimo para, pelo menos, manter o sorriso! Pensava eu,  mulher que acredita em milagres, que ia a Veneza de Itália ver de corpo presente o Carnaval, até já tinha a máscara pronta. Bem, já que não vou a Veneza de Itália, vou mazé a Veneza, a pastelaria, me encher de sonhos e malassadas. Triste ser pobre, sem dinheiro e sonhar que um dia vou partir a loiça toda de plástico e c

Porque é que as mulheres andam com o telemóvel no bolso de trás?

Se uma mulher tem uma bolsa a tira-colo por que tem o telemóvel no bolso de trás? Assim meio dentro meio fora. É para ser roubado, sentir a vibração ou por que sim? A mim lembra-me um empreiteiro! Eu jamé...Mas isto sou eu que sou antiquada.

Eu corri atrás de um sonho

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É verdade, eu e mais umas quantas pessoas porque a vida leva-nos a isto. Eu corri muito para agarrá-lo e, ao longe, vi que só tinha um. Mas como?! Havia tantos!? Como só há um?! "Um sonho é há-de ser meu!" Corri mais um pouco e já cansada ao chegar perto do sonho vi que me enganara. Afinal não era um sonho mas sim uma malassada! É aqui está a receita das malassada que mostrei ontem. Porque o Carnaval é feito de sonhos e malassadas.

Para quem nunca viu a Torre Eiffel...

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... é mais ou menos assim. Muito muito parecida com esta torre. Só que em ferro. Está em Paris e foi concebida pelo senhor Eiffel. Esta foi concebida por mim, é de farinha e está aqui no meu rural.... Sirvam-se, uma de cada vez e besuntem no prato que tem mel de cana. É Carnaval...

Tesos e forretas

Estava um bêbedo à porta da padaria com uma moeda de cinquenta cêntimos na mão. Falava mas ninguém lhe dava ouvidos. Mas que aspecto ele tinha! Sem dentes e com um cheiro que demonstrava que a água tinha passado ao lado. Também não choveu... Esticava a mão a cada pessoa que passava. Ninguém lhe dava ouvidos! Eu não percebi nada do que ele dizia quiçá por causa dos dentes ou da falta deles. - Forretas. Não têm dinheiro. Andam todos tesos. Forretas. Vão....E continuava a frase com impropérios. De repente irrompe pela padaria dentro a aborrecer quem lá estava. Mas sempre com a mão esticada mostrando os cinquenta cêntimos. Veio uma funcionária, nada meiga, agarra pelo bracinho dele e porta fora, mas com tanta força que o pobre do coitado do bêbedo tropeçava a cada passo. Afinal o hôme só queria trocar os 50 cêntimos. As aparências iludem...

Apaixonado

O meu frigorífico anda a fazer uns barulhos esquisitos. Uns murmúrios, uns sussurros que mais parece água a ferver. Ou o som das ondas do mar. É aqueles suspiros que vêm do coração, é isso. Será que se apaixonou pela arca enquanto eu estive passeando pelo Funchal? Olha o maroto! Não posso deixar estes dois sozinhos... Não quero ser de intrigas mas cá para mim já vejo a arca arredondada...

E o prémio simpatia vai para...

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Vejo ao longe um lugar vazio e preparo-me para estacionar. Vejo, também, ao longe, alguém que intenta subir a ladeira onde tem o lugar vago. Para não atrasar a pessoa e para que não assista à minha azelhice a estacionar num caminho inclinado, faço sinal a ele para subir para que, depois, possa eu azelhar à vontade, sem mirones. Atão não é que o dito senhor estaciona no sítio que ia ser meu? Atão não é que de tão simpática perdi o lugar e tive de gastar uma porrada de gasolina a procurar um sítio largo, espaçoso e plano? Este letreiro que ostento na testa, que toda a gente vê, menos vocês, não é de simpática mas sim de otária.

Por favor chame-me doutora

"Aquintrodia" (o mesmo que: aqui há dias, em madeirense), falei no meu vizinho venezuelano, proprietário do mini-mercado onde avio os legumes frescos e que trata os clientes por "vezeinha". Ora, há dias estava ele meio encabrunhado e perguntei-lhe a razão. -Vezeinha, a vezeinha fica chateada por eu a tratar por "vezeinha"? Respondi-lhe que não e perguntei porquê. Ah, sabe, vem cá um senhora e tratei-a por "vezeinha" e ela pediu-me para "tratar-ela" por "sinhora doutora", mas nunca por vezeinha. Peneirices.

Como vai este mundo. Homem prevenido vale por muitos

Um português foi detido por tentar degolar um espanhol com um serrote numa discussão de trânsito. Ora um dia normal de ida ao supermercado eis que um carrinho de compras atrapalha a passagem do português e vai daí umas bujardas em português umas respostas em espanhol o português - homem prevenido vale por dois e se fôr português vale por um batalhão - vai ao porta-bagagem que, neste momento transportava as compras (que estavam a descongelar, caramba, e não podia esperar mais) e...um serrote. De serrote em punho qual mestre de kung-fu dos nossos dias vai direito ao pescoço do espanhol. Calhou que a mulher (do espanhol)  meteu-se a meio, ficando ferida que o português, homem de resolução e ideias fixas não olhou a meios e a quem se meteu ao meio. Novamente nas bocas do mundo!

Antigamente...

...quando uma rapariga engravidava recorria à mãe, à tia, à avó para lhe explicar como proceder com um bebé. O que fazer, como dar banho...qualquer dúvida esclarecia com as mulheres da família. Presentemente, recorre à internet, à barra de endereços do Google, frequenta  uorqueshoopes e fórum de futuras mamãs. E lê, devora todos as páginas dos livros. Sabem para que servem as mães hoje em dia? Para serem contrariadas em tudo o que dizem sobre o assunto. Porque não percebem nada e tudo o que fizeram estava errado. Como mudou!

Para educar é preciso tanto livro?

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Se para educar é necessário tanta leitura, tanta consulta no livro da educação pergunto: Porque razão há tanta criança mimada, obstinada, teimosa a mandar nos adultos? Tanto leitura para educar, prateleiras cheias de livros sobre psicologia infantitl e depois é o que vê. Ai almas do Purgatório naquele tempo não era assim, não havia livro não esperávamos que a nossa mãe lesse a página referente à gestão de conflitos antes de dar o correlativo adequado, aliás o correlativo era sempre o mesmo para qualquer situação. Mas nós fazíamos birras naquele tempo? Mas hoje é assim: Ao fazer a birra a mãe consulta a página referente e decide o que fazer. Esta birra merece uma tapona bem dada no rabo, um ralhete ou vai de castigo para o quarto e reflectir sobre o assunto? Antigamente um simples olhar, um revirar de olhos, um sobrolho levantado era sinal de que algo estava errado. E já ficávamos à espera do que por ali vinha. Sem livros, sem páginas marcadas, o que ficava marcado era a nádega

Por vezes, muitas vezes nem tudo o que parece é

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Por vezes escrevemos um texto e quem lê sente como se fosse escrito a pensar em si. Por vezes identificamo-nos com determinados temas. Por vezes, porque estamos sensíveis o pensamento viaja e sai textos mais lamechas os quais são escritos com o coração na mão. Por vezes e só por vezes os textos são direccionados. Por vezes escrevemos aquilo que nos dói, tomando pelo princípio que quem lê interpreta como nós escrevemos. Porque, por vezes, os textos têm um fundo de verdade e são tidos por mentira. Outros há que, por vezes, não têm nada de verdadeiro e quem lê dá um sentido que não é aquele pelo qual foi escrito. Por vezes, fazemos um bicho de sete cabeças quando, afinal, o bicho nem cabeça tem. Por vezes quem lê coloca maldade onde não existe, porque, por vezes, consegue ler nas entrelinhas. Por vezes, algumas vezes nem tudo o que parece é.

Pergunta do dia, esta para queijinho...

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Imaginem esta cena: avô no sótão da casa; Baixinha - a neta de oito anos - no quintal, por baixo, ele joga o atilho...prontes, o barbante com um gancho na ponta, ela mete o gancho na asa do garrafão, ele puxa um de cada vez os cinco garrafões para guardar no sótão. Ela coloca a mão na anca assim a modos que peixeira do Bolhão quando termina o trabalho com o avô, e pergunta: - Avô, para que queres tu essa tralha toda guardada no sótão?! A bem dizer, só os homens e mulheres do meu tempo é que são gardadeiros (que guardam tudo, como se diz em Câmara de Lobos, zona piscatória da Madeira). E digo: até um ferro de engomar que já faleceu há três anos está "gardado", não sei se à espera do dia do Juízo Final... Mas, digam-me, vocês também guardam em vez de deitar no lixo?

Não há nada melhor que ter uma boa vizinhança

O meu vizinho da esquerda...esquerda se estiver virada para norte e se estiver de frente para o mar é à direita, é um bom vizinho, deixa sempre a luz do quintal acesa toda a noite até de madrugada e assim não preciso de acender as luzes da minha casa quando vou ao quintal; já o vizinho da frente se estiver virada para a casa dele e de trás se estiver de costas, é um bom companheiro, põe o Carlos do Carmo a cantar "os Putos" toda a tarde e depois o Toni de Matos "Não venhas tarde" que até já sei as letras de cor e trauteio quando estou na rua, a estender a roupa (ainda bem que não é a Ana Malhoa, canão punha a dançar aquela dança louca que chocalha o corpo todo e a roupa, cá-te-vistes), por isso, não preciso de ligar a telefonia. Assim poupo uns trocos na conta da electricidade à conta da boa vizinhança que tenho. Olarilha! Tudo boa gente.

Se para emagrecer é necessário sofrer...

...atão deixem-me ser como sou: com umas lombas bem delineadas, uns pneus recauchutados, umas gorduras localizadas e embutidas, mas sem dores, porque sofrer para ser magra não está nos meus planos. Um corpo de manequim dá trabalho, todo aquele osso à vista. Ossos eu também tenho só que estão cobertos por uma leve camada (mentira, é bem grossa), de gordura. Mas sabem a gordura na carne de porco é o que dá sabor, não é? E dizem que as gordinhas são mais felizes...

E depois há aqueles fins de semana

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Aqueles que não sabes que para que lado te viras de tantos convites. É pra jantar, almoçar, penicar... E, caramba, por que razão só me convidam para comer? Porque não me convidam para correr, mesmo que fosse antes de comer? É só para ingerir calorias. É farinheiras, alheiras, chouriço e bacon. É queijos da  serra, de meia serra, é amanteigados, salgados e afins... Uai (inglês)? Não sabem que estou de dieta, não? Não se lembram que prometi não comer enchidos? Certamennte, já notaram que fecho os olhos quando do me deparo com umas entradas de arregalar o olho... Ah, entendo, querem que eu só faça companhia, é isso? Pois, desenganem-se. Eu vou e vou encher o pandulho que é o mesmo que comer à fartazana... Ou não me chame eu Avogi. Ver e não comer...Consigo lá eu!

Se fôr galinha ainda vá-que-não-vá,...

Costumo me aliviar, ou melhor dizendo aliviar o porta-moedas num mini-mercado cá da zona que é propriedade de um venezuelano. Sempre que passo em frente ao dito ele chama-me para me alertar dos frescos. " Vezeinha , hoje os grelos estão em promoção, vezeinha as nonas baratearam". Vezeinha, os tomates ca vezeinha gosta tão mai baratos  . São realmente um espanto. São do melhor que há. Frescos, sumarentos, vermelhos... Mas hoje reparei que cocheava, tinha o pé a apontar para fora em vez de ser para a frente. "O que lhe aconteceu, senhor José?" Pergunto colocando o meu ar de pena pela situação. "É a gota, vezeinha , e sempre que como frango duei vezes num dia fico pior". Mas sabe, continua ele, se fôr galinha não me faz nada." Como?! Pergunto admirada. Verdade, vezeinha,  se fôr galinha velha não me faz mal. Agora se for frango fico assim. Bem, eu vim para casa rir...A imaginar o senhor José - o Venezuelano a trincar uma galinha velha e a dar umas

Se sou feliz com ele para quê me separar?

Não consigo, desculpem, porque sou bué teimosa, por mais que me obriguem, não me separo dele. Foi uma união para a vida. Estarei sempre em desacordo com acordo. De água e cal a deitar nas paredes, a fumegar pelas orelhas se fôr obrigada a escrever sem acentos... Que escrevam segundo o acordo não me importuna, mas eu não consigo. Mas há um problema é que, por vezes, ajudo as Minhas Pulgas nos trabalhos a efectuar em casa. Há dias dei por mim a ler teto (têto) em vez de teto (této). Ora a Maiveilha que tem onze anos desatou a rir com a pronúncia da palavra. E eu a dizer que estava escrito "têto" que para ser "této" teria de ter um c antes do t, para abrir a vogal. A rapariga do dêmo olhava fixamente para mim com aqueles olhos lindos cor de azeitona verde. Até que lembrei-me que neste momento não posso remar contra o acordo para não fazer confusão na cabeça da canalha, mas estarei sempre casada com o português sem acordo. E, se sou feliz com ele para quê me separa

Sentada a ver televisão ao som de roncos

Uma pessoa senta-se no sofá da sala, liga a televisão e põe quase sem som. Outra pessoa senta-se assim pó deitado ao lado e fecha os olhos. Uma pessoa começa a ouvir uns ruídos vindo das entranhas da outra pessoa. Uma pessoa pensa: "ah, se eu tivesse a facilidade de assim que me sento fechar os olhos e mandar uns rocos era tão mas tão feliz." Uma pessoa começa a ficar surda de tanto ouvir roncar e decide altear o som da televisão para abafar os ruídos. Outra pessoa apercebe-se que os ruídos estão, também, mais potentes e aumenta o som. A pessoa já não sabe o que fazer para disfarçar, outra pessoa que está ao lado de repente acorda. Uma pessoa decide justtificar o som tao alto dizendo ser para abafar os roncos. A outra pessoa responsável de: "Ah, e tal, eu não estava a dormir, estava atento à televisão". A pessoa pensa que é só para não dar parte de fraco. Porque foi um daqueles tão mas tão forte que o acordou.

Na minha cama com elas

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É motivo de festa estar na cama da avó (aqui é tudo da avó) nós as três. As Pulgas são mesmo pulgas. É saltos com as pernas, é rabos no ar, é conversas entre as duas. E eu a pedir para que sosseguem... É a historia que eu só conto se houver silêncio, bem eu diria que é um arraial assim como o da Nossa Senhora da Agonia. Agoniada fico eu de brigar com estes estrepelas. Mas hoje subiu-me uns calores pelo corpo e só se estivessem caladas e quietas é que ia sair a história. Mas a festa continuou, já que ninguém tinha nada a perder...a não ser eu. A páginas tantas digo, do alto do meu olhar sério: "Se continuam assim eu saio daqui da cama e já não volto. Vou contar até três" 1.... Continuou o reboliço. 2... E antes que eu dissesse 3, diz a Pulga toda arrebitada com a crista no ar. - Se sais daqui faço uma birra. Mas onde já se viu? E eu com medo da birra, fiquei. Brincadeira, fiquei porque adoro estas Pulgas e as suas tiradas de mandonas....

É o horror, é o descalabro

Um pêlo, um pêlo pelo meu queixo sobe. Sabem, aqueles pêlos de velha? Aqueles que nascem sem ninguém plantar? Não, não, não, recuso-me a ver este pêlo hirsuto, esticado aqui na minha cara. Pior, agora ao olhar para o espelho para arrancá-lo vejo mais um. São dois! Isto não fica assim... Que faço? Terei de fazer a barba? Ai A velhice vem devagar...Devagarinho a instalar-se...

Eu bebo sim, estou vivendo, tem gente que não bebe e está morrendo

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O título é parte da letra de uma canção...mas vamos ao que interessa. Li, por aí, e acredito sempre naquilo que leio, os benefícios do vinho e como não sou egoísta partilho... Vinho tinto. É, sem dúvida, a bebida alcoólica mais saudável. Para início de conversa, é cheio de antioxidantes presentes na casca da uva, que protegem o alinhamento das artérias do coração. A bebida também traz substâncias antimicrobianas, e pode ajudar a diminuir o colesterol ruim, prevenir o risco de câncer do pulmão e o mal de Alzheimer.  Vinho Branco. Também traz benefícios, mas tem menos antioxidantes e anti-bactericidas que o vinho tinto, porque, durante seu processo de fermentação, perde propriedades da casca. Todo vinho, porém, segundo a revista, ajuda a proteger os dentes e prevenir problemas de garganta. Aceitam um copo de vinho? Tinto branco verde ou rosé? Ah, os da fotografia já foram consumidos! Digam: ohhhhhhhh...

Mas tomar as dores alheias por suas é complicado

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Li algo que até me fez gargalhar. E a brotoeja saltar. Alguém trata os filhos, carinhosamente por "bichinhos" e recebeu uma mensagem de outro alguém a chamá-la de estúpida, que não tem cabimento chamar os filhos por bichinhos que é uma desaforo, que demonstra falta de ideias, que ofende os bichos... isto, que mais isto mais aquele outro.... Quer dizer, gente linda e bela, por este andar qualquer dia recebo uma mensagem da Comunidade Independente das Pulgas Anónimas ou da Associação Nacional Pulgarense a dizer que não posso usar este termo quando me refiro às minhas Pulgas, ou melhor dizendo - aos meus netos. Há cada uma!

Sonhos de menino

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Quando somos crianças sonhamos em demasia. Bem, em demasia não, somente sonhamos na medida do imaginário. Vejo isso nas minhas Pulgas. Elas sonham com o dia em que serão grandes, sonham com a profissão que vão ter, com marido, filhos e amigos. Uma - a Maivelha quer ser mãe, mãe a tempo inteiro, ou como diz ela "só mãe". A outra - a Baixinha sonha com cabelos e laços e por isso quer ser cabeleireira. O rapazinho quer ser igual ao tio quando tinha a mesma idade e só pensa em ser "o homem do carro do lixo". Que fascínio deve ter este carro! Eu que também já fui criança, embora as Minhas Pulgas julguem que já nasci avó, sonhava com um cavaleiro que me ia dar um castelo e montes de criados....Afinal deu-me mas foi uma carga de trabalhos. Também não tinha cavalo, só um Mini de segunda ou terceira mão.

Ainda há quem seja pior do que eu, espelho meu?

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No aeroporto entro no elevador, Pulgas à frente diante dos olhos, Bisalho atrás, para nos levar ao piso inferior (ao parque) onde tínhamos estacionado o carro. Estava já cheio, mas há sempre lugar para mais uns tantos, espremidos como sardinhas. Reparei que o botão piscava, sinal de que alguém já havia carregado e aguardei que ele deslizasse enquanto púnhamos a conversa em dia e olhávamos enternecidos para as Pulgas cujos olhos atravessavam a mala do tio, quiçá, imaginando as prendas que vinham dentro. De repente a porta do elevador abre e nós saímos. Novamente Pulgas à frente, tio a arrastar a mala e... Estamos no mesmo piso."Oh diacho!" Nem tinha descido nem subido. Ora, nós somos desenrascados, e como dizem os franceses: no hay que temer, hay otro  por supuesto, entrámos no outro que, desta vez, levou-nos até ao parque. O mê senhor que desceu pelas escadas por achar que o elevador estava a demorar muito, fez uma cara de espanto, arregalando os olhos, ao ver-nos sair