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Foi assim que aconteceu

Hoje foi o blind date. Há muito que combináramos um café no shopping . Dela, só conhecia o seu sorriso enigmático e os caracóis do seu cabelo. Quando vi uma boca sorridente ...a encaminhar-se na minha direcção, vi logo. É a Laranjinha. De que falámos?  Daquilo que as mulheres falam: de tudo. A Joana é uma menina calma, ponderada, com uma expressão que cativa ao primeiro olhar. Mas a doçura com que se expressa é a sua qualidade. Falámos de pão. Ora, eu sou apreciadora de pão: com nozes, com amendoins, amêndoas, com pistachio, pinhões, com manteiga, queijo, doce, bem, nem digo mais...até que falou da Broa de Avintes. Nunca tinha ouvido falar.  Pela sua mão fomos até ao hiper comprar uma. Ah mãe ! quase que a deixava cair ao chão. Pesada. Geralmente o pão é leve. Não estava à espera. Admirei-me com o peso. Mas é boa, muito b(r)oa mesmo. Já comi umas tantas fatias assim só com manteiga , e sem conduto para apreciar o seu sabor genuíno, mas deixo aqui a receita da Joana. - Partes

Fim de semana, pois então!

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 E o fim de semana começa e bem. Já começou, aliás.  À noite, só à noite tenham muito cuidado; andam águias e dragões na rua. E preparam-se para atacar. Mas entrementes, Bom Fim de Semana com folhas a cair, pois, se há coisas que adoro no outono são as folhas no chão. Crunchy, crunchy , o som crocante e estaladiço das folhas ao serem pisadas, esmigalhadas.  Além da paixão pelas suas cores, tanto na Natureza como nas tendências de moda.  Bom Fim de Semana, pois então! Fotografia: Praia Fluvial da Vila de Prado, Braga, com um belo entardecer.

E foi assim que aconteceu

Poderia dizer...poderia acrescentar, mas não. A Célia - minha conterrânea....(e embora a Madeira seja uma ilha pequena, nós nunca nos cruzámos lá, foi aqui, neste espaço virtual que encetámos a conversa e palavra puxa palavra saímos de dentro do computador e fomos apertar os ossos uma da outra. Primeiro, na nossa terra, depois em Aveiro, na passada quarta-feira)...conta tudo no seu "Passos da Ilha" e convido-os a entrar. Sigam-me. É por aqui, se faz favor .

Só mesmo, só...

..Para lembrar que voltei a comentar os donativos recebidos, desculpem, os comentários deixados na caixa de esmolas, ai queredo , na caixa de comentários, digo. Assim, como se estivéssemos em circulo, sentadinhos no chão à volta da fogueira, em posição de ioga...(quem puder, claro. Os que não podem, como eu, diga-se, ficam de pé, apoiando o corpo ora numa perna ora noutra até caírem de cansaço e ficarem como os outros: sentados)...em amena cavaqueira.  Desse lado, deixam o donativo, eu abro, aprecio, recolho, selecciono, e tungas , vai um de volta também; aqui, neste ponto de encontro. Pode ser? Vejo daqui que todos abanam a cabeça em sinal de concordância. Aprovado e decidido por unanimidade. E prontes, vou-me à vida.

E já dizem por aí...

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...Que a vida vai melhorar? Cá nada! Estou a lembrar-me da cantiga carnavalesca (eu sei que não é altura de Carnaval, também sei que que a esperança é a última a ir-se, mas, Paquito também dizia : "daqui não saio daqui ninguém me tira." Não era isso que eu vinha cá cantar...perdão...dizer.  E, dizem por aí que: " O Outono começa hoje quando forem 16:44 em Portugal continental (e Madeira, acrescento), acompanhado por condições meteorológicas características desta estação do ano, como aguaceiros e uma pequena descida da temperatura.  O Outono vai prolongar-se até ao próximo Solstício, que ocorre no dia 21 de Dezembro às 17:04, em Portugal continental (e Madeira, acrescento novamente, irrrrrra!!! ") * *copiado do Jornal de Noticias que se esquece que a Madeira está no mesmo fuso horário, obedece à mudança de hora e, até as estações do ano mudam ao mesmo tempo. Estamos no mesmo hemisfério. Engraçado! Será que sabem que a Madeira é Portugal? Fotografia

Presunção e água-benta cada um toma a que quer

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E eu não sou excepção. Fiquei assim a modos que parva, a modos que tonta, prontes , mais tonta digo, quando recebo uma mensagem de alguém, a dizer que ele - o blogue - estava a ser referienciado na página do Jornal da Madeira. Perguntei a Moi-Même: Hoje é o primeiro de Abril, dia das Petas? Ao que ela respondeu: Tás tonta, pah ?  Corro logo para o café, com o pretexto de ler o jornal, e assim poder comer a meia dúzia de queijadas diárias, reservadas para mim, procuro a página e vualá , lá estava a referência ao meu, ao nosso blogue, sim, ao nosso, uma vez que eu é que escrevo e publico, mas são vocês que têm a paciência e a delicadeza de o de lerem.(Não estão a ver, mas estou a agradecer à chinês, fazendo vénia, palminhas das mãos juntas e a cabeça a tentar tocar o "imbigo", mas...inglório). E fiquei presunçosa, claro que sim, só falta a água-benta. Agradeço ao Jornal da Madeira e a quem fez a referência. Verdade. Fiquei "encavacada". E agradeço aos que

Isto de querer ser Maria-vai-te-com-as-outras...

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...Tem os seus inconvenientes. Aconselharam-me para a pele o creme de azeite; que o óleo de azeite é reconhecido como um óptimo hidratante que pode ser usado como loção todos os dias, suavizando a pele seca e prevenindo rugas. Lá fui eu às carreiras procurar um bom azeite para dar na cara. Comprei um boião, experimentei e agora tenho os óculos a escorrer pelo nariz abaixo, chegando ao queixo. É que nem param no buço! Ou o azeite não era virgem (que tinha de ser virgem) ou não era bom como aquele Gallo que anda a cantar desde 1919 ou então dei demasiado. Realmente, apreciando bem, tenho a cara a "lustrir"...e os óculos a cair. Mas será que vou ficar com pele de bebé? Sem rugas, macia... Dúvidas, só dúvidas, caramba! Fotografia: Alto Douro Vinhateiro. Captada na semana passada  com o telemóvel.

Ai que saudades da minha banana!

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Digo, afirmo e reafirmo o que sempre digo à boca cheia: Não há banana melhor e mais doce que a minha, a da minha terra, Madeira. E agora longe delas é que lhes dou o devido valor. Hoje, comprei uma penca: grande, amarela, grossa, mas de gosto, apre! horrorosa, cheia de "fiapos", desconsolada, até fiquei com um gosto (mau) na boca. Quero lá saber se as da minha terra são pequenas, reduzidas, com manchas pretas, amolgadas, pecas, maduras, moles, enrugadas, eu só quero uma penca, pronto, vá lá, se for muito, praí umas três bananas da Madeira. É pedir muito? Oiçam, eu nem peço um cacho! 

Ai se eras meu...

...Já tinhas ido bater ao poio do vizinho da frente, seu computador de ....apetece-me dizer...merda, mas não digo, fica feio. Mas que me apetece, lá isso sim. Bem, como estou possessa, irritada e a bufar, além disso, a hemorróida tá a chiar por não poder andar a meter o nariz na vida alheia, vou pó vale dos lençóis, hoje este "estapor" não me deixa comentar em lado nenhum, e como é do bisalho, por respeito, não lhe dou uma martelada nas teclas. Rás parta estas modernices!!

É já hoje, dia 19 de Setembro...

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...Que se inicia o ano lectivo na Madeira para os alunos do Ensino Básico. A todos os docentes, alunos, pais e encarregados de educação, funcionários que não seja mais um, mas sim, o ano, o ano em que vamos dar as mãos e de mãos dadas construir o futuro. Aos professores desejo apenas uma boa dose de motivação, perseverança que "ser Professor " não é tarefa fácil, nunca foi. É a profissão mais difícil, mas a mais necessária. Cada dia é um desafio, tanto para o professor como para o aluno. Um conselho: não basta ser bom... tem que se gostar: de ensinar e de aprender. Um bom ano. Fotografia: Enquanto que uns vão iniciar o trabalho, eu vou retomar o caminho das férias, uma vez que já descansei os pés.

E enquanto fosse e não fosse

Tinha tanto gelo no congelador que dava para fazer esqui. Só não fiz porque não tinha os esquis e enquanto fosse e não fosse comprar, de certeza que a pista tornar-se-ia num lago. Como também  não tinha barco e enquanto fosse e não fosse comprar, de certeza que ao chegar a casa, o lago já não seria lago, mas sim, uma poça. E foi isso que aconteceu enquanto limpa e não limpa, o gelo derreteu e fez poça. Tão simples. Eu é que complico.

Fim de semana no Douro Vinhateiro

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Disseram-me "traz roupa quente e um casaquinho. Está frio." Vim munida de blusas de manga comprida, calças (também compridas canão, não eram calças, mas sim, calções), sapatos fechados, camisolas de gola alta (sim sou friorenta no pescoço) e agora ando aqui com os pés a ferver, e inchados, o corpo em brasa, nesta sauna. Mas porque acredito sem ver? Da próxima, não trago roupa nenhuma e chegando ao sitio faço umas comprinhas consoante o tempo. E o dinheiro também. E nunca mais acredito em ninguém, nem pergunto: "Como tá o tempo por aí?" Ementes, Bom fim de Semana, pois então, com ou sem calor, com ou sem compras, com ou sem roupas. Fotografia: O rio Douro, no Alto Douro Vinhateiro (captada com o telemóvel, ontem). Já viram o dia claro?

No talho

- Boa-tarde, tem fígado de vitela? - Não, mas tenho coração e bofe. Olhem, fiquei estupidefacta , uma mistura de estúpida e estupefacta. Ora, eu entro para comprar fígado, ia sair com coração e bofe? E se ele me dissesse: não, mas tenho patas e cabeça de porco? Eu diria: ai tem tem. Vejo daqui.

Com o caralhinho na mão

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Eu não minto. Acreditem. O que escrevo é tudo real. Não invento personagens, sítios, lugares; não invento nada, tudo o que escrevo passa-se comigo e com as Pulgas, somente coloco um pouco de humor, um pouco de graça, sabem, eu sou assim. Gosto de rir e fazer rir, gosto de espalhar boa disposição. Eu disse ali mais em baixo que o mê "bisalho" levava o "caralhinho" dependurado. Sim, dependurado e à visa de todos. E até posso afirmar que ela anda sempre com o "caralhinho" na mão. Ora bem, para quem (ainda) não sabe: caralhinho é o pau com o qual se mexe os ingredientes para a poncha. Também não sabem o que é poncha? Atão explico noutro escrito. Só digo que é uma bebida bem boa, bem doce, bem calórica, bem alcoolizada e que dá boas bebedeiras ou "mamadas", credo que palavra, mas por aqui quando se diz : tás cuma mamada! quer dizer tás com uma bebedeira; tens a pinta inchada ou ainda com o morango inchado. (Desculpem, mas nós madeirenses so

Depois de vários estudos concluíu-se que: Todas as mulheres...

...Têm pânico de baratas. Roupas baratas, jóias baratas, malas baratas, viagens baratas... E, todas as mulheres gostam de carinhos. Vestidos carinhos, sapatos carinhos, perfumes carinhos, restaurantes carinhos, presentes carinhos...

E até não sou de beber muito

Descansei a cesta no banco do carro. O bisalho afincou as unhas no guiador. Com a chave metida na ignição e o seu "caralhinho" dependurado lá se foi comer alcatrão. Andou-se, andou-se, até parar. Já na sabia como havia de pôr o "rabichol", ora para um lado ora para o outro.Na rua, um bafo quente, abrasador. Eu, com a cesta moldada no assento do carro, comei a ficar mole como uma "buseira". Dois litros de água, meus senhores e minhas senhoras, foi  o que meti no "gargol" durante a tarde. Agora, na quietude da noite, oiço coaxar. Será que tenho rãs no estômago?

E devia...

...Aqui e agora agradecer os comentários e Parabéns no artigo em baixo. Em nome do mê senhor (e ele fez questão de me mandar escrever e agradecer) e em meu nome: Obrigada.

Pois, já me lembrei...era isto mesmo...

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De repente, lembrei-me. Fez-se luz, iluminou-se.Verdade. Lembrei-me do que queria escrever, foi assim como que uma pancada mais forte e...como me podia esquecer que...  ...Há muito tempo, há precisamente 55 anos alguém deu à luz  neste dia, 13 de Setembro. Foi a minha sogra. E nasceu, aquele que hoje em dia é o mê senhor. Parabéns.

Não sei o que se passa com esta cabeça!

Vinha com uma presa danada para escrever qualquer coisinha. As ideias fervilhavam na minha cabeça e se calhar deve ter sido por isso, de tanto fervilhar, queimou, mas deve queimado tudo, é que não me lembro do que ia escrever. Irrito-me com ela quando isto me acontece! Apetece-me trocar, vender ou simplesmente deitar fora. Mas depois penso, aliás, não penso, que se pensasse, saberia ao que vinha. Tanta coisa para dizer e chego aqui fico a olhar para ele e ele para mim e ...nada. Pumffff, foice . Olha, parecemos dois tontos: eu o o computador. Eu, porque esqueço-me do que vou dizer, e ele, que por ser computador, e tudo sabe, devia adivinhar os meus pensamentos. Mas que isto vai de mal a pior lá isso é verdade. Paciência! Há-de vir dias melhores. Pode ser que encontre uma cabeça melhor que esta e faça a troca.

Se...

...O meu dinheiro crescesse como cresce o meu cabelo seria uma mulher rica. Mas, se as despesas crescessem tanto quanto as minhas unhas..ai, queredo, é melhor nem pensar, mas de certeza seria uma mulher pobre.

Fim de semana a preparar a festa

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Mesmo que haja coisas para fazer, como os amigos não devem ser esquecidos mesmo que haja uma festa para aprontar, como a delicadeza não ocupa lugar, mesmo estando o dia a fugir por entre os dedos, não posso deixar de desejar um óptimo, belo e agradável fim de semana, que o meu vai com certeza ser repleto de risos, gargalhadas, trabalho, canseira, mas delicioso. Assim, tal e qual como eu gosto, tal qual como se quer. Um prazenteiro fim de semana, pois então! Ah, e se não me virem por aqui nem por aí, a bater à vossa porta, aceitem as desculpas cá na manager , mas o dia está completo e as 24 horas não chegam para tudo nem que estique.  Bom Fim de Semana. E apareçam na festa de anos do mê Gu-Gu. Fotografia: Baptizado/ Primeiro Aniversário do mai novo membro da família.

E vamos lá afinar as vozes...

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 ...Que hoje é dia de cantar Parabéns. É verdade, por aqui há festa. (Não! Outra vez?! Coitada dela, da velhinha simpática que não tem nada para fazer, pensarão vocês. Ao que eu respondo: Ai não que não tenho! Mas hoje a ementa está a cargo do homem do interior-centro, ou, trocando em miúdos: genro.)  Mas, vamilhá a ver se ainda se lembram de quem faz anos hoje. Quem? Não, esse já fez. Também não sou eu, queredo ! Atão, quem festejou um ano no ano passado neste dia - 10 de Setembro? Quem nasceu há dois anos? Pois esse mesmo: o mê Gu-Gu. Acertaram. O meu toy-boy ruço faz anos hoje. E agora que já sabem, vamilhá cantar a canção. Parabéns para ti Parabéns para ti Parabéns para ti Mas o bolo é para mim. Não é não, é para todos. Sejam bem vindos à festa dos dois anos do Gu-Gu. Parabéns, Pulguito.

Eu cá nã sei...

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...Mas por este andar derreto até ao final de semana! Eu e mais uns quantos madeirenses. Este tempo de leste é mesmo isto: tempo de leste, com areia pelo ar, com vento a soprar e saias a abanar. Ontem, quarta-feira, 32 graus, hoje 34 se amanhã for 36, lá para domingo desapareço. Não é que me faça mal, sempre derreto esta camada de gordura que fica entre a pele e osso, mas caramba, daqui a nadinha, é como se estivesse no forno a tostar com´um bisalho.

Se um é mau dois...é terrível

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Amigos destes que eu tenho. Que olham para mim e perguntam, quando à tarde vou tomar um café com eles, à beira-mar, e levo roupa própria de estar no sítio.   Foste ao supermercado, hoje? Respondo, usando o meu sorriso 45 que é o sorriso prazenteiro e coloco a fila de dentes em pose para responder com toda a sinceridade, pensando ser a razão da pergunta, apenas curiosidade. - Não. Porquê?  E o pior foi "a depôs"! O mê senhor que é tão bom quanto ele diz-me, quando o fito, franzindo o sobrolho, admirada, e o diabo a rir-se...a rirem-se, ainda tem a distinta lata de me dizer: - Ah, é porque tens à cabeça, a luva branca de espuma que vem nas papaias. De repente tudo mudou. Lembrei-me do que tinha à cabeça! Olho para ele, para o mê senhor, e faço-lhe o sorriso 54 - o contrário do 45 e mostro-lhe o pêlo nas ventas que tenho, e semicerro os olhos, e ele a ler o que digo, entre-dentes: "Em casa prepara-te; vou ler-te a bíblia"; pronta a lhe saltar para o foc

Como se diz?

 Ó diacho, não existem palavras em português no que respeita à moda e ao vestuário? Agora é só: jumpsuit, outfit, closet, tennis, jeans, top, trench-coat, tracksuit, leggings, tregging (esta nunca tinha "ovisto") wish-list ... E depois ainda criticam o acordo ortográfico. Ora bolas, pelo menos, as palavras do acordo ainda percebo, agora estas, preciso de ir ao dicionário ver a tradução. Cá para mim, que ainda sou do tempo em que o português era língua falada e ouvida, digo: fato-macaco, roupa de sair, vestuário/guarda-fatos, sapatilhas, calças de ganga, camisola de alças, casaco de abafo, fato de treino, calças justas, lista de desejos... and so on  . Mas será que é necessário dizer/escrever estas palavras em inglês? É in ? Ou out ?  ( ok , yep, yes, yeah, yah, sou gozona, so what ?)

No final, resta o peso alojado na pança

Comi. Comeste? Como. E como? Mas como? Como tudo. E porquê? Sei lá? E não sou gulosa, só não me dou bem com a balança! É isso. E ela vinga-se! Olha para mim, arreganhada, assim que me ponho em cima dela com toda a minha força. Mostra os dentes a gozar, não pára quieta com a língua. Nem eu! E brigo, e chamo nomes, e dou-lhe pontapés e sento-me, a ver se ela fica quieta, mas não! Mas nãoooo, não posso. Não devo abrir a boca, esta bocarra de "jamanta", e enfiar, e empurrar cu dedo, com a mão até tocar na campainha, aquela que fica dentro da boca, à descida do cano, e que o seu papel deveria ser tocar assim que se metesse mais do que o devido, mas não, ela nem toca, esta louca dum cão. Avariada, só pode! Não quero estragar a média. Sim, porque ontem pesei-me três vezes numa balança meio desregulada, ou meia-louca, e deu-me 3 valores diferentes, e, pois tá claro, tive de fazer uma média, contas de cabeça. Retirei um quilo, por não me dar os valores correctos, por ser de noit

Dá-me cá uma satisfação...

...Ver mulheres a exercer profissões que eram consideradas masculinas. Ainda ontem, domingo, no cockpit do avião, aos comandos, estavam três mulheres. Coisa que até há pouco tempo eram eles-os machos que exibiam as dragonas nos ombros, e arrastavam a malinha de piloto, enquanto que as senhoras perseguiam com ar submisso esses senhores; sim, eram os comandantes, mas agora, com licença, afastem-se senhores, deixem as mulheres-comandantes exibirem as dragonas. Agora elas, também  comandam esses pássaros gigantes. E ontem, eu, mulher de antanho, habituada a ver certas profissões entregues aos machos deu-me uma satisfação enorme, uma alegria, que  passei a tarde a dizer: "mulheres com tomates! Maiores que os deles."

Se virem um computador a voar nos céus de Portugal...

...Podem ter a certeza que é o meu. Eu juro, aqui e agora, que jogo este filho dum raio que o parta pela janela fora. Ou és veloz que nem uma gazela ou vais voar que nem uma bruxa. "Estapilha", estou farta desta lentidão. Olhem que até pesco "bodeões" à espera que ele abra uma janela, mas como se costuma dizer: "Deus não fecha uma porta que não abra uma janela" eu fico com esperança que este "estepor" se despache. É que se eu abro uma janela ...ai voas voas como uma joaninha! Caramba!

Fim de semana, pois então vamos comer

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 Primeiro fim de semana de Setembro. Hoje aqui no meu rural há festa (mais uma? dirão). Há quem resolva os seus problemas à pancada, nós, aqui, resolvemos com boa comida, boa camaradagem, juntando novos e velhos. É a festa de despedida do bisalho e projecto-nora. Mas sabem, tenho uma "cangueira" nas canelas, de cansaço, ando abaixo e acima, subo "as passadas" duas a duas, num rodopiar constante como se fosse um pião descontrolado, para que tudo esteja bem.  E deixo aqui o convite, mas..."poipem-me", só estou a convidar por delicadeza, espero que não levem a sério.  Ma, se mesmo assim quiserem vir, a porta está escancarada. Bem, e enquanto chegam e não chegam: Bom Fim de Semana cheio de boa comida, boa conversa, boa amizade, e claro bom tempo. E vá lá não sejam envergonhados. Sirvam-se, foi feito por mim, para a festa de anos do "mê bisalho", no fim de semana passado. Lembram-se que também convidei e ninguém apareceu? Fiquei com uma &

Vamos lá a ver se desta vez não dá polémica

Não sei se sabem, mas tenho cá em casa desde a semana passada (o projecto-)nora. Veio cá passar uma semana com a família do noivo, sim, ela "anda pa casar" e é com o mê bisalho.  E sabem, a mulher do norte, do norte bem de lá de cima, assim quase a fugir para a Galiza, realmente é diferente da mulher da ilha. A mulher do Norte arregaça as mangas e lava a loiça, mesmo tendo as unhas pintadas de fresco; a mulher do Norte está sempre pronta a brincar com os "busicos", a mulher do Norte é disponível, e mesmo de férias pergunta: o que pode fazer, se precisa de ajuda, se quer que faça a salada, se pode pôr a mesa. A mulher do Norte é trabalhadora, habituada a ajudar a família, habituada ao trabalho, aliás trata o trabalho com respeito. Mas o homem do Centro, dali perto de Espanha, também arregaça as mangas e prontifica-se a trabalhar, mesmo estando a cair para o lado de cansaço, o homem do Centro não pode ver alguém a precisar de ajuda que vem logo em seu auxílio, o h

E foi bom, muito bom mesmo

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Quinta feira passada fomos até São Vicente-costa norte da ilha da Madeira ver Rui Veloso, mas antes do concerto houve espetada feita à moda dos arraiais: espeto cheio de carne, assado no braseiro, acompanhado com  laranjada (bebida), bolo do caco com manteiga d´alho, e pão com chouriço. A carne, embora um pouco rija (como sempre nos arraiais) era suculenta. O sangue da vaca ou do boi (não sei bem) escorria pelo braço abaixo que tive de fazer uma ginástica do caramba para lamber o cotovelo (se tivesse uma língua como a da vaca aí sim era o ideal, lambia desde o punho ao cotovelo duma vez.) A minha mão era para mostrar, não o verniz, mas o sangue da carne. Bem, não preciso de dizer que foi muito bom, tanto o concerto, como a festa. E se eu disser que na sexta feira bisámos? Mas desta feita para ver os ABBA e claro, não comemos carne de vaca, novamente, mas frango assado, com a bebida característica dos arraiais: laranjada com cerveja.

Setembro aqui tão perto

Sempre funcionei melhor no mês de Setembro. Eu explico. Enquanto que para a maioria das pessoas o início do ano é em Janeiro, para mim é Setembro. E sabem porquê, não sabem? É porque o ano lectivo começa nesse mês. Todos os projectos para o ano (lectivo) fazem-se aqui e agora. É a reunião geral de professores, é o conhecer novos docentes, alunos, salas, enfim, um manancial de emoções, desejos, de ideias que ficam guardadas na gaveta da memória para sempre. Por muitas voltas que o mundo dê, por muito que eu esteja satisfeita por estar aposentada, neste mês dá-me uma saudade e as lembranças afloram aos meus olhos e revejo-me com aquele frenesim próprio dos docentes no mês de Setembro. Uma vez docente, docente sempre, mesmo aposentada. Um Bem haja a todos os professores, principalmente aqueles que abraçam com amor esta carreira. E que, como eu, sentem que ser professor é uma bênção, é ter orgulho, é sentir que nunca nada está feito, é o" ir-se fazendo", aprendendo a ensinar,

E porque hoje estou de descanso...

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...Quer dizer, tenho Pulgas a saltar aqui à minha frente, mas estou de perna estendida. E porque as minhas férias estão para chegar...( pronto, eu já sabia que iam fazer esse ar de espanto! Atão os aposentados não têm férias? Não merecem? Como? Não percebi! Estão sempre de férias? Nã nã nã. Eu só recebo subsídio de férias uma vez e não todos os meses, isto quer dizer que s´agente recebe um subsídio de férias é porque temos um mês de férias, não é? Chega! Acabou! Não vamos a lado nenhum com esta discussão. Ináfe (inglês) E ainda antes das férias tenho um jantar para preparar; é só na Sexta-feira, mas tenho de fazer a ementa... Além disso, tenho um segredo para dizer, e conto com a vossa discrição para guardá-lo a sete chaves e se precisarem tenho aqui mais um molho, se sete não chegam... Ah pois, e com esta discussão  esqueci-me do que prà qui vinha. Esta cabeça de abóbora cheia de pevides! Bem, tenho de ir e...deixem de puxar pelo vestido, caramba. Não me atrasem. O quê?

dor de jaqueta (como se diz por aqui)

Sabem quem não dormiu a noite passada, sabem? Quem não dormiu fui eu. Malvada insónia que me atacou. E depois, por não ter dormido, deu-me "uma dor de jaqueta" que me pôs a piscar o olho todo o dia. Hades arder no inferno depois de morta, sua relaxada, e enquanto viveres, hades sofrer por me teres feito andar de "bagalhonça" aberta toda a noite. Não saiu do meu lado, a sacrista da insónia, canão quando o galo do Armando (o meu vizinho) cantou. E todo o dia andei com um olho aberto e um fechado por causa tua. Mas não perdes por esperar, um dia vou ficar acordada só para te infernar a noite. E por isso, fujam da minha trás, tou cu diabo no corpo.

A depôs...

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...De tanto me convencer que ontem (domingo) era sábado, olhem, fiquei pasma! Atão não é que arrumei a casa toda? Sabem, aquelas limpezas do catano que dá uma "cangueira" nas pernas para começar e a depôs de começar não há forma de parar? É mais ou menos quando temos mestres em casa, a obrar, (credo, obrar em madeirense é evacuar/defecar), e que: já agora que está aqui, rebente mais um coisinha; olhe já agora...cave mais um pouco, olhe mestre, já agora... deite a parede abaixo e foi exactamente isto: Já agora! ...Limpas, mudas os lençóis, pões roupa a lavar, aspiras... Mas, poça , só depois é que me lembrei que era domingo e o domingo fez-se para preguiçar que nem gato ao sol, além disso é dia santo de guarda e não se trabalha; mas só depois de ter a cabeça à roda de tanto limpar! Estepilha, fiquei reinando, por só me lembrar depois da limpeza estar feita! Ah, se não me virem por aqui, é que ainda estou a limpar. Fotografia: Balsamo num jardim do Funchal.

Será que ainda chego a tempo...

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...De desejar: Bom fim de Semana? Eita, perdi-me nos dias! Para mim, quinta-feira foi sexta, sexta foi sábado, sábado foi domingo e hoje domingo, sábado. E só depois de olhar o calendário é que arregalei as "bagalhonças" ou seja estes olhinhos verdes-azulados, cor da terra molhada sem erva à mistura e vi os dias. E situei-me; acertei o passo. Afinal havia-me perdido nos dias! Baralhei-os. E esqueci-me de desejar Bom Fim de Semana. Sei que é tarde, mas enfim... Sabem, estes últimos dias têm sido assim como os foguetes; no momento que estão cá em baixo já estão lá em cima a estalar. E com a pressa de os deitar ao ar, não queimei os dedos, mas queimei a língua. Não, não soltei os foguetes com a língua nem os meti na boca, não fiquem preocupados, estou caduca, mas não tanto, lá virá o dia. A gulodice, essa reles malvada é que me queimou a língua. Rás parta o molho do frango estufado à moda do campo, com arroz de coentros. Quente, abrasando! E para finalizar ainda me fez uma

Olha, ouvi dizer...

...Que a irmã do Cristiano Ronaldo e a (irmã) de Ruben Micael andaram à pancadaria num arraial? Eita, e vamos dar uma-viva-pra-que-viva às manas deles: VIVA! Braços no ar, e agora  movimentar de um lado para o outro. É assim mesmo manas, o dinheiro não compra a boa-educação, mas a discussão. E alguém sabe qual foi o motivo? Se sabem digam, não guardem este assunto, é que eu só ouvi dizer e não contaram pormenores nem a razão da batatulina ou batatadas trocadas (até nem ter havido nada e seja a voz do povo), mas eu cá penso que deve ter sido: bolas. Ou seria, dinheiro? Ou "o meu irmão é melhor que o teu" ou "o meu irmão tem mais dinheiro que o teu", "o meu irmão marca mais golos que o teu" e por fim "se o meu irmão "tivesse" aqui levava mais nas trombas que o teu" Para quem não sabe, Ronaldo e Ruben são ambos madeirenses (um do Funchal outro de Camara de Lobos), provenientes de famílias de fracos recursos ou sem recursos, ambos j

É assim mesmo, ó Constantino.

O meu amigo Constantino, que é guardador de vacas...não, não é nem Contantino nem guardador de vacas, mas até podia ser se ele quisesse, tem, além do blogue com este nome, outro  "O Predatado" no qual fala de assuntos muito interessantes. Atão depois de ler o artigo ali de baixo sobre o penso higiénico escreveu também sobre outro assunto, relacionado com educação: "O das mijinhas nos carros feitas pelos cães sob o olhar atento dos donos". Ide e espreitem.

Estou aqui...aqui...para dizer...estou aqui...para dizer...

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...Não pensem que estou a cantar a música da novela: "Vingança", nem estou vendo Os Anjos. Estou aqui por outro motivo. Ora bem, isto hoje vai pegar de galho, e cheguem-se, faz favor, bem pertinho de mim; é melhor puxar dum banquinho, esse mesmo, e sentem-se. Hoje vou falar para as meninas que usam as casas de banho públicas. Principalmente aquelas que mesmo com o período não deixam de ir à praia. Meninas, filhas, oiçam bem o que vou digo e aprendam, que eu não vou durar sempre, por isso não vou andar a repetir a mesma coisa. Não é uma missão impossível e por isso não se desintegra dentro de 5 segundos. Quando forem à casa de banho pública, e se estão com o menstruo, ao tirarem o penso já ensopado até mais não, não deitem virado para cima no balde, como se estivesse a sorrir para quem entra. É que se vocês têm nojo dele, que é vosso, nós também temos. Queridas meninas com o menstruo, sabem, hoje em dia os pensos vêm em embalagens individuais e devem fazer assim: vá, v

O pior da festa é...

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...Ter de lavar uma imensidão de copos, pratos, talheres. Panelas, estas sim, deixam de rastos as costas cá da gente. Calha bem que é tudo boa gente e faz como se fosse para remissão dos pecados, afinal somos todos pecadores e precisamos de redimir. Há quem redima a rezar; nós por cá redimimos a lavar e a arrumar os despojos do dia anterior. Nao há o direito! Na próxima querem ver que vai pratos e talheres de plástico? Calha bem que eu na pressa de servir toda a gente não como, por que se há coisas que me enerva e faz saltar a brotoeja e a comichão na hemorróida é servirem-me em plástico. Mas, seguindo a linha de visão de alguns, poucos,  portugueses: " para mim, não obrigada, mas para os outros, porta-me lá! " por que não? (estou a brincar com coisas sérias, seria incapaz de servir alguém, na minha mansão, em pratos de plástico! Nem toalhas, quanto mais...pratos, talheres, copos. Mas que dava um alívio às costas, lá isso dava, a sério!) Fotografia. Isto vai indo, e

Uma tarde tão bem passada!

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Ora bem, a tarde de ontem foi tão proveitosa e era meu desejo que houvesse mais tardes assim. Era bom sinal. Quem não gosta de mexer em dinheiro? Quem não gosta do cheiro do dinheiro? Do sabor dele ou de saborear as aquisições feitas com o dinheiro? E de contar moedas, gostam? Poizé , a tarde foi aproveitada a separa as moedas. Uma reunião de pai, filho e espírito santo à volta da mesa. De um cêntimo para um lado, dois cêntimos noutro prato, cinco..e por aí adiante. Primeira etapa cumprida. Ah, mentira, a primeiríssima, portanto, antes da primeira foi pesar o dinheiro. Dez quilos de moedas! Depois de separadas, agora sim: a contagem. Colocadas em grupos ou contadas em molhos, fazendo contas de cabeça (que ainda está boa para o efeito) ou tão somente, contar de uma a uma e multiplicar a quantidade pelo valor da moeda (mas a mim, que estou a contar e a ouvir o que se passa em redor, é mau, muito mau, a meio esqueci-me e voltei atrás, chiça, irritante) no total deu uma coisa de

Mas esta malta tem cada ideia!

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O telemóvel do mê bisalho ("bisalho" é um termo madeirense que significa pintainho) estragou-se. Então pediu aos amigos e família que em vez de prendas em roupa, lhe dessem dinheiro para, juntamente com o dele, comprar um telemóvel. Toda a gente aceitou a ideia e, claro, no dia de anos houve uma chuva de envelopes. Os amigos que têm umas ideias engraçadas juntam-se para a partida que lhe fazem sempre. Já houve bilhete para bundee jumping (logo ele que tem vertigens e não anda de montanha russa), depilação a laser, um piaçá (sim, eu sei, é piaçaba, mas nós aqui dizemos assim). Ora este ano como era dinheiro ofereceram-lhe um mealheiro cheio de moedas de um, dois, cinco, dez e cinquenta cêntimos, além de moedas de um e dois euros e algumas notas. Perguntei a uma delas (antiga aluna minha) se tinham levado muito tempo a recolher as moedas. Não , responde ela , fui ao supermercado e pedi para trocar as notas pelos saquinhos de moedas. Mas as Pulgas, principalmente o mê G

Curso de contorcionismo, precisa-se!

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As Pulgas quando estão cá (casa da avó) na hora de ir dormir vamos em bando como as gaivotas para o ninho. Ora, a minha cama é das antigas pois eu casei há...já não me lembro quando, mas sei que casei. A cama não cresceu, mas a família, sim. As Pulgas vão para a cama. E eu. É caso sério. Mas, do que me queixo não é da cama, para essa não há solução. O meu problema é a falta de contorções e torções do corpo. Devia de ter sido artista de circo, mais precisamente, contorcionista; poder colocar um pé na nuca, ou os dois, tirar o chapéu da cabeça com um pé e com o outro fumar cachimbo, enfim, agora  podia satisfazer as Pulgas. Penso que não há remédio para esta falta de ginástica corporal que me aflige. A mim e a elas. Na cama, a Pulga: " Avó, dá-me a mão ." ao que prontamente estico o braço e dou-lhe uma mão. De seguida, em jeito de eco, a Pulguinha: " Avó, dá-me a mão ." Desejo satisfeito. Dou-lhe a outra. Depois, depois é que a porca torce o rabo, ou não torce

Muitos tem quiús

É o mesmo que dizer obrigada pelas mensagens de parabéns ao meu bisalho. A festa acabou, mas o corpo ainda se ressente da "estrafega" do trabalho, mas quem corre por gosto não cansa, não é mesmo? Não cansa, mas mói os ossos.

Fim de semana, pois então. E o Bisalho faz anos

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E este é para comemorar os anos do mê bisalho. 27 anos de vida. JÁ ? digo eu! Como o tempo passa ! Não passa, corre, nem dá tempo para apanhar e só ficam as recordações. E porque ele fez anos dia 18, e só chega hoje (o rapazinho trabalha, e trabalha muito, ainda por cima longe das suas raízes) foi tudo planeado à distância. E como sempre família e amigos reunidos à volta da fogueira, a sério, literalmente, é  rrrrrrrascacheco (churrasco, dito pela Pulguinha). No que toca a amigos, bem, é complicado dizer quantos são, nunca sei bem, pois é mais ou menos como o baile da quermesse: vem e traz um amigo e esse que traga um (amigo) também. E depois, são os amigos dos pais, amigos da irmã e amigos dele , praí umas tantas pessoas. No fundo, somos todos amigos e quem não é passa a ser. A modos que sim. Mas uma coisa digo com toda a certeza e verdade: amigos dos meus filhos, meus amigos são. Amigos meus, deles são. E siga a festa! Parabéns Bisalho. Fotografia: Ele, o bisalho. Bonito

Ouve e cala-te!

O avô dizia do alto das escadas para as Pulgas que estavam no andar de baixo, no covil, como amorosamente chamo ao salão onde elas passam a maior parte do tempo, pois tem brinquedos, televisão, espaço; acima de tudo, espaço; e como contava eu antes de me perder nas divagações, explicações e outros ões , o avô recomendava: juízo aí em baixo! Mas num tom que metia respeito. Pulguinha que tem resposta na ponta da língua e expede logo que abre a boca disse, no mesmo tom de advertência que o avô usara para elas: Juízo aí em cima!    

Como se interessasse para alguma coisa!

Fui à médica do Planeamento Familiar, ao Centro de Saúde (não, não estou grávida, credo, essas cabeças e esses olhos já arregalados!) fazer o exame citológico, aquele que nos colocamos na mesma posição que os frangos no talho do supermercado; e, se antes a médica, nas outras consultas estava como que atrás de uma espécie de muro, tão distante (ou para manter as distancias,  quiçá), hoje, até foi uma simpatia. Parecia que éramos velhas amigas do banco da escola primaria. Ao responder ao questionário, em chegando às habilitações académicas, ela pergunta: ensino básico... secundário... e dali não saía. Repetiu secundário... Respondo eu: Licenciatura. E foi aqui que se deu a mudança! Era sorrisos de mostrar todos os dentes; era perguntas sobre filhos, era o tempo, as férias... Eu fiquei estupefacta! Se nas outras consultas era um vê-se-te-avias, ou isso-não-é-da-minha-competência; hoje, já não era para aviar e tudo era da sua competência. Pergunto: muda alguma coisa ser ou não lice

E agora tá na hora de dizer: tens razão! Tens toda a razão!

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Eis aqui a fatia que sobrou.  Moreno, escuro, fino, como eu disse. É um objecto de desejo. Agora, não quero outra coisa. Querem-me bem-disposta? Metam-me na boca uma fatia dele. Querem que me cale? Ataquem uma pela boca abaixo. Querem ver-me feliz? Ofereçam-me um quilo de pão alemão com pistachio e passas. Ao meu lado estava uma amiga que não o conhecia e logo que pedi, ela, tungas , pede também. E sabem? Não quer outra coisa, disse-me ela. É ou não é uma delícia, hã? Ah, desculpem, não provaram. Como dizer que é bom? Fiquem com  minha palavra. Eu digo. É bom, sim senhora. E se já experimentaram o alemão com nozes? E com passas? E com passas e nozes? Vão por mim, e de carreira sigam em frente até à padaria e assim que nem eu, alto, para demonstrar a certeza, com determinação, peçam: "Uma fatia de pão alemão com passas e nozes. Se não tiver pode ser alemão com pistachio e passas, e, se não tiver, atão, alemão com passas; mas tem de ser alemão."

E quando menos se espera nasce uma paixão

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Foi assim que aconteceu comigo.  Não estava preparada para isso até porque há muito tempo que me habituara ao mesmo. Mas, num de repente, quando houve aquela troca de olhos soube que tinhas de ser meu. E ali ficaste especado, sem te mexer, sem pelo menos te movimentares. Bem, também não podias; estavas entre outros, espremido. Escondido. Mas eu vi-te, e desde esse momento nada mais contou. Sonhava contigo, imaginava-me a trincar-te, a passar a língua, nem digo mais. Foi aquela chama, aquela certeza que ia gostar do toque, da fragrância. Mas será possível que eu, uma mulher madura, nada preparada para inovar de um momento para outro tenha de sair de casa só para te ver? Não me apetecia mudar. Juro. Estava habituada, como já disse. Mas a tua cor!...Sim, foi pela tua cor que me apaixonei. Moreno. Escuro. Fino. E eu que dizia que só gostava de brancos! Mas ao ver-te a seres cobiçado por outras, não resisti. E em alto e bom som para que todos os presentes ouvissem disse: "Quero

Não há condições! Nem emenda!

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Estava na cozinha atarefada como uma formiga, de um lado para o outro, quando assento os pés em frente ao mesão (bancada da cozinha), apoio os cotovelos, baixo a cabeça e limpo as lágrimas que teimosamente e estupidamente caem nas costas da mão. Fico assim, a sentir o rio, a torrente de água pela cara abaixo.  Entra o mê senhor para me pedir algo. Pára. Escuta e olha. Ao ver-me naquela posição e tristezinha, com a cara molhada e a fungar...  Diz-me ele: - Não chores! Eu só estou a dois metros de ti. Estou mesmo ali, basta virares a cabeça para a esquerda e vês-me .- E ria, a gozar de mim, o "estapoure" Digo-lhe: - Eu sei! E senhor, basta saber isso para me invadir uma tristeza; por te saber a dois metros de mim! Tão longe! - Mais uma fungadela. E mais um passar de mão pelo nariz. - Então, enxuga as lágrimas. Eu volto daqui a pouco. - Não. Fica. - Digo-lhe imperativamente - E acaba de cortar a cebola. Já! (Não há forma de cortar a cebola sem chorar e já experimen